Volvo XC40: 177 pontos.
O semi-autônomo mais barato do país
Estamos no final da segunda década do século 21 e o simples ato de ir do ponto A ao ponto B em um automóvel ainda é uma operação arriscada demais, bizarra e infelizmente. Segundo dados recém-publicados pela OMS (Organização Mundial da Saúde), acidentes de trânsito causam a morte de 1,35 milhão de pessoas no mundo ao ano, número que vem aumentando.
No Brasil, ainda temos um trânsito que mata 60 mil pessoas ao ano: estradas são ruins, motoristas são mal instruídos e os carros estão melhorando, mas ainda são, em grande parte, inseguros. Morrem motoristas, mas também motociclistas, pedestres, adultos e crianças.
Segundo a própria OMS, a saída ideal para reduzir mortes no trânsito seria seguir os passos de 48 países altamente desenvolvidos: uma mistura de boa educação, leis rigorosas e carros muito seguros. Algo que nem sempre cabe no dia a dia do mundo real de países em desenvolvimento... como o Brasil.
UOL Carros é pró-avanço e pró-tecnologia e tem acompanhado de perto o desenvolvimento de sistemas autônomos de condução. Já estivemos na sede de marcas pioneiras no assunto, como a sueca Volvo, a alemã Mercedes-Benz, as americanas Ford e General Motors e a japonesa Lexus (braço de luxo da Toyota).
Suecos e japoneses têm uma filosofia interessante para justificar a "perseguição" de sistemas de alta tecnologia para carros: dar mais qualidade de vida aos condutores e, por tabela, à população. A Volvo, especialmente, tem um mote para 2020: "Nenhuma pessoa deverá se ferir seriamente a bordo de um carro da marca fabricado a partir deste ano". É o lema que impulsiona a pesquisa de modelos equipados com os mais avançados sistemas de segurança.
Não é de hoje que o mercado brasileiro de automóveis recebe modelos já equipados com recursos semi-autônomos, que ajudam o motorista a fazer curvas, se manter a distâncias e velocidades pré-selecionadas e seguras de outros carros, obstáculos e mesmo pessoas e, em caso de emergência, podem até parar totalmente -- ou reduzir ao máximo a velocidade -- para evitar maiores danos. É um dos atrativos de carros de luxo, sedãs e SUVs grandes de marcas premium. Mas sempre foram exemplos do que o dinheiro pode fazer, com carros de mais de meio milhão de reais.
Por isso, os jurados do Prêmio UOL Carros 2018 escolheram, com 177 pontos e boa vantagem, o Volvo XC40 como vencedor da categoria "Melhor Tecnologia/Inovação" do ano. É, simplesmente, o carro semi-autônomo mais barato do Brasil. E segurança não tem preço, sobretudo quando é acessível a mais pessoas.
Lançado em abril, o Volvo XC40 chegou repleto de equipamentos, inclusive nas versões mais simples: seis arbags, frenagem automática de emergência, assistente de permanência na faixa, alerta de colisão, seis airbags e Isofix. O valor inicial de R$ 170 mil ainda não é tão barato como gostaríamos, mas o faz se destacar na categoria de SUVs compactos premium, com bom espaço, força no motor, beleza e, sobretudo, pela segurança de carros maiores e ainda mais salgados.
E com R$ 5 mil extras é possível ter o "Pilot Assist", pacote que controla acelerações, frenagens e até permite que o carro faça curvas de raio médio a até 120 km/h por conta própria, por conta. O tal do semi-autônomo. Um opcional mais barato que um sistema de som premium, mas que pode salvar vidas dentro e fora do carro, caso o pior ocorra. Tecnologia do ano, com louvor, e que vai dar o tom para a concorrência em 2019.