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Como empresa visa ter trens de energia "infinita" com tecnologia da F1

Trem da australiana Fortescue - Divulgação
Trem da australiana Fortescue Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo (SP)

31/05/2022 14h00

Uma empresa de mineração australiana diz estar desenvolvendo uma maneira de seus trens se locomoverem com apenas uma carga de energia. Chamados de "Infinty Trains" (trens do infinito), eles utilizariam tecnologia da equipe Williams da Fórmula 1 - através de sua subsidiária Williams Advanced Engineering.

Chamada Fortescue, a empresa conta com uma frota de 54 locomotivas diesel-elétricas, que puxam 16 composições de até 244 vagões contendo cerca de 38 toneladas de minério e se estendendo por 2,7 km de extensão.

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O empreendimento visa agora substituir algumas de suas locomotivas por unidades elétricas a bateria. E para trazer um ciclo de energia positivo, permitindo apenas uma carga, será utilizada a tecnologia da frenagem regenerativa, trazida da Fórmula 1. Com baterias, os trens capturarão a força das freadas para que sigam se locomovendo.

Porém, essa novidade sozinha ainda não seria capaz de criar energia suficiente para essa atividade. Assim, os locais onde isso será utilizado são linhas férreas que iniciam em subida e terminam em descida, para que seu peso puxe o trem para baixo com uma força muito maior do que a que o trem tiver que superar na subida. Este tipo de topografia é encontrado em quatro linhas que a Fortescue opera.

Assim, a regeneração é maximizada e mais energia do que a viagem utiliza seria produzida e armazenada nas baterias. Até 2030, Fortescue espera que todas as quatro rotas estejam operando esses trens e diminuindo as emissões de carbono da empresa.

"O consumo de diesel e as emissões associadas serão eliminados assim que o Infinity Train for totalmente implementado nas operações da Fortescue, contribuindo significativamente para a meta da Fortescue de ser livre de diesel até 2030", disse a empresa.

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