31/12/2008 - 12h58
Mercado brasileiro de automóveis fecha 2008 com recorde, mas crise traz apreensão
Da Auto Press
Foi um ano de contrastes. O mercado brasileiro automotivo começou 2008 no mesmo ritmo empolgante de 2007 e vai encerrar mais um ano de recorde. Mas o bolo de comemoração pela marca de 2,81 milhões de unidades vendidas, cerca de 14% a mais que no ano passado, segundo projeções da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), "solou" no último trimestre. A crise financeira passou como um furacão em outubro e deixou o setor atônito e receoso. As vendas recuaram forte no fim do ano e só a mãozinha do governo deu certo fôlego às vendas, evitou pretextos para demissões na indústria e contribuiu para uma melhora do humor do setor. "Todos devem lembrar e comemorar que, apesar destes últimos meses, o setor fecha o ano quebrando todos os recordes históricos de produção e vendas. Estou otimista para 2009", garante Jackson Schneider, presidente da Anfavea.

Crédito: Divulgação
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2008 NO RETROVISOR
As perspectivas para 2008 eram ainda mais otimistas e os mais de 70 lançamentos previstos -- entre novos modelos, reestilizações de linha e novas versões -- ilustram bem o panorama esperado. O primeiro semestre fechou com vendas 26% superiores ao mesmo período de 2007 e com as projeções de o mercado ultrapassar as 3 milhões de unidades mais do que confirmadas. Mas aí veio o "setembro negro" do mercado norte-americano e o mercado brasileiro logo acusou o golpe. Em menor proporção, é verdade. Mas ainda assim o crédito diminuiu, o consumidor fugiu e as quedas foram inevitáveis. Mas, a diminuição das vendas, de certa forma, era aguardada naturalmente pelo setor.
"Foi um fenômeno diferente. Que haveria uma desaceleração era certo, mas imaginávamos que o mercado iria crescer menos e não cair", analisa Christian Pouillaude, vice-presidente comercial da Renault.
Para especialistas do mercado, a desaceleração, porém, chegou mais cedo e de forma mais abrupta. Isso porque o Brasil vivia um momento singular, com índices de vendas muito elevados, além do normal até. Ou seja, chegaria a hora de o mercado se adequar. O que pode ocorrer logo no próximo ano. "A indústria já esperava. A projeções para o próximo ano é que mudaram. Foi uma desaceleração precipitada e abrupta. Vínhamos em céu de brigadeiro, mas em outubro enfrentamos uma forte turbulência", acredita Alberto Pescumo, gerente geral comercial da Honda. "Mesmo que não tivesse tido todo esse caos, o mercado teria de encarar uma estabilidade em um patamar de crescimento normal. Estávamos crescendo três, quatro vezes o PIB. Hoje o mercado está voltando a ter um crescimento normal, como deveria ter sempre", acredita Paulo Roberto Garbossa, consultor da ADK Automotive.
Em meio a anúncio de férias coletivas, especulações de demissões e previsões alarmistas, o bote salva-vidas partiu de Brasília. O governo tratou de liberar R$ 8 bilhões para os bancos das montadoras e, no início de dezembro, anunciou a redução das alíquotas do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e reaqueceu o mercado às vésperas do final do ano.
"Foi uma ação de muita sensibilidade do governo. Uma grande sacada para tentar retomar um pouco o mercado que perdemos nos últimos meses. A velocidade com que o governo e as montadoras agiram foi de extrema importância", ressalta Ivan Nacano, gerente de vendas da Ford.
De qualquer forma, ninguém se anima muito e prefere manter o discurso cauteloso para 2009. "É prematuro tirar qualquer conclusão. Há uma grande preocupação com relação a estoques na revenda, condições de mercado ainda não estabilizadas e dólar sem equilíbrio. Temos de acompanhar muito de perto", receita Tai Kawasaki, vice-presidente comercial da Nissan.
LANÇAMENTOS PARA TODOS Alguns destaques de 2008 |
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JANEIRO
- A
Mahindra chega ao Brasil com uma linha de comerciais leves. O fabricante indiano lança o Scorpio SUV e o Scorpio Pik-up com motor 2.6 turbodiesel de 110 cv e montados em sistema CKD nas fábricas da Usiminas em Pouso Alegre, Minas Gerais, e da Bramont, na Zona Franca de Manaus.
- A Hyundai começa a importar o Azera com a mesma estratégia de bom custo/benefício que consagrou o utilitário esportivo Tucson. Com preços iniciais de R$ 105 mil, o sedã médio-grande oferece motor 3.3 V6 de 237 cv e uma vasta lista de equipamentos de conforto e de segurança.
- Desembarcam as primeiras unidades da versão GTS do Porsche Cayenne. Trata-se da configuração intermediária do utilitário esportivo grande de luxo, com motor 4.8 V8 de 405 cv.
- Antes apenas com motor 2.4 Flex, a versão
Elite do Chevrolet Vectra passa a contar também com opção de propulsor 2.0 Flex de 128/121 cv.
FEVEREIRO
- O Pagani Zonda F chega ao Brasil e se torna logo o modelo mais caro à venda no país: R$ 3,85 milhões. O superesportivo tem motor 7.3 litros V12 de 659 cv.
- O Kia Picanto modelo 2009 reestilizado começa a ser importado para o país. O compacto cresceu 3 cm e sofreu mudanças visuais nos pára-choques, capô e conjuntos óticos. Além disso, recebeu novo motor 1.0 de 61 cv para a versão com câmbio manual.
- A Renault inicia as vendas do
Grand Scénic, da
Grand Scénic e da versão Expression 2.0 16V do sedã Mégane. O conversível tem motor 2.0 16V de 138 cv e capota elétrica que pode ser recolhida em 22 segundos. A minivan média oferece sete lugares e utiliza a mesma unidade de força do Mégane CC. Já a configuração Expression, ao preço de R$ 60.390, passa a ser a mais barata do sedã, quando equipada com motor 2.0 de 138 cv e câmbio manual.
- A linha 2008 do Nissan 350Z desembarca no país ainda mais potente. O motor 3.5 V6 agora oferece 312 cv, contra 280 cv anteriores. Externamente, o cupê passou por um leve face-lift.
- A Chrysler resolve se mexer no mercado brasileiro e lança três modelos de uma vez. O primeiro é a Town & Country, minivan grande de luxo clone da Dodge Caravan, que chega com motor V6 3.8 litros de 193 cv. A marca norte-americana também começa a importar o 300C 2008 com uma versão com motor mais manso: 2.7 V6 de 180 cv. Para completar, lança também a nova geração do Jeep Cherokee Sport, que resgata o visual mais clássico e usa propulsor 3.7 V6 de 210 cv.
MARÇO
- A Volkswagen lança o
Jetta Variant, versão station-wagon do sedã médio. Fabricada no México, a perua tem motor 2.5 de 170 cv.
- A Toyota faz uma profunda reestilização no Corolla para tentar retomar a liderança no segmento dos sedãs médios, então nas mãos do
Honda Civic. O modelo da Toyota teve preços emparelhados com o arquirival, enquanto a fábrica de Indaiatuba, no interior de São Paulo, recebeu investimentos de US$ 268 milhões não só para as mudanças na linha como também para aumentar a capacidade produtiva de 60 mil para 70 mil unidades/ano.
- Chega ao Brasil a Maserati GT. O cupê 2+2 tem motor 4.2 V8 feito em bloco de alumínio, com 410 cv de potência e custa a bagatela de R$ 750 mil.
- Com o
Sandero no mercado, a Renault realoca o Clio dentro do segmento de compactos com a versão Campus. Com preços a partir de R$ 25.910, passa a ser a única e mais despojada versão do hatch, para brigar no mercado de veículos de entrada, com Fiat Mille e Ford Ka.
ABRIL
- A Honda lança a nova geração do Accord. O sedã médio-grande agora passa a vir do Japão -- antes era produzido no México, país com o qual o Brasil tem acordos alfandegários. Com isso, o preço da versão mais barata passou de R$ 89.700 para R$ 99.800. Além disso, o sedã ficou maior nas dimensões, recebeu novo design e conta com opção de motores 2.0 16V de 156 cv a 6.300 rpm e 3.5 V6 de 278 cv.
- No marketing da conectividade, a Renault lança o Sandero Nokia. A série especial vem com um celular Nokia N95, com GPS, Bluetooth e viva-voz integrado.
- Com seis revendas em São Paulo, a chinesa
Effa inicia as vendas do compacto M100, o modelo mais barato do país, ao preço inicial de R$ 22.900. Além dele, a montadora também começa a comercializar o utilitário ULC, nas configurações Van, Furgão e Picape. Todos os modelos usam motor 1.0 de 47 cv da Suzuki.
- A Audi lança o
R8 no Brasil com o primeiro lote de 20 unidades vendido. O cupê custa R$ 600 mil, mas o "leilão" pelo modelo fez o preço chegar a R$ 1 milhão em alguns casos. O esportivo tem motor 4.2 V8 de 420 cv, faz de zero a 100 km/h em 4,6 segundos e atinge a máxima de 301 km/h, segundo a marca das argolas.
- A Ford anuncia investimento de R$ 600 milhões na unidade de Taubaté, interior de São Paulo, para fabricação de uma nova linha de motores.
MAIO
- A General Motors faz uma remodelação visual na veterana S10 para tentar mantê-la como a pick-up média mais vendida do país. De quebra, o veículo passa a contar com versões de entrada que começam em R$ 46 mil. A Blazer também passa pelo mesmo banho de loja.
- A linha Fiat Palio Weekend sofre mais uma reestilização visual e conta com novas configurações. A versão "top" continua sendo a Adventure 1.8, que agora conta com bloqueio do diferencial dianteiro e passa a se chamar Adventure Locker.
- Uma nova versão do Kia Sorento passa a ser comercializada no Brasil, com motor turbo diesel de 170 cv e ao preço inicial de R$ 119.900.
JUNHO
- Um mês depois de sofrer uma reestilização na Europa, o renovado Peugeot 407, nas configurações sedã e station, chega ao Brasil. Os motores do médio-grande francês permanecem os mesmos: um 2.0 16V de 140 cv e um 3.0 V6 de 211 cv.
- A Mercedes-Benz passa a importar uma versão diesel do utilitário esportivo Classe M. O ML 320 CDI tem motor V6 3.0 de 224 cv, torque de 52 kgfm, tração permanente nas quatro rodas e bloqueio eletrônico automático do diferencial.
- O
Subaru Tribeca é lançado no Brasil. O crossover médio da marca japonesa é vendido com motor 3.6 litros com bloco em alumínio, seis cilindros horizontais opostos, 24 válvulas e 270 cv de potência.
- A Kia estréia no mercado brasileiro a minivan Carens. Com três fileiras de bancos e capacidade para sete pessoas, o modelo é equipado com motor 2.0 16V de 149 cv.
- A linha 2009 do Peugeot 307 sedã passa por discretas mudanças na traseira. As lanternas adotaram lentes vermelhas, o número 307 foi posicionado na parte inferior direita da tampa do porta-malas, enquanto a marca Peugeot agora fica sobre a placa.
JULHO
- O carro mais vendido do país finalmente ganha uma nova plataforma. A chamada Geração 5 do Gol utiliza chassi derivado do Fox, ganha visual arrojado e campanha publicitária com direito a Gisele Bündchen e Silvester Stallone.
- O Jaguar XF chega ao Brasil nas versões Premium V6, Premium Luxury V8 e SV8, com preços de R$ 278 mil, R$ 319 mil e R$ 367 mil, respectivamente. Os motores são 3.0 V6 com 240 cv, 4.2 V8 de 300 cv e 4.2 V8 Turbo de 420 cv.
- O Renault Kangoo passa por um face-lift no Mercosul, meses depois de ganhar uma nova geração na Europa. Fabricada na Argentina, a multivan ganhou novo conjunto ótico, saliências nas extremidades do capô e grade e pára-choques redesenhados.
- A matriz da Volkswagen diz que o mercado brasileiro passará a ser o segundo principal do grupo no mundo, ficando atrás do mercado chinês. A Alemanha, país de origem da montadora, passa a ser a terceira no "ranking".
- O motor 2.0 16V da linha Peugeot 307 passa a ter tecnologia flex fuel. A unidade de força que equipa as versões sedã e hatch do médio feito na Argentina passa a gerar 151 cv de potência com álcool e 143 cv com gasolina.
- Depois de um certo suspense e uma guerra fria fiscal entre os estados, a Toyota bate o martelo e avisa que sua nova fábrica será erguida em Sorocaba, interior paulista. A unidade vai reunir investimento de US$ 700 milhões e terá capacidade de produção de 150 mil unidades/ano.
- A BMW inicia a importação da versão conversível da
Série 1. O 120i Cabriolet usa motor 2.0 litros de 156 cv a 6.400 rpm.
- Na onda tecnológica, a Ford apresenta o
Ka Tecno, uma versão do compacto com viva-voz com conexão Bluetooth e entradas USB e para iPod.
- A Nissan começa a produzir em São José dos Pinhais, no Paraná, a nova Frontier, antes importada da Tailândia.
- O Volkswagen Gol registra 31.081 emplacamentos, somando as gerações 4 e 5, e estabelece um novo recorde de vendas de um carro no mercado brasileiro em um único mês.
AGOSTO
- Chega ao mercado o Peugeot 207 brasileiro. O modelo é vendido nas versões hatch e station wagon e adota o estilo frontal do 207 europeu, mas continua com a mesma plataforma do 206 na fábrica da PSA Peugeot Citroën em Porto Real, no Rio de Janeiro. Os motores são os mesmos do antecessor: 1.4, de 82 cv e 80 cv, e 1.6 16V de 113 cv e 110 cv.
- A Chrysler é uma das primeiras a se aventurar no segmento de crossovers com a Dodge Journey. O modelo chega com propulsor 2.7 V6 de 185 cv, mas só conta com tração dianteira.
- Chega ao mercado brasileiro o
BMW X6. Crossover com estilo de cupê, o modelo usa plataforma do X5 e chega ao país com duas opções de motorização. A "de entrada" usa um 3.0 biturbo de seis cilindros em linha e injeção direta de combustível com 306 cv. O outro motor é um V8 4.4 biturbo e injeção direta com 407 cv e 62,2 kgfm de torque a partir das 1.800 rpm.
- A Fiat finaliza a reestilização da família Palio com a remodelação da Strada. Em sua versão Adventure, a picape compacta mais vendida do país também ganha bloqueio do diferencial dianteiro assim como ocorreu com a Palio Weekend.
- De olho no segmento dos sedãs médios, a Ford antecipa o lançamento da nova geração do Focus. O modelo fabricado na Argentina usa a plataforma do Volvo S40, conta com um visual mais moderno e é lançado apenas com motor 2.0 a gasolina, de 145 cv.
- A Nissan apresenta o novo
X-Trail. O utilitário esportivo compacto vem com câmbio do tipo CVT e motor mais modesto, um 2.0 16V de 138 cv, para ter preço mais competitivo.
- O Citroën C3 passa por um face-lift. Mudam a grade e o pára-choques frontais no compacto produzido em Porto Real, no Rio de Janeiro.
SETEMBRO
- O veterano Fiat Mille passa por um face-lift, promove a configuração Way e ganha econômetro para realçar seu caráter "popular".
- A Mercedes-Benz passa a trazer uma versão intermediária para sua linha Classe C. O C 350 Sport tem motor 3.5 V6 de 272 cv e torque de 35,6 kgfm entre 2.400 rpm e 5 mil rpm, que trabalha com um câmbio automático seqüencial de sete velocidades 7G-Tronic.
- A Audi lança a nova geração do A4 no país, inicialmente com motor 3.2 V6 de 269 cv.
- Depois do sedã, é a vez da versão hatch do Focus ganhar nova geração, com o mesmo motor 2.0 de 145 cv do três volumes.
- A Fiat volta a se aventurar no segmento de sedãs médios, desta vez com o Linea. Feito em uma plataforma esticada do Punto nacional -- que, por sua vez, é derivada da plataforma da linha Palio --, o modelo possui três configurações com motor 1.9 16V Flex de 132/130 cv. Com opção de câmbio manual ou automatizado Dualogic. Já a versão top tem propulsor turboalimentado importado 1.4 16V T-Jet, com bloco de alumínio e 152 cv.
- O Chevrolet Meriva ganha motor 1.4 EconoFlex de 105 cv com álcool e 99 cv com gasolina.
- A Nissan lança a Frontier feita em São José dos Pinhais com apenas 25% de nacionalização. A picape média chega nas versões XE e SE com motor 2.5 de 144 cv, e na top LE com propulsor 2.5 de 172 cv.
- Treze anos após encerrar a produção do Voyage, a Volkswagen ressuscita o nome no seu mais novo sedã compacto, feito sobre a plataforma do novo Gol. Os motores são os mesmos do hatch: 1.0 de 76/72 cv e 1.6 de 105/101 cv.
- A divisão de automóveis da Suzuki volta a atuar no mercado brasileiro e lança a nova geração do Grand Vitara com tração integral e motor 2.0 16V de 140 cv.
- A Renault lança a versão "off-road light" do Sandero, chamada de
Stepway.
- A Citroën passa a oferecer câmbio automático de quatro velocidades para o compacto C3, na versão Exclusive com motor 1.6 16V.
- A crise financeira global dá as caras nos Estados Unidos e começa a refletir na Europa. No Brasil, muitos ainda acreditam que será apenas uma "marolinha".
OUTUBRO
- O Salão de Paris começa no meio do turbilhão da crise financeira global, mas com vários modelos expostos com passaporte carimbado para virem para o Brasil.
- Em meio à ressaca da queda nas vendas por conta da crise, o Salão Internacional do Automóvel de São Paulo abre suas portas. O evento conta com 40 marcas de automóveis expositoras e cerca de 650 mil visitantes.
- A linha Polo 2.0 passa a contar com tecnologia flex: a potência é de 116 cv com gasolina e de 120 cv quando abastecida apenas com álcool.
- O Audi A3 Sportback passa por um face-lift e chega ao Brasil com as mesmas opções de motores 1.6 e 2.0.
- O Citroën
C4 Pallas ganha motor 2.0 Flex com 151 cv e 143 cv.
- O jipinho catarinense
TAC Stark fecha acordo para receber motor da Fiat e confirma lançamento para o segundo semestre de 2009.
- Em meio à crise, a Ford entra no segmento dos crossovers com o Edge. Com propulsor 3.5 V6 de 269 cv, o modelo leva a desvantagem de ser importado do Canadá, enquanto seus principais rivais vêm do México, com quem o Brasil tem acordos alfandegários. Por esta razão, o preço anunciado do Edge é pouco competitivo: R$ 149.700. O início das vendas é marcado para dezembro.
- A Honda lança a nova geração do Fit com quatro versões de acabamento. Além disso, o motor 1.4 do monovolume compacto passa a gerar 100/101 cv com gasolina e álcool, enquanto a unidade de força 1.5 16V i-VTEC passa a ser flex e produz 115/116 cv de potência.
- A Toyota promove uma reestilização visual na
Hilux fabricada na Argentina. Além disso, a picape média estréia motorização a gasolina, com 2.7 litros, 158 cv de potência e torque de 24,5 kgfm.
- O B170 passa a ser o modelo "de entrada" da Classe B da Mercedes-Benz no Brasil. A minivan usa motor 1.7 de 116 cv e custa R$ 100 mil.
- A reestilizada Toyota RAV 4 desembarca no Brasil, mas mantém o motor 2.4 16V de 170 cv.
- O governo libera R$ 8 bilhões para os bancos das montadoras aumentarem as linhas de crédito.
- O setor digere o primeiro impacto da crise. As vendas no mercado interno recuam 11,5% em relação a setembro.
NOVEMBRO
- A Ford mostra o EcoSport com motor 2.0 Flex. Agora, o propulsor Duratec gera 145 cv com álcool e 141 cv com gasolina.
- A Audi lança o estiloso
A5. O cupê tem motor 3.2 V6 com injeção direta e 269 cv.
- A Peugeot estréia no segmento de sedãs compactos com o 207 Passion. O três volumes chega ao mercado em cinco versões e duas opções de motores: 1.4, de 82 cv e 80 cv, e 1.6 16V de 113 cv e 110 cv.
- A crise se faz ainda mais presente e as vendas de automóveis e comerciais leves recuam 26% na comparação com outubro. O que era para ser "marolinha" já é encarado por muitos como "tsunami".
DEZEMBRO
- A Ford entra no segmento de veículos utilitários leves com a linha Transit, em configurações para passageiros e para carga.
- O Governo reduz o IOF para financiamento de carros, além de zerar a tributação de IPI para automóveis com motor 1.0 e baixar o imposto de 13% e 11% para 6,5% e 5,5% para modelos com motorização entre 1.0 e 2.0, gasolina e flex, respectivamente. No primeiro fim de semana com os novos preços, as vendas crescem 30% em relação ao fim de semana anterior.
- A Peugeot lança a versão Escapade do 207 com a mesma lógica do sucessor 206 Escapade: adereços visuais jipeiros e suspensão elevada. O motor é o mesmo 1.6 16V Flex de 110 cv e 113 cv.
- O Suzuki Jimny volta a ser importado para o Brasil com motor 1.3 16V de 84 cv.
(por Fernando Miragaya)