Como é o Rolls-Royce de R$ 9 mi apreendido na casa de Nelson Willians

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No mês passado, a Polícia Federal apreendeu um Rolls-Royce Phantom pertencente ao advogado Nelson Willians, durante investigação de fraudes do INSS e é praticamente zero-km. O veículo impressionou pelo valor, estimado em R$ 9,7 milhões. Segundo fontes ouvidas pelo UOL, é o carro mais caro já apreendido pela PF.
Comprado em julho, o Phantom foi mais uma movimentação de altíssimo valor que chamou a atenção dos investigadores. O modelo é produzido exclusivamente no interior da Inglaterra, com processos artesanais e altamente personalizados.

Como é o Rolls-Royce Phantom
Equipado com motor V12 de 571 cv, o Phantom poderia se destacar pela performance em si. Entretanto, esse é um aspecto até coadjuvante se comparado ao foco no luxo e personalização. Na hora da encomenda, por exemplo, os artesão da Rolls-Royce chegam a pesquisar a vida do comprador, a fim de criar pinturas e decorações que remetam à história do dono.
O cliente também ganha acesso a um aplicativo que, em tempo real, mostra o exemplar sendo finalizado na fábrica de Goodwood. É possível, via app, realizar alterações e manter contato com os engenheiros.

No painel do Phantom, há a chamada Galeria: um espaço para que uma obra de arte única seja esculpida, a fim de ornar com o resto da decoração.
O teto da cabine utiliza mais de 2.000 cabos de fibra óptica, que formam um céu estrelado que ilumina o interior. A posição das estrelas não é aleatória e, normalmente, representa as constelações como eram vistas no dia e local de nascimento do dono.
A linha de cintura do carro é outro ponto de atenção, com um profissional especializado em criar uma identidade a partir da listra que contorna o Phantom. Nesse caso, também cria-se brasões únicos ao cliente.
Entre sistema de som de altíssima fidelidade e vidros escurecidos eletronicamente, o supercarro também oferece refrigerador para champanhe e suspensão ativa, que cria o efeito de "tapete voador".

Relembre o caso
Nelson Wilians entrou no radar da investigação após a PF descobrir pagamentos de R$ 15,5 milhões a um empresário investigado pelas fraudes no INSS, Maurício Camisotti. Apesar de Camisotti ser seu cliente, Wilians fez os pagamentos.
O advogado foi alvo de uma busca em 12 de setembro em um desdobramento da Operação Sem Desconto. Em sua casa, foram apreendidos veículos de luxo e obras de arte, como uma pintura de Di Cavalcanti de 1971, entre outras.
O advogado movimentou R$ 4,3 bilhões de 2019 a 2024. Só numa conta do Banco do Brasil, entre setembro de 2024 e agora, foram R$ 209,5 milhões em débitos e R$ 207,7 milhões em créditos, o que também foi reportado pelo banco.
Em nota, o advogado disse que "as operações financeiras mencionadas são absolutamente regulares e não têm qualquer relação com os fatos apurados pela CPMI do INSS".




























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