Milhares se reuniram nas proximidades do Parlamento em Barcelona para acompanhar a esperada declaração de separação. Mas, com o vago discurso do líder catalão, o que era alegria logo virou decepção e confusão.
Depois de meses de tensão e um referendo feito à revelia do governo central da Espanha, o processo de independência da Catalunha foi suspenso pelo governo regional em nome do "diálogo".
A França indicou nesta quarta-feira (11) que irá considerar ilegal "qualquer declaração unilateral de independência" das autoridades catalãs, assim como a Alemanha, que afirmou que "trata-se de um problema interno, mas que a separação não teria nenhum reconhecimento".
O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, pediu nesta quarta-feira (11) que o líder catalão Carles Puigdemont esclareça oficialmente se ele declarou a independência da Catalunha, o que abre caminho para uma eventual intervenção federal na autonomia da região.
Um tribunal anunciou nesta terça-feira (10) a abertura de diligências contra dois professores e o diretor de uma escola catalã por delito de incitação ao ódio supostamente perpetrado contra o filho de um guarda civil.
O governo espanhol pediu nesta terça-feira (10) ao presidente regional catalão Carles Puigdemont, que pode declarar nas próximas horas de modo unilateral a independência da Catalunha, "que não faça nada irreversível".
O chefe do Governo espanhol, Mariano Rajoy, ratificou nesta segunda-feira (9), na véspera do comparecimento do presidente do Governo catalão, Carles Puigdemont, perante o Parlamento regional, que o Executivo "fará tudo o que puder" para impedir a independência da Catalunha.
A Catalunha vive nesta segunda-feira (9) horas de extrema incerteza, enquanto seu presidente ainda ameaça declarar a independência da região na terça-feira (10), após um fim de semana em que milhares de espanhóis pediram que voltasse atrás.
Há anos as pessoas o consideravam um extremista de direita por usar a bandeira espanhola em uma pulseira, explicou Angel Muñoz, um motorista de 62 anos que estava no centro de Madri.
O Tribunal Constitucional (TC) da Espanha suspendeu nesta quinta-feira (5) cautelarmente a reunião do Parlamento regional da Catalunha previsto para a próxima segunda-feira com o argumento de que se declarasse a independência aconteceria uma quebra da Constituição e uma "aniquilação" dos direitos...
Se a Catalunha declarar independência, o referendo do último domingo (1º) será aquele com menor participação popular a dar origem a um país europeu na história recente. Nas últimas décadas, processos similares tiveram adesão até duas vezes maior.
O "sim" pela independência da Catalunha venceu com 90,09% dos votos no controverso referendo promovido neste domingo (1º) na região espanhola, informaram autoridades locais após o fim da votação. O resultado abre espaço para que a região faça uma declaração unilateral de separação da Espanha.
SANT PERE DE TORELLO, Espanha (Reuters) - Enquanto a polícia espanhola empunhava cacetetes e disparava balas de borracha contra grupos que tentavam votar no referendo sobre a independência catalã, que foi proibido, a polícia da região dava uma recepção muito mais gentil aos eleitores.
"Você não tem o direito de me tocar", disse a catarinense Debora Gaspar, 37, ao policial que a empurrou neste domingo (1º), dia do referendo pela independência da Catalunha, na Espanha.
Confrontos durante o plebiscito separatista da Catalunha, na Espanha, deixaram pelo menos 844 feridos neste domingo (1º), segundo dados divulgados pelas autoridades catalãs.
Separatistas catalães incentivaram seus apoiadores a desafiarem os esforços espanhóis para impedir um referendo de independência marcado para domingo, pedindo um comparecimento pacífico às seções eleitorais que a polícia recebeu ordens para manter fechadas.