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Fiat Pulse tem motor 1.3 menos potente que Strada; entenda o motivo

José Antonio Leme

Do UOL, em São Paulo (SP)

27/10/2021 04h00

O Fiat Pulse chamou muita atenção em seu lançamento na semana passada, devido aos preços agressivos com que chegou às lojas, além de pacotes e tecnologias que oferece no segmento de SUV compactos.

Mas uma coisa passou quase despercebida dentro de toda a gama do modelo apresentada: o motor 1.3 Firefly das versões Drive e Drive CVT perdeu potência em relação aos demais produtos da marca que usam o mesmo propulsor.

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Enquanto no Argo, Cronos e Strada o propulsor entrega 101 cv e 13,7 mkgf com gasolina e 109 cv e 14,2 mkgf com etanol, no Pulse os dados foram reduzidos.

Com gasolina, o propulsor 1.3 no SUV tem 98 cv e 13,2 mkgf e com etanol ele rende 107 cv e 13,7 mkgf. As perdas não são expressivas, mas saltam aos olhos.

Em nota, a Fiat respondeu que "O motor 1.3 Firefly que equipa o Fiat Pulse foi projetado para atender às novas regulamentações de emissões que passarão a vigorar em 1º de janeiro de 2022 (Proconve L7, Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores)."

Mas por que perde potência e torque?

UOL Carros conversou com especialistas para entender quais são as mudanças que afetaram o motor 1.3 Firefly, inicialmente apenas para o Pulse, mas que podem afetar outros propulsores a ponto de tirá-los de linha.

Diretora de Consumo e Emissões de Veículos Leves da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), Raquel Mizoe explicou alguns pontos principais da nova regulamentação do Proconve L7.

Além de novas metodologias de avaliação e limites mais restritivos, o Proconve L7 foca em especial em três áreas: redução de gases poluentes provenientes do escape, gases evaporativos e nas emissões de ruídos.

Além disso, a partir de 2022 os motores passam por um teste no qual devem manter o mesmo nível de emissões de ruídos não mais por 80 mil km rodados, mas sim 160 mil km, o que exige mais do conjunto como um todo.

O que mais afeta potência e torque, entre essas três áreas, é evitar a emissão de gases poluentes. O método mais fácil de fazer o carro atender novos níveis é a restrição por meio de um novo catalisador, mais restrito.

Vale lembrar que peso e aerodinâmica do carro podem influenciar na questão. Portanto, não necessariamente Argo, Cronos e Strada, por exemplo, precisarão perder potência.

"Um SUV tem mais peso, gera um arrasto maior, exige mais do motor para sair da imobilidade e tem uma aerodinâmica menos privilegiada", diz uma segunda fonte consultada por UOL Carros.

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