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Carro barato e peças nacionais: o que metalúrgicos pediram a Lula em carta

FREDERICO BRASIL/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO
Imagem: FREDERICO BRASIL/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO

Colaboração para o UOL

08/05/2023 16h29

O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC entregou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) um estudo sobre o setor automotivo elaborado pela entidade e pela subseção do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

No documento, estão propostas para resgate do setor, como redução dos juros e do valor dos veículos, nacionalização de peças e proteção ao emprego. Também pede prioridade ao transporte público e incentivos à renovação da frota.

Conheça as propostas

Revisão do Rota 2030 com metas para retomada da indústria desde curto prazo até 2040.

Priorizar o transporte público em regiões metropolitanas associado à descarbonização da frota de ônibus e trens

Criação do "Sistema Único de Mobilidade" integrando governo federal e estaduais aos sistemas municipais "considerando os princípios de equidade, universalidade, acessibilidade, integralidade e sustentabilidade"

Revisar subsídios aos setores envolvidos com mobilidade e logística, com a redefinição de contrapartidas e metas.

Ampliar a fabricação interna de autopeças para depender menos do mercado externo, como aconteceu com a crise dos semicondutores.

Criações de novas linhas de crédito para estimular a renovação da frota de carros, ônibus e caminhões.

Preservação de empregos na indústria e proteção emergencial aos trabalhadores afetados pela queda de produção no prazo de 180 dias mediante acesso a instrumentos de proteção como o PSE (Programa de Proteção ao Emprego).

Estímulo ao lançamento imediato de modelos "populares", com preços reduzidos e linhas de crédito de 60 a 72 meses.

Novos critérios para incentivo da indústria nacional como grau elevado de nacionalização

Renovação da frota de táxis usando financiamento dos bancos públicos.

Essas propostas, na nossa avaliação, melhoram substancialmente o setor, preservando e gerando empregos. Agora, é necessário que os juros baixem para que haja acesso a financiamentos mais baratos" Moisés Selerges, presidente do sindicato