O melhor sedã

Audi A5, BYD King, BMW 220i M Sport, Honda Civic e VW Jetta GLi disputam troféu no Prêmio UOL Carros

Guilherme Menezes Colaboração para o UOL Divulgação

Os sedãs são carros verdadeiramente atemporais. Desde o início da história do automóvel ocupam uma posição de destaque no mercado, graças ao equilíbrio entre conforto, desempenho e elegância, conquistando os consumidores que não abrem mão de espaço interno, dirigibilidade suave e equilibrada, além de uma estética mais tradicional.

Tudo bem que a estética é um aspecto mais subjetivo, mas algo completamente objetivo é a aerodinâmica, que interfere em aspectos como economia de combustível e silêncio a bordo. A traseira reta dos SUVs e hatchbacks tende a criar turbulência, o que afeta o deslize do carro pelo ar. Os sedãs já não têm esse problema, uma vez que a queda da coluna C ajuda a capturar o fluxo de ar, sem alterar a sua trajetória

As vantagens não param por aí. Comparados com os SUVs, muitas vezes conseguem oferecer um espaço interno mais amplo para os ocupantes e maior capacidade para bagagens e objetos no porta-malas. São tantos atributos que, no fim das contas, fica até mais fácil de entender o motivo pelo qual os sedãs conseguem atingir muito bem uma fatia de consumidores mais maduros.

Para concorrer ao Prêmio UOL Carros, foram selecionados os modelos que, dentro de cada proposta, são destaque absoluto. Aqui vão os finalistas: Honda Civic, VW Jetta GLi, BYD King, BMW 220i Gran Coupé e Audi A5. Vamos ao embate!

Audi A5

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No Brasil desde junho, o novo Audi A5 desempenha um importante papel para a marca dentro do segmento premium. Substituto do A4 na linha, é vendido em versão única (Sedan Performance S Edition quattro) com preço a partir de R$ 379.990, trazendo uma plataforma de nova geração - denominada Plataforma Premium a Combustão (PPC). Com isso, cresceu para 4,82 m de comprimento e entre-eixos de 2,89 m, o que amplia o espaço interno e aprimora a estabilidade na condução.

O A5 adota a linguagem minimalista que valoriza a fluidez das linhas que desenham a carroceria. E a identidade foi bem reforçada também, não apenas pelas rodas de 20 polegadas. A dianteira ganhou faróis full LED afilados e a tradicional grade singleframe da Audi foi ampliada. Na traseira, agora apresenta novas lanternas interligadas e um difusor esportivo. Por vir com o kit S Line, adiciona elementos em preto brilhante e ponteiras de escape cromadas.

Além da questão do aprimoramento do espaço interno, agora a cabine do A5 é dominada por duas telas integradas. São elas: a central multimídia de 14,5 polegadas e o cluster digital de 11,9". Típico dos carros da marca, todo o design do painel prioriza a ergonomia do motorista, algo fundamental para a otimização da experiência a bordo.

Por falar em experiência, a Audi segue firme com a motorização puramente a combustão. No caso, se trata da última versão do motor 2.0 TFSI, que agora entrega 272 cv e 40,8 kgfm, disponíveis assim que as rotações começam a sair da marcha lenta, já que a força máxima é entregue em 1600 RPM. Aliado ao câmbio automatizado de dupla embreagem S Tronic de 7 marchas, que envia o movimento às quatro rodas de forma integral, é capaz de acelerar até 100 km/h em 5,9 segundos.

BMW 220i Gran Coupé

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Poucas marcas premium são tão capazes quanto a BMW de se conectar com os que nasceram com esportividade correndo nas veias; e a gama Gran Coupé traduz bastante a natureza esportiva da fabricante. O modelo de entrada, 220i Gran Coupé, já oferece todos os itens que se pode ter, considerando que é vendido apenas com o pacote M Sport por R$ 320.950.

Em relação ao modelo anterior, o Série 2 recebeu uma atualização visual consistente, a começar pelo tamanho. O novo Série 2 Gran Coupé foi aumentado em 2 cm de comprimento (para 4,55 m) e a altura foi aumentada em 2,5 cm para (1,45 m).

O tamanho da grade reduziu um pouco, enquanto os faróis se tornaram um pouco mais arredondados e ganharam novos DRLs. Na parte traseira, também ganha novo conjunto óptico e ficam maiores. Antes, a placa ficava no meio do pára-choque, mas agora está na tampa traseira, conforme os demais modelos da marca.

O interior também merece destaque, já que recebeu uma série de tecnologias. Para entrar no carro, não é preciso chave. Quem vai a bordo pode curtir um som de alta fidelidade graças ao sistema Harman Kardon de 12 alto-falantes. Agora também traz carregador de smartphones sem fio e espelhos com escurecimento automático.

Ainda no sistema de infoentretenimento, o destaque fica para o sistema de navegação ao vivo baseado em nuvem. Aliás, as telas cresceram para 10,25 polegadas (central multimídia) e 10,7 polegadas (painel do motorista). Após a renovação, o carro roda com o novo sistema iDrive 9, podendo receber atualizações over the air. Fora isso, ainda há conectividade com smartphones através do app MyBMW.

São poucos os opcionais. Entre eles, está o interior em material sintético que imita couro (caso contrário o estofamento é tecido), além do teto panorâmico de vidro e head-up display. Fato interessante (e bem agradável, por sinal) é que, pela primeira vez, o Série 2 terá massageador de lombar nos bancos.

BYD King

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Aqui a proposta é seguir mais pela razão do que pela emoção. O sedã da BYD é focado em oferecer eficiência, equipamentos e tecnologias de última geração por preços competitivos. Aliás, ainda mais agora que começou a ser produzido em Camaçari (BA), também passou a ter preços especiais para vendas diretas, com isenções de IPI e ICMS. Isso tem se refletido nos números e a marca já lidera as vendas locais dentro dessa categoria.

O King conta com tecnologia híbrida plug-in, que traz baterias recarregáveis na tomada e a possibilidade de rodar no modo 100% elétrico. O modelo é vendido nas versões GL (R$ 169.990) e GS (R$ 175.990). Além da linha 2026 ter ficado mais em conta do que quando ainda vinha no ano/modelo 2025, ganhou abertura do carro via smartphone, o pacote ADAS e o sensor de ponto cego, itens que o mercado sentia muita falta.

A motorização ainda é composta por um 1.5 aspirado e mais um motor elétrico dianteiro. Um detalhe é que a linha 2026 foi recalibrada e, hoje, o motor a gasolina rende 98 cv e 12,5 kgfm, enquanto o elétrico segue com os 180 cv e 32,2 kgfm na versão GL, e 197 cv e 33 kgfm na versão de topo GS.

A potência combinada, no entanto, segue a mesma de 2025. Ou seja, entrega 209 cv na GL e 235 cv na GS. O desempenho também não mudou e o sedã ainda precisa de 7,3 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h na versão topo de linha, ou 7,9 s na versão de entrada. Falando de autonomia, o GS tem bateria de 18,3 kWh, cujo alcance no modo elétrico é de 62 km (PBEV). No caso da versão GL, a autonomia fica nos 32 km.

Honda Civic

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Desde a chegada da atual geração do Civic, o modelo disputa no mercado premium. O sedã ficou maior, mais equipado, luxuoso, potente e tecnológico. E com a chegada da reestilização neste ano, ficou ainda mais moderno e elegante - o que é fundamental para este patamar de mercado que passou a integrar. O preço segue no patamar que estava, saindo por R$ 265.900.

A grade superior está ligeiramente maior, enquanto a tomada de ar inferior passa a ter formato hexagonal, após o para-choque ter sido redesenhado. Atrás, o destaque fica por conta das lanternas escurecidas.

Por dentro, além de ganhar portas USB-C, a central multimídia continua a mesma de 9 polegadas, mas agora o sistema tem Google integrado, com aplicativos como Google Maps, Google Play e o Google Assistente, que permite comandos de voz com respostas rápidas - junto do cluster digital de 10,2 polegadas.

Sob o capô, o sedã japonês segue com o que a atual geração sempre teve. O sistema híbrido e:HEV é formado por um motor 2.0 aspirado a gasolina que trabalha em conjunto com dois elétricos. Um deles atua como gerador, transformando o movimento do motor a combustão em elétrica, abastecendo uma pequena bateria de 1 kWh instalada no eixo traseiro. O outro é um motor de tração, propriamente dito.

A Honda não divulga a potência combinada, apenas que o motor a combustão gera 143 cv e 19,1 kgfm e 184 cv e 32,1 kgfm do propulsor elétrico. De acordo com o Inmetro, o consumo é 18,3 km/l na cidade e 15,9 km/l na estrada. Ainda assim, pode superar os 1.000 km de autonomia em ciclo urbano.

Volkswagen Jetta GLi

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O Volkswagen Jetta GLi é referência de esportividade por preços bem abaixo de outros modelos que entregam desempenho similar. O interessante é que sua reestilização chega no dia 8 deste mês, ou seja, os compradores do modelo certamente terão um carro atual por mais um bom período.

Com preço sugerido de R$ 269.990 - até recentemente, o modelo com visual antigo era comercializado por R$ 250.990 - o sedã é importado do México. Ainda que não tenha tido alterações mecânicas (segue equipado com o motor 2.0 turbo EA888 a gasolina, com injeção direta de combustível, que rende 231 cv e 35,7 kgfm), recebeu novidades visuais interessantes.

Além das rodas de 18 polegadas redesenhadas, traz novos faróis full-LED que são conectados por uma barra de LED iluminada na base da grade frontal, a qual, agora, exibe padrão do tipo colmeia, estendido para a entrada de ar na parte inferior do novo para-choque, que ficou maior e traz um filete vermelho.

Na traseira, o emblema GLI foi deslocado para o centro da tampa do porta-malas, entre as lanternas, que mantiveram o visual anterior, mas ganharam uma faixa luminosa que avança em direção ao logotipo GLi.

Já migrando para o interior, bancos e painéis de portas receberam novo revestimento de couro perfurado com costuras vermelhas. O acabamento do painel também mudou e agora traz aletas no lado do passageiro, que se integram à saída do ar-condicionado.

A central multimídia VW Play Connect, por sua vez, deixou de ser embutida no painel para adotar um design flutuante, com a mesma tela de dez polegadas, mas com mais conectividade - trazendo 15 funções disponíveis no celular por meio do aplicativo Meu VW.

Como anteriormente, a transmissão é a automatizada DSG com dupla embreagem e sete marchas. Com esse conjunto, mais tração dianteira e vetorização de torque, a aceleração de zero a 100 km/h acontece em 6,6 segundos.

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