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Sem fábrica, Ford projeta receita R$ 500 mi desenvolvendo carros na Bahia

Centro de desenvolvimento da Ford em Camaçari, na Bahia Imagem: Divulgação

Daniel Neves

Do UOL, em São Paulo

01/07/2022 15h30

Com fábricas fechadas no Brasil desde janeiro de 2021, a Ford tem investido no desenvolvimento de projetos globais de seus carros na Bahia. A montadora apresentou a ampliação de seu centro de pesquisas em Camaçari e espera uma receita de R$ 500 milhões neste ano exportando a tecnologia desenvolvida por aqui a suas unidades ao redor do mundo.

"Hoje, nosso Centro de Desenvolvimento opera como uma unidade de negócio autossustentável", disse Daniel Justo, presidente da Ford América do Sul. "Isso mostra que a engenharia brasileira é extremamente competitiva e que vale a pena investir em pesquisa, desenvolvimento e inovação em nosso país".

A marca do oval azul dobrou recentemente o número de funcionários no centro de desenvolvimento, um dos nove da Ford no mundo, chegando a 1.500 profissionais. Os projetos na Bahia incluem estudos sobre veículos elétricos, autônomos e conectados, além de melhorias na atual gama de produtos.

Alguns dos carros flagrados recentemente circulando pela Bahia têm sido utilizados para testes dos projetos desenvolvidos pelo centro da Ford em Camaçari, como modelo de luxo Lincoln Navigator, que não será comercializado por aqui.

Imagem: Jadson Souza

"Vimos nesse cenário a oportunidade de ampliar nossa atuação com a exportação de serviços de engenharia para os principais mercados da Ford no mundo, aproveitando a criatividade, versatilidade e a sólida experiência em custos dos nossos profissionais", comentou Justo.

Os estudos e produtos desenvolvidos pelo centro de pesquisas são voltados apenas para produções da própria marca. Não há intenção de vender tecnologias e soluções para outras montadoras. Também não estão previstos estudos voltados ao uso do etanol, mantendo o foco nos trabalhos sobre eletrificação.

O centro de desenvolvimento em Camaçari faz parte de um trabalho de pesquisas da companhia no Brasil, que conta com a participação de mais de 200 profissionais distribuídos em 17 estados. O trabalho já rendeu o registro de mais de 70 patentes globais.

"A base de tudo que fazemos e do que está por vir no futuro da mobilidade é a pesquisa, seja de novos produtos, materiais ou mesmo de utilizações. A pesquisa é necessária para qualquer empresa ou país que queiram se sobressair", afirmou André Oliveira, diretor de engenharia da Ford América do Sul.

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