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5 deslizes que parecem inofensivos, mas elevam o consumo do seu carro

Circular com peso extra aumenta o consumo de combustível. A recomendação é só carregar o necessário Imagem: Circular com peso extra aumenta o consumo de combustível. A recomendação é só carregar o necessário

Paula Gama

Colaboração para o UOL

20/05/2022 04h00

Em um cenário em que a gasolina chega a R$ 10 em algumas cidades do país, a palavra desperdício pode tirar o sono do brasileiro e pesar bastante no bolso. Mas é exatamente essa a consequência de algumas atitudes que parecem inofensivas, mas acabam fazendo o carro gastar mais combustível.

Para entender por que esses hábitos prejudicam tanto o consumo, é necessário ter em mente que a aerodinâmica - ou o desenho - de um veículo é pensado sempre para melhorar o desempenho do modelo. As linhas são desenhadas para que o automóvel vença a resistência do ar e se locomova com menos força possível. É exatamente por isso que é uma falha grave promover algumas mudanças nas características originais.

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Confira uma lista de erros que devem ser evitados se o seu objetivo é economizar no posto de combustível.

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Alterar aerodinâmica

Colocar um rack ou um baú no teto do veículo, aumentar as rodas e até mesmo alterar a suspensão podem ser boas ideias para alguns, mas são verdadeiras inimigas da economia de combustível.

Erwin Franieck, diretor presidente da SAE4MOBILITY, explica que quem circula a maior parte do tempo acima dos 40 km/h sente uma diferença significativa no ponteiro de combustível após uma dessas mudanças. "Colocar qualquer anteparo acima do carro, uma grade externa ou até um pneu maior aumenta a área de arrasto, e quanto maior essa área, maior a força que o vento faz contra o deslocamento do carro e mais gasto de combustível."

Aumentar o tamanho dos pneus eleva ainda mais o consumo, pois, além de ampliar a área, cria um atrito maior com o solo.

Não calibrar os pneus

Calibrar os pneus corretamente é essencial para a dirigibilidade e consumo do carro Imagem: Foto: Shutterstock

Por falar em pneus, deixar de calibrar também antecipa a necessidade de passar no posto. Segundo Franieck um pneu com, pelo menos, três libras abaixo da recomendação do fabricante já gera um impacto significante no consumo. "Dependendo do quão vazios eles estejam, podem aumentar o gasto em até 10%, além de reduzir a vida útil do pneu, é claro."

A recomendação é fazer testes para fazer o intervalo exato de calibração em seu veículo. Alguns precisarão ser checados toda semana, outros, uma vez ao mês.

Deixar os vidros abertos

Com a crise da gasolina, ficou cada vez mais comum ver as pessoas - principalmente motoristas de aplicativo e táxis - rodando com os vidros abertos para não ligarem o ar-condicionado. Mas, mesmo na cidade, nem sempre a alternativa é uma boa. Segundo o especialista da SAE, acima de 60 km/h já não é vantajoso deixar as janelas abertas.

"Os vidros abertos funcionam como um freio para o carro. O motor precisa de muito mais força para mover o veículo, elevando o consumo. O ar-condicionado realmente puxa energia, mas não tanto quanto os vidros abertos a mais de 60 km/h".

Circular com peso extra

Tem gente que faz do carro uma verdadeira casa, deixa cadeiras de praia, cadeirinha dos filhos - mesmo quando não são necessárias - e outros objetos no porta-malas e banco de trás. Esse também é um costume que deve ser evitado quando o objetivo é economizar combustível, principalmente em relação aos objetos mais pesados.

"É interessante só carregar no carro o que for necessário, deixar de lado os objetos que não serão usados, porque qualquer 10 kg ou 20 kg a mais já influenciam no gasto de combustível do veículo", alerta Erwin.

Atenção ao caminho

Nem sempre o percurso mais curto é o mais econômico. Se tiver que escolher entre dois trajetos com quilometragens parecidas, sendo que um passa por rodovias e o outro por cidades, escolha a primeira opção, mesmo que signifique rodar um pouco mais.

Acelerar, frear, realizar curvas, passar por quebra-molas e desviar de buracos são tarefas do dia a dia, mas inimigas do seu bolso. Toda vez que o carro precisa retomar a força, gasta mais. Uma dica: procure no seu GPS ou aplicativo de geolocalização por trajetos mais econômicos, em vez de mais rápidos ou mais curtos.

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