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Acidentes de carro matam menos jovens que armas pela 1ª vez nos EUA

Arma e munição - Pixabay/Brett_Hondow
Arma e munição Imagem: Pixabay/Brett_Hondow

Do UOL, em São Paulo (SP)

26/05/2022 14h32

Armas de fogo mataram mais crianças e adolescentes nos Estados Unidos em 2020 e 2021 do que acidentes de carro, de acordo com um levantamento do Washington Post. A publicação verificou um aumento de 30% nas mortes para pessoas com 19 anos ou menos em 2020. Já em 2021, a taxa de assassinatos aumentou em 8%.

A fonte são os registros de óbitos dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças para pessoas de 1 a 19 anos. Foram consultados registros de 2011 até o mês de outubro do ano passado. As armas de fogo se tornaram a principal razão para causas de morte nessa idade, ficando à frente de mortes devido a veículos motorizados, atropelamentos a jovens como pedestres, ciclistas ou skatistas.

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Uma disparidade racial também foi aferida nos dados, com jovens negros e hispânicos sendo os únicos grupos para quem as armas são mais mortais que os carros. Para brancos hispânicos e não hispânicos, assim como para nativos americanos, os carros ainda matam mais jovens do que as armas.

Em 2020, houve um aumento de 39% na mortalidade de jovens negros por armas de fogo. Em 2021, esse número saltou em 13%. Para hispânicos, esses números subiram em 37% e 17% em 2020 e 2021, respectivamente.

Já para asiáticos, armas de fogo e acidentes de carro têm níveis de mortalidade semelhantes.

De acordo com a pesquisadora da Universidade de Massachusetts Jennifer M. Whitehill, o governo dos Estados Unidos gasta dinheiro para prevenir acidentes, mas pouco faz para elaborar políticas para minimizar violência com armas de fogo.

"Nosso governo se mostrou relutante ou incapaz de fazer o mesmo com mortes e ferimentos por armas de fogo", disse Whitehill.

"Embora os governos regulamentem motoristas e veículos, políticas sensatas que poderiam reduzir os tiroteios não estão sendo amplamente implementadas".

"Se o país tratasse as mortes por armas de fogo como evitáveis - como faz com acidentes de veículos, famílias poderiam não estar passando por esse desgosto e perda terrível de novo e de novo".

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