Velozes e Furiosos brasileiro viraliza com Ayrton 'Sienna' e Celta tunado

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Michel Elias é um imitador nato, e a capacidade de reproduzir diferentes personagens do momento impulsionou suas participações em podcasts e shows de comédia nos últimos meses.
Entre os principais hits do jovem de São Paulo (SP) nas redes sociais estão as esquetes em que parodiam a série "Velozes e Furiosos" e até Ayrton Senna. Para obter um repertório tão vasto, conta ao UOL Carros, uma fonte contínua de criatividade é o acaso cotidiano.
"Eu tinha acabado de platinar o cabelo e estava na academia, vestindo uma camiseta branca, e do meu lado tinha um personal careca forte. Eu olhei no espelho e pensei, brincando: 'ó, o Brian e o Vin Diesel'. E foi aí que tive a ideia", relata o humorista.
Esse, entretanto, foi apenas o começo do trabalho de imitar Brian O'Conner, interpretado pelo falecido ator Paul Walker. O vulgo "Braia" e Dominic Toretto (Vin Diesel) se tornaram símbolos da franquia, que levou o mundo do tuning ao mainstream.
Apesar dos vídeos despojados, Elias queria imitar melhor o personagem, que foi uma de suas primeiras referências. "Sempre fui muito fã da saga 'Vingadores' e 'Velozes e Furiosos', né? São filmes que fizeram minha infância desde moleque. E o 'Need for Speed' era o meu jogo preferido."

Mas Elias não tinha os olhos azuis, que ajudavam a compor o lado galã de Brian. "Com lente (de contato) azul, ia ficar mais comédia ainda", explicou. Faltava só o personal trainer que trouxe o insight se juntar ao influenciador digital. "Mas ele não topou. Então fui atrás de outro Vin Diesel e fiz o primeiro vídeo", conta.
Celta vira estrela e abre portas
Desde o início, os vídeos misturam elementos dos filmes originais com cenas do cotidiano brasileiro, como se Brian e Toretto vivessem aqui hoje em dia. É uma descrição que pode soar comum, mas as atuações caíram no gosto dos usuários.
"O vídeo viralizou muito, viralizou em vários países. E foi aí que percebi que existia um mercado para isso", relembra. Para aproveitar o momento, Elias deixou a carreira de comediante em espera e investiu no Braia. "Só que a gente não tinha carro tunado", pontua.
Mais uma vez, o improviso foi um trunfo: o ator adquiriu um Chevrolet Celta 2000/2001 e começou a modificá-lo à medida que utilizava o carro em seus conteúdos.
As rodas de aro 14 do Celtinha deram lugar a unidades de aro 17, acompanhadas de suspensão a ar ajustável por controle remoto, pintura em prata perolizado e body kit, que modificou os para-choques com inspiração no Mitsubishi Lancer do filme original.
Internamente, os bancos foram trocados por assentos em concha, cintos azuis, novo volante esportivo e novos painéis de porta. Os mecânicos criaram um mecanismo que lança chamas pelo escape duplo personalizado, e houve instalação de novas luzes com direito ao efeito neon sob o assoalho.
Com o sucesso do primeiro veículo, Michel Elias iniciou a reforma de um Mitsubishi Eclipse, que promete elevar a fidelidade automotiva de suas paródias. Com foco puramente visual, destaca Elias, que evita associação com corridas de rua. "Inclusive teremos um evento de tuning em Interlagos", adianta.
Em paralelo, o artista toca sua Fábrica de Sósias, onde dá chances a artistas insuspeitos, que podem atuar a partir de seus famosos semelhantes. Foi daí, inclusive, que nasceu um crossover com o mundo da Fórmula 1, através de Ayrton "Sienna" (interpretado por Jhonatan Cabral) e o sedã homônimo da Fiat.
"Um dia, recebi uma mensagem de madrugada no Instagram de um técnico de som, que se parecia com o Ayrton Senna. Ele nunca tinha feito nada e queria uma oportunidade. Vi a mensagem e pensei: agora é a hora dessa paródia", conclui acerca do parceiro inusitado de Brian e Toretto do seu universo.
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