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6 dicas simples para você entender o rótulo e escolher melhor os vinhos

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Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

24/03/2017 04h00

Com tantas variedades de rótulos de vinhos disponíveis no mercado, é compreensível que aconteça um pouco de confusão na hora de comprar a bebida. Na hora de escolher o que beber em um supermercado ou em uma loja especializada, é sempre bom saber algumas informações simples para acabar não levando vinho de qualidade inferior com preço salgado...

Com a ajuda do sommelier Wesley Moreira, "traduzimos" algumas das informações dos rótulos para você nunca mais levar gato por lebre na hora de escolher.

  • 1 - Cuidado com os vinhos de mesa

    A descrição no rótulo pode ser confusa a princípio, mas denota apenas o tipo de uva usada para preparar o vinho. Vinhos finos (ou ainda vinhos de mesa finos) são os preparados com as uvas do tipo Vitis vinifera europeias - que são próprias para a fabricação da bebida. Já os vinhos de mesa são preparados com uvas que também são usadas para consumo ou ainda para fazer suco de uva ou frutas secas. "Nesse caso, a qualidade gustativa não é a mesma", explica Wesley.

  • 2 - Vinho suave pode ter açúcar adicionado

    O nome "suave" denomina o vinho que tem grande quantidade de açúcar - se ele é resultado da fermentação interrompida antes da hora ou se ele é adicionado à bebida, depende do tipo de uva. No caso dos vinhos de mesa, açúcar de cana é adicionado ao produto em alguns casos. "Já nos vinhos finos, produzidos com uvas europeias, o açúcar é natural da própria uva - é o que não foi transformado em álcool durante o processo de fermentação", diz o sommelier.

  • 3 - "Contém sulfitos" não é problema

    Quem tem a curiosidade de ler os rótulos dos vinhos já deve ter se deparado com a expressão "contém sulfitos". Não é preciso se preocupar. Também conhecido como anidro sulfuroso ou dióxido de enxofre, ou ainda pelo código INS220, é um composto muito utilizado para impedir a proliferação de micro-organismos e bactérias na bebida, além de combater o vinho contra a oxidação precoce. "Vinhos produzidos com cultura orgânica ou biodinâmica possuem níveis de sulfitos bem menores", diz Wesley.

  • 4 - Traduzindo o "D.O.C."

    Uma dica de Wesley para comprar um vinho de qualidade é buscar no rótulo as siglas das legislações vinícolas - o tal de D.O.C., ou denominação de origem controlada. Também grafado A.O.C. (em vinhos franceses) e D.O. (em vinhos espanhois), isso significa que o vinho em questão passou por uma certificação que garante sua procedência e o método de produção.

    Para ter o direito a carregar a sigla no rótulo, a vinícola tem cumprir parâmetros como os tipos de uva permitidos para a produção do vinho e a denominação geográfica de área - por exemplo, para um vinho ser chamado de "champanhe", ele precisa necessariamente ser produzido na região francesa de Champagne, do contrário a bebida é apenas um espumante.

  • 5 - O transporte afeta a qualidade

    O rótulo da parte de trás da garrafa tem informações que devem ser levadas em consideração na hora de avaliar o vinho - como, por exemplo, o local aonde a bebida foi produzida. Isso é importante porque, às vezes, o vinho é produzido em um local mas engarrafado em outro -- o transporte pode afetar a qualidade da bebida. Informações sobre os tipos de uvas utilizadas para a produção e seu "terroir" (ou seja, o local onde foram colhidas) também aparecem aqui.

  • 6 - Evite luz forte na garrafa

    O estado de conservação do produto também deve ser levado em conta na hora da compra. Evite as garrafas que tenham sido guardadas perto de luz forte (por exemplo, na vitrine de uma loja) ou de fontes de calor. Caso a garrafa tenha rolha de cortiça, é preferível escolher uma garrafa que tenha sido guardada na horizontal, o que ajuda a manter o oxigênio do lado de fora da garrafa.