Novo BMW X3 vem com ar-condicionado 'na porta' e força de sobra; veja teste

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"O lançamento mais importante da marca em 2025". É com essa pompa que a nova geração do BMW X3 chega ao Brasil. O SUV médio faz parte das cinco novidades que a marca alemã vai trazer ao país este ano. Apesar de visualmente ainda lembrar o modelo predecessor, o utilitário chega totalmente renovado, com nova plataforma, motorização híbrida leve e muita tecnologia.
O X3 estreia por aqui em versão única e importada: a esportiva M50 xDrive. Além da nova nomenclatura, substitui a M40i — produzida em Araquari (SC) — e tem preço exato de R$ 624.950, um aumento de R$ 20 mil em relação ao praticado antes. Até o final do ano outras configurações desembarcam por aqui para completar a gama.
Esteticamente, o novo X3 parece uma evolução da geração anterior. A dianteira traz as maiores mudanças com os faróis full-LED adaptativos pontiagudos e com luzes diurnas em formato de "L".
A grade, agora com contorno iluminado, está maior do que nunca para esconder câmeras e sensores dos sistemas de segurança. Já os para-choques adotam um estilo mais clean e, ao mesmo tempo, robusto com partes escurecidas.
Um recurso de estilo que a BMW adota é o caimento do teto maior em direção à traseira, que culmina em um spoiler integrado. Se o X3 fosse ainda mais baixo, daria para confundir com uma station wagon.

As lanternas em formato de seta, por sua vez, avançam ainda mais em direção ao porta-malas. Este com 570 litros. A traseira é bem esportiva devido ao difusor e as quatro saídas de escapamento desta configuração com pitadas da divisão M, que traz ainda rodas de 21 polegadas com cinco raios.
Em termos de dimensões, o SUV está 3,4 cm maior, 2,5 mais baixo, 2,9 cm mais largo e com a mesma distância entre-eixos. Agora são 4,76 metros de comprimento, 1,92 m de largura, 1,66 de altura e 2,87 m de entre-eixos. Com o túnel central alto, dá para levar cinco pessoas, porém quatro é o ideal para se viajar com conforto.
Para mover o SUV de quase 2.000 kg, a BMW escolheu a tecnologia híbrida leve, que traz o seis cilindros 3.0 turbo a gasolina trabalhando com um sistema 48V, que atua como gerador de partida. Tem 18 cv e 20,4 kgfm, e ajuda o bloco a combustão a executar algumas tarefas. Ao todo, são 398 cv e 59,1 kgfm de torque, 12 cv e 4 kgfm extras em comparação com o X3 M40i de outrora.
X3 vezes dois
Durante o test-drive de pouco mais de 60 km (com uma mescla entre cidade e estrada) três aspectos me chamaram a atenção inicialmente. O primeiro, claro, foi toda a pujança do SUV médio e seus 400 cv. Não há falta de força em nenhum momento e o seis cilindros 3.0 turbo não sente as duas toneladas de aço. Imagine o X3 M?
As retomadas são igualmente robustas. A transmissão automática de oito marchas executa um trabalho exemplar com trocas suaves e nas horas exatas para aproveitar todo quase 60 kgfm de torque. Tanto que o zero a 100 km/h fica abaixo dos 5 segundos. Nada mal para uma versão que não é M de verdade.

Um dos problemas do X3 M50 é parecer ser mais esportivo do que já é. Tudo bem que o motor apenas rosna, mas não precisava usar os alto-falantes (recurso cada vez mais comum nos carros modernos) para fingir que 3.0 turbo ronca alto. É um som artificial emulado pelo sistema de som e que, ainda bem, pode ser desligado no multimídia.
O segundo, apesar do trajeto sem muitas curvas, foi a linha tênue entre esportividade e usabilidade no trânsito do dia a dia. Com as rodas de 21 polegadas você consegue distinguir se passou em cima de um biscoito polvilho ou de maisena. Mas isso não se reflete em chacoalhões ou pancadas secas graças à suspensão adaptativa que faz um exuberante trabalho de filtrar as imperfeições, bem como segurar a carroceria nos contornos.
A terceira eu admito que nunca tinha visto. Dentro do X3, na lateral da porta, bem ao lado do puxador, há um comando tátil auxiliar para ajustar a intensidade da ventilação do sistema de refrigeração, tanto para o motorista quanto para o passageiro.

Basta deslizar o dedo para colocar a função no modo um, dois, três quatro ou até mesmo desligar sem precisar recorrer à tela da central multimídia. Quem dirige ainda tem mais duas funções na mesma peça: travar e destravar o carro e memorizar a posição do banco.
Mas existe outro detalhe. Este comando fica localizado em uma parte plástica (que, por sinal, não tem um acabamento que faça jus à etiqueta de preço do veículo premium) que traz o nome alfanumérico do SUV impresso. Ou seja, a nomenclatura, pintada de branco de forma contrastante com peça preta, 'grita' a todo momento para os passageiros dianteiros que eles estão realmente dentro do SUV médio da BMW. Um pouco desnecessário?
Além disso, toda esta parafernália fica 'dentro' de um nicho que, por sua vez, tem uma moldura luminosa, bem como no console central. As cores mudam de acordo com o modo de condução ou podem ser personalizadas com o gosto do cliente por meio da central multimídia.
No fim das contas, o novo BMW X3 é um produto excepcional que mescla espaço para a família, esportividade na medida certa e muita tecnologia. O SUV não tem grande volume de venda (como nenhum concorrente), mas é um carro que compõe bem o portfólio e se mostra uma boa opção para quem quer mais espaço que o X1, porém sem o porte de um X5.
A nova geração também deve manter a concorrência de Mercedes-Benz GLE e Audi Q5 sob controle. Afinal, o principal lançamento da marca em 2025 tem que honrar a pompa.
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