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Polo mais simples: o que VW perdeu para brigar com preços de HB20 e Onix

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Colaboração para o UOL

29/09/2022 04h00

Quando foi lançado em 2017, a atual geração do Volkswagen Polo chamava atenção por sua mecânica e lista de equipamentos. Na época, ficava acima dos hatches mais vendidos como Chevrolet Onix e Hyundai HB20 e tinha como grande diferencial seu motor 1.0 turbo de 128 cv, o famoso 200 TSI.

Cinco anos se passaram e chegou a hora de uma reestilização profunda. Nesse meio tempo, Onix e HB20 evoluíram: ganharam motor turbo e até equipamentos de condução semiautônomas, mas permaneceram com preços mais atrativos em relação ao Polo. A estratégia da Volkswagen, então, foi rebaixar seu hatch - dando alguns passos para trás - para encaixá-lo na mesma fatia de preço dos rivais em um momento em que o seu modelo de volume, o Gol, se prepara para dizer adeus.

Antes da atualização, na linha 2022, os preços do Polo variavam de R$ 78.855 a R$ 116.990. Agora, com as mudanças, a linha 2023 parte de R$ 82.990 e vai até R$ 109.990. A versão de entrada, 1.0 MPI com motor 1.0 aspirado de 84 cv e câmbio manual, foi a única que teve um aumento. Apesar de ter ganhado equipamentos, como luzes de rodagem diurna e faróis em LED, perdeu vidros elétricos traseiros. A mecânica, no entanto, permanece a mesma.

As opções Comfortline e Highline, respectivamente intermediária e topo de linha, foram as que perderam mais equipamentos e, consequentemente, ficaram mais baratas. A primeira razão é a modificação no motor e câmbio.

Nova mecânica

Se antes a Volkswagen utilizava o aclamado motor 1.0 turbo 200 TSI, de 128 cv de potência e 20,4 kgfm de torque, passou a aplicar o 170 TSI, que já equipou o up!. Recalibrado, o propulsor agora entrega 116 cavalos e 16,8 kgfm de torque. Se o motor era um diferencial do hatch da Volks, não é mais, pois os números são idênticos aos do Onix Turbo.

Com a mudança do motor, com torque mais baixo, foi possível usar um câmbio automático inferior. Em vez do AQ250, que equipava o 200 TSI, agora é equipado com o AQ160, a transmissão do antigo Polo 1.6 automático, que tinha 16,5 kgfm de torque máximo. Com essas alterações, além da perda de alguns equipamentos, a versão Highline ficou R$ 7 mil mais barata.

Lista de equipamentos mais enxuta

O nome do modelo agora é posicionado no centro da tampa do porta-malas, como acontece com o Taos - Divulgação - Divulgação
O nome do modelo agora é posicionado no centro da tampa do porta-malas, como acontece com o Taos
Imagem: Divulgação

Outro item do antigo Polo 1.6 MSI que veio para os novos TSI foi o conjunto de freios traseiros a tambor. Mais uma perda, já que as versões com motorização turbo eram equipadas com freios a disco na traseira, um sistema mais eficiente.

Os bancos também mudaram: passaram a ser inteiriços, como acontecia no Volkswagen up!, uma alternativa para reduzir o custo de produção, apesar de a marca afirmar que tem inspiração no Polo GTS, que tem estrutura mais larga.

A lista de equipamentos perdidos continua: a versão topo de linha, Highline, teve o aro das rodas reduzido de 17 para 16 polegadas e não tem mais retrovisores com tilt-down, sensor de fadiga do motorista e saída de ar-condicionado no porta-luvas.

Em relação aos concorrentes, apesar de estar na mesma faixa de preço, o Polo fica devendo dois airbags (só é equipado com quatro, enquanto os outros têm seis), tecnologias de direção semiautônoma, como sensor de ponto cego e controle de cruzeiro adaptativo, e uma conexão via aplicativo - item que o Onix também perdeu.

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