Pedágio 'mais injusto do Brasil' tem cobrança de R$ 10 em estrada de terra

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Um dos destinos do dinheiro arrecadado com pedágios deveria ser a manutenção, pavimentação e conservação das rodovias. Deveria, mas uma situação curiosa viralizou nas redes sociais: um motorista de caminhão relatou a cobrança em uma estrada sem pavimentação, o que vem sendo chamado de 'pedágio mais injusto do Brasil'.
Trata-se de um trecho da GO-454, que liga as cidades de Mozarlândia (GO) a Cocalinho (MT). O valor é de R$ 10 para automóveis e R$ 5 para motocicletas. Já os caminhões pagam R$ 10 por eixo.
"Vou pagar R$ 70", reclamou um usuário da rodovia nas redes sociais. Logo em seguida, ele mostra a situação do trajeto totalmente de terra batida.
Segundo a Goinfra (Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes), a praça de pedágio está localizada na ponte que liga Goiás ao Mato Grosso e foi autorizada em 2004, durante o governo Marconi Perillo (PSDB), por meio do contrato de concessão. "A malha viária estadual de Goiás é de utilização pública e gratuita", afirma a agência.
A cobrança efetiva, no entanto, acontece desde 2017, ano em que foi concluída a construção da ponte pela concessionária em substituição à antiga balsa que havia no local. Desde 2019 o governo aponta o projeto de pavimentação de 53 km da rodovia GO-454. O problema é que os restantes 12 km, justamente o trecho de terra, segue sem asfalto.
O órgão completa dizendo ainda que a gestão anterior descumpriu condicionantes ambientais durante a construção da ponte, o que ensejou a lavratura de auto de infração e a imposição de multa pelo Ibama.
Em resposta ao site Semana7, a assessoria do ex-governador Marconi Perillo, por meio de nota assinada pelo ex-presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (AGETOP), Jayme Rincon, informou que a obra "foi construída pela iniciativa privada, mediante acordo firmado com o governo estadual, com autorização para cobrança de uma taxa de utilização por veículos leves e pesados".
E quando será asfaltado?
Ainda deve demorar. De acordo com a Goinfra, o trecho em questão "apresenta obstáculos técnicos à pavimentação, pois há períodos do ano em que, com a cheia do Rio Araguaia, a água atinge cotas que podem interditar a rodovia". O órgão trabalha em uma solução com a criação de novo projeto de engenharia que atenda o desafio hidrológico e proteja a rodovia dessa zona de alagamento



























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