Carro eletrificado: o que você precisa saber antes de pegar a estrada
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Com 2 milhões de seguidores no Instagram, o casal Anderson Spinelli e Andrea Lyra trocou os voos internacionais por uma road trip de mil quilômetros a bordo de um carro híbrido - a jornada está sendo mostrada pelo Nossa em diversas plataformas pelo UOL.
Há poucos anos, viajar com um carro elétrico exigia boa dose de antecipação e uma dose (ainda maior) de paciência para os perrengues — que eram quase inevitáveis. Mas muita coisa mudou, e hoje, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico, o Brasil já conta com estrutura considerável de recarga veicular.
São quase 17.000 carregadores espalhados pelo país, sendo 3.855 desses rápidos (de corrente contínua). Em um raio de 100 km, só não há pontos de parada em lugares menos habitados de Centro-Oeste, Norte e Nordeste.
Mesmo nessas regiões, porém, os carros híbridos têm uma camada adicional de proteção: eles conseguem utilizar gasolina para recarregar as baterias; ou mesmo recorrer ao motor a combustão da forma tradicional. Mas o planejamento segue importante, e a antecipação pode fazer a viagem em um carro híbrido ser ainda mais eficiente e prazerosa.
Antes de sair
Nos carros a combustão, o motor é mais econômico na estrada, onde há menos desacelerações. No caso de propulsores elétricos, a ordem se inverte, e é na rodovia que se gasta um pouco mais. Quem pretende aproveitar ao máximo as baterias deve, claro, levar isso em conta.
"A autonomia indicada no painel do carro é estimada com base no consumo do momento. Quem roda na cidade e vai pegar a estrada deve dar uma margem de segurança antes do posto", explica o engenheiro automotivo Daniel Marques.
Outros aspectos que contribuem para maior consumo elétrico, diz o especialista, incluem pneus descalibrados e excesso de peso. O relevo do trajeto e o trânsito também pesam. Nesse caso, aplicativos como o A Better Route Planner (abreviado como ABRP) conseguem entregar estimativas precisas conforme o modelo e as condições em tempo real.
E, antes de tudo isso, também recomenda-se partir com a bateria cheia. "Não só pelo alcance em si, mas porque há carros que começam a priorizar o motor a combustão à medida que a carga diminui", diz.
Rota e paradas
Uma dica valiosa é alinhar paradas de descanso com paradas de carregamento. Pensando nisso, a maioria das redes posicionam seus eletropostos junto a grandes lanchonetes, por exemplo.
Para ter mais certeza disso, outro aplicativo útil é o PlugShare: o app reúne avaliações dos usuários acerca de cada tomada, assim como dados de potência, preço e filas.
Dessa forma, o condutor que tem mais de um posto à disposição consegue filtrá-los por nota, preço do quilowatt-hora (kWh) e, em alguns casos, conforme os carros que já estão ocupando as vagas. Se o posto estiver ocupado ou fora do ar, uma alternativa é conferir pontos próximos.
Idealmente, os carregadores DC são indicados pela velocidade de recarga — normalmente menos de 1h. Os carregadores de corrente alternada (AC), entretanto, podem cair bem na hora de pernoitar em um hotel, por exemplo.
Um último segredo
No caso de haver muitos postos disponíveis na rota, uma outra sacada é "fatiar" as paradas. Isso porque os carros elétricos não têm velocidade de carregamento linear: "a bateria enche mais rápido na faixa dos 10% a 80%. Fora disso, a velocidade é reduzida para preservar a integridade das baterias e por limitações físicas", diz o engenheiro.



























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