Super Jeep Uno: dono transforma o valente clássico em carro de luxo

À medida que um carro se torna clássico, é comum que o dono procure manter, ao máximo, sua originalidade. O mineiro Guilherme Henrique, porém, seguiu o caminho oposto: "se a Fiat não faz, eu faço", disse ao explicar ideia de dar um interior de Jeep Compass topo de linha ao seu Fiat Uno 2004/2005.

Mesmo com idade para não pagar IPVA em alguns estados, o Fiat Uno de Guilherme traz itens de luxo para os tempos atuais. Há central multimídia flutuante, quadro de instrumentos digital com touchscreen e freio de estacionamento elétrico, entre outras comodidades.

Alterações também ocorreram por fora, mas de maneira discreta
Alterações também ocorreram por fora, mas de maneira discreta Imagem: Guilherme Henrique/Reprodução

Há quatro anos, o Uno tinha apenas um rádio simples. O painel era composto pelas saídas de ar e seus controles manuais, enquanto o velocímetro era inteiramente analógico. Mas a mudança começou quando o proprietário decidiu instalar uma central multimídia improvisada.

"Comprei um tablet da Multilaser e dois adesivos magnéticos, que colei no painel com fita dupla face. Daí só sincronizei [com o rádio embutido no carro]", afirmou na época.

A ideia agradou tanto que, no ano seguinte, inseriu forros de porta personalizados no hatch, além de uma nova central multimídia não-removível. Para controlá-la, Guido ainda instalou um volante multifuncional da Jeep, usado nos Renegade, Compass e Commander atuais.

Mas foi no ano passado que o projeto decolou: investindo cerca de R$ 2.000, o entusiasta adquiriu um outro tablet, com sistema Android e que foi adaptado para se tornar um quadro de instrumentos. Dados como velocidade, nível de combustível e até o esterçamento do volante são captados do scanner OBD do carro, cuja conexão foi feita artesanalmente.

Uno de Guilherme Henrique antes da customização
Uno de Guilherme Henrique antes da customização Imagem: Reprodução

Em nome da identidade de marca, o dono do Uno fez questão de remover o emblema da Jeep do miolo do volante, acrescentado o logotipo da Fiat em aplique aveludado. O console central também veio do Compass e o porta-copos do Volkswagen Golf foi a pedida certa para o espaço vago no painel.

Continua após a publicidade

A iluminação é na base de LEDs genéricos e o console de teto, com espaço para óculos e luzes de serviço, veio de uma Chevrolet S10. Os bancos originais foram substituídos pelos do Honda HR-V e até o freio de mão foi trocado por um elétrico de estacionamento.

A habilidade manual e a ajuda de outros entusiastas permitiu que o próprio Guido conseguisse fazer tudo sozinho, economizando um bom dinheiro: "gastei cerca de R$ 7.000 ao todo", disse.

O 'pai' orgulhoso deixa claro que não pretende cessar as customizações. Além disso, fica satisfeito ao oferecer tanto ajuda para quem toca seus "projetinhos" como também alguns módulos pré-fabricados para os que buscam economizar tempo ao invés de dinheiro.

Siga o UOL Carros no

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.