Carros elétricos já respondem por quase 50% das vendas na Noruega em 2019

Quase metade dos carros novos vendidos na Noruega no primeiro semestre de 2019 tinham motorização totalmente elétrica. O volume é pouco mais de um quarto acima da comparação com o mesmo período no ano passado, garantindo ao país a liderança global em vendas de veículos elétricos.

O Tesla Model 3 foi o carro mais vendido no país, como informou a Norwegian Road Federation (NRF) ao anunciar os dados mais recentes sobre vendas.

No total, 48,4% de todos os carros novos vendidos de janeiro a junho eram carros elétricos, superando os 31,2% vistos em todo o ano de 2018, e tornando a Noruega - produtora de petróleo - líder global em vendas de carros elétricos per capita por uma ampla margem.

Buscando acabar com a venda de motores a diesel e a gasolina até meados da próxima década, a Noruega isenta os carros movidos a bateria dos pesados impostos cobrados sobre veículos movidos a combustível fóssil. O país também oferece benefícios como descontos em pedágios.

A política impulsionou marcas como Tesla, Nissan, Hyundai e BMW, que oferecem veículos totalmente elétricos, em vez de híbridos que usam motores elétricos, mas também possuem motor de combustão.

Marcas sem ofertas totalmente elétricas, como a Ford e a Mercedes-Benz, viram as vendas caírem, embora a Ford e a Mercedes estejam entre as várias montadoras que prometeram oferecer carros elétricos na Noruega a partir de 2020.

A Tesla, com sede na Califórnia, vendeu 3.760 veículos na Noruega em junho, ficando com uma participação de 24,5% de todos os carros durante este mês. Também foi a marca mais que mais vendeu nos primeiros seis meses.

A maior parte das vendas foi com o Model 3 de tamanho médio, enquanto seu modelo maior e o Model X tiveram volumes menores no comparativo anual.

A Agência Internacional de Energia (AIE), que inclui os carros híbridos mais amplamente vendidos na contagem de carros elétricos, mediu a participação da Noruega em 39% das vendas em 2017, muito à frente da Islândia, com 12%, e da Suécia, que ficou com 6%.