Conselho dos Trabalhadores da Volkswagen diz que vai buscar representação em fábrica nos EUA
O conselho dos trabalhadores da Volkswagen disse que irá seguir com esforços para criar uma representação na sua fábrica norte-americana em Chattanooga, Tennessee (EUA), apesar do voto de seus funcionários contra qualquer passo nesse sentido envolvendo o sindicato United Auto Workers (UAW).
Os funcionários da unidade, que fica em uma região tradicionalmente hostil ao trabalho organizado, optaram na sexta-feira (14) por rejeitar a representação pelo sindicato, cujo número de membros caiu 75% desde 1979 e agora está em pouco menos de 400 mil.
"O resultado da votação, no entanto, não muda a nossa meta de criar um conselho de trabalhadores em Chattanooga", disse Gunnar Kilian, secretário-geral do conselho de trabalhadores da empresa, em um comunicado neste domingo, acrescentando que os trabalhadores continuaram a apoiar a ideia de representação na fábrica.
A ascensão da Volkswagen para se tornar uma das três maiores montadoras globais está interligada com a influência de sua força de trabalho, cujos representantes compõem metade do conselho de supervisão de 20 membros do grupo.
Sob a política de "co-gestão" do grupo, os trabalhadores têm voz sobre as questões que afetam as regras e o ambiente de trabalho, enquanto a estrutura consensual permite que a administração busque apoio dos trabalhadores nas decisões sobre novos produtos e fábricas.
Kilian disse que iria viajar para os Estados Unidos para encontrar especialistas em direito do trabalho e começar a se consultar com eles nas próximas duas semanas para "definir os passos adicionais", acrescentando que seria acompanhado por Frank Patta, secretário-geral da Volkswagen no conselho global de trabalhadores.
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