Novos BMW querem 'ler a sua mente' para não te atrapalhar ao volante

A BMW vem preparando uma nova abordagem do seu pacote ADAS, que promete algo tão complexo quanto útil: entender quando uma manobra "arriscada" é, na verdade, intencional e segura.

Em vez de emitir alertas sonoros e visuais (ou puxar o volante de volta), os carros da Neue Klasse (nova geração da marca) cruzam dados de olhos, mãos e tráfego para agir.

Se perceberem que você está no comando e com plena consciência do que faz, eles ficam quietos: é menos intervenção automatizada e mais sintonia fina com o pensamento humano.

Entendendo o contexto

Imagine o seguinte cenário: você trafega com seu BMW em uma rodovia de pista simples e percebe um caminhão parado no acostamento. Para não passar muito perto dele, decide 'comer' um pouco de faixa.

Nesse momento, os sensores do carro já estão monitorando seus índices de atenção e sonolência e detectaram seu olhar checando a faixa oposta de modo atento.

Se, junto disso, há um comando coerente no volante e nenhum risco imediato entrando no campo de visão do carro, o sistema não dispara o alarme de evasão faixa nem corrige a direção.

Na verdade, ele entende sua intenção, deixando você fazer o que é preciso. Além disso, o carro é capaz até de acionar a seta do carro de forma compulsória, a fim de garantir uma manobra de acordo com as regras de trânsito.

O objetivo é reduzir falsos positivos e fricções, entregando uma condução mais fluida — e menos irritante. A longo prazo, entende a marca, isso aumenta a efetividade do ADAS, uma vez que os humanos tendem a usá-lo com mais boa vontade.

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Os supercérebros

Esse comportamento "telepático" não nasce do nada: ele depende da nova arquitetura eletroeletrônica da BMW, batizada informalmente de "quatro supercérebros".

São quatro computadores embarcados, que concentram o processamento pesado necessário na assistência ao motorista, dinâmica veicular e experiência a bordo.

Mais do que isso, os "cérebros" também juntam dados da visão de câmeras, radares, mapas e sinais do próprio condutor em uma imensa base de informações em tempo real.

Logo, com muito mais dados para serem trabalhadas, a plataforma ganha mais contexto para decidir quando intervir — e quando não. É a base técnica por trás dos carros "definidos por software" da marca.

A estreia desse pacote acontece na família Neue Klasse, com o novo iX3, já apresentado. Além do conjunto de assistentes mais inteligente, o SUV inaugura uma faixa de exibição que ocupa a base do para-brisa e uma cabine já pensada para reduzir distrações.

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É uma mudança de interface que conversa diretamente com a promessa de "ler a intenção": menos menus, menos toques, mais previsibilidade do que o motorista quer fazer.

Na prática, isso também suaviza a alternância entre condução "mãos na direção" e modos de assistência em rodovia. Consequentemente, o computador passa a atuar menos, mas com mais impacto positivo na condução humana.

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