Carros batidos: IA já define se seu veículo ainda tem solução após acidente

Os automóveis estão cada vez mais seguros e complexos, gerando um fenômeno em que menos pessoas são vítimas de acidentes e mais veículos têm perda total.

Para definir, dentre os veículos batidos, o que é sucata ou não, a inteligência artificial acabou sendo muito útil: as IAs já são capazes de analisar diversos parâmetros e definir, rapidamente, quais carros têm conserto e quais não.

É esse o caso da Copart, uma das maiores leiloeiras do mundo quando trata-se de automóveis sinistrados. A companhia reportou lucros recordes no último exercício financeiro, e seu CEO afirmou que a inteligência artificial está contribuindo na rotina da empresa como nunca.

Segundo o executivo, a Copart equipa seguradoras com ferramentas de decisão que comparam, em segundos, o custo estimado de reparo versus o valor do veículo, usando o histórico de milhões de carros vendidos na plataforma de referência.

Dessa forma, a partir de uma análise breve dos estragos, o computador já cruza todas as informações possíveis para definir o que é mais vantajoso às partes envolvidas.

Essa análise pode ser feita através de scanners em 3D, equipamentos específicos e até por meras fotos.

Bolsa de valores da sucata

Tanto a Copart quanto suas concorrentes não divulgam os segredos do negócio, mas há alguns itens que, sabidamente, são considerados pelas IAs na hora do cálculo.

No caso de uma dessas empresas, a LKQ Corp., o computador avalia a facilidade revenda e reciclabilidade das peças. Assim, no caso de itens de reposição cara, mas de fácil desmontagem, a conta tende a favorecer o laudo de perda total.

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Já a "pontuação veicular" criada pela companhia IAA precisa apenas de quatro imagens - uma em cada canto do carro - para trazer um score que contextualiza e quantifica o dano para os vendedores.

É algo parecido com o programa feito por outra concorrente do segmento, a CCC, que se especializou especificamente na parte dos leilões: o código é capaz de estimar, com precisão crescente, quanto será ofertado pela eventual sucata. Dessa forma, cria-se até uma bolsa de valores do carro batido.

Os analistas conseguem, a partir disso, prever a melhor hora de ofertar determinado carro batido no mercado, se compensa anunciá-lo em mais de um lugar ou oferecê-lo a preço fixo para determinado comprador.

Curiosamente, não é só pelo lucro no leilão que a IA é valiosa, mas até para que haja menos desperdício em momentos de escassez.

"O ambiente econômico mais amplo permanece incerto, com potenciais impactos tarifários e outras dinâmicas comerciais globais introduzindo novas pressões de custo e cadeia de suprimentos que podem afetar os custos de reparo e o manuseio de sinistros nos próximos meses", afirma a CCC.

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