Som de verdade e 1.000 cv: Ferrari divulga como será seu 1º carro elétrico

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A Ferrari revelou detalhes da Elettrica — seu primeiro carro 100% elétrico — e deixou claro o objetivo: entregar emoção e precisão, sem apelar para recursos como som de "mentira".
O modelo, previsto para chegar aos clientes no fim de 2026, nasce em plataforma própria, com quatro portas e quatro lugares.
Mais do que isso: há quatro motores — um por roda — e cerca de 1.000 cv. Com tração integral, o hiperesportivo deve ir de 0 a 100 km/h em menos de 3 s e ter velocidade máxima superior a 300 km/h.
Compensando ausências
A estratégia passa por três aspectos principais, sendo o som autêntico um deles. Em vez de alto-falantes reproduzindo um V12 "digital", a Ferrari Elettrica deverá captar vibrações reais do trem de força, através de um acelerômetro no conjunto elétrico traseiro.
As oscilações serão amplificadas como em uma guitarra elétrica: timbre e volume acompanham o esforço mecânico, não um arquivo de áudio.
Outro ponto valioso à marca é ao volante: o sistema de vetoração de torque cria cinco "degraus" de resposta do carro, acionados nas borboletas. Ele permite, por exemplo, simular freio-motor em reduções — acrescentando ritmo e timing típicos de um esportivo a combustão.
Por fim, há a dinâmica fina. Nesse caso, a suspensão ativa e o eixo traseiro com rodas esterçáveis prometem manobrabilidade e saídas de curva difíceis de obter em veículos tradicionais. Tudo isso em uma cabine espaçosa, com lugar para quatro ocupantes graças ao melhor aproveitamento dos balanços e do entre-eixos.
A Ferrari adotou um lançamento em etapas: mostrou o chassi e o "miolo" tecnológico da Elettrica e promete revelar o desenho completo ao longo de 2026. As entregas começam em outubro do próximo ano, segundo a própria companhia. O preço não foi confirmado, mas relatos da imprensa europeia indicam faixa acima de 500 mil euros antes de opcionais.
Entre os detalhes divulgados, sabe-se que a bateria de 122 kWh promete autonomia superior a 500 km. Todos os principais componentes de alta tensão — incluindo eixos, inversores e pacotes de bateria — foram desenvolvidos e serão produzidos em Maranello.
Até um novo prédio foi inaugurado na fábrica, no ano passado, a fim de dar à empresa controle total sobre a experiência de condução.
Junto com a estreia da Elettrica, a Ferrari também confirmou que um segundo EV não chega antes de 2028. A fabricante, por outro lado, revisou a meta de eletrificação para 2030: apenas 20% do catálogo da marca será 100% elétrica. Do restante, 40% será híbrido e 40% a combustão.
É um ajuste em linha com a demanda atual por supercarros elétricos e que veio junto ao anúncio da Lamborghini, que também pretende atrasar o fim dos motores a combustão em seus carros.
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