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Renault Captur 2022 chega com motor 1.3 turboflex da Mercedes; veja o preço

José Antonio Leme

Do UOL, em São Paulo (SP)

07/07/2021 11h50

A Renault demorou, mas fez uma mudança e tanto no Captur 2022 e não foi no visual. O irmão de plataforma do Duster, mas com pegada mais urbana, estreia o inédito motor 1.3 turboflex desenvolvimento pela Renault com a Mercedes-Benz no Brasil.

Ele chega em três versões, Zen, Intense e Iconic, todas com o motor 1.3 TCe e parte de R$ 124.990. Para o cliente PF e venda no varejo o 1.6 flex está aposentado e será oferecido apenas para vendas diretas - o 2.0 flex já havia sido descontinuado, tanto nele quanto no Duster.

O novo motor quatro cilindros de 1,3 litro, turbo e flex, rende até 170 cv entre 5.500 rpm e 6.000 rpm e 27,5 mkgf a 1.600 rpm e 3.750 rpm quando alimentado por etanol. Usando apenas gasolina, os dados ficam em 162 cv e 27,5 mkgf.

Esse motor é utilizado na Mercedes-Benz nos modelos da família A, como os Classe A, o SUV GLA e o CLA. Pelos lados dos alemães, movido apenas a gasolina, o propulsor rende 163 cv e 25,5 mkgf.

O 1.3 turboflex tem consumo declarado, segundo o programa de etiquetagem veicular (conpet) do Inmetro, de 12 km/l e 11 km/l com gasolina na estrada e na cidade e de 8,3 km/l e 7,5 km/l se alimentado com etanol.

Outra novidade em termos técnicos é o câmbio automático CVT, que agora simula oito velocidades - o antigo, associado ao motor 1.6, simulava apenas seis marchas. Ele continua oferecendo opção de trocas de marcha pela alavanca, mas não borboletas.

Versões e preços:

  • Zen: R$ 124.990
  • Intense: R$ 129.490
  • Iconic: R$ 138.490

De série desde a versão Zen, o Renault Captur 2022 traz central multimídia de 8" com integração a Android Auto e Apple CarPlay por fio, quatro airbags, câmera de sensores de estacionamento traseiros, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, sensor de pressão nos pneus, start-stop, chave presencial com partida por botão e controle de velocidade (piloto automático) com limitador.

A intermediária Intense adiciona ar-condicionado automático, luzes de neblina de LEDs com função cornering, que acende o lado para o qual o volante está virado fazendo curva, sensores de luminosidade e chuva, duas saídas USB no banco traseiro e temporizador nos faróis após a saída do carro.

Para opção de topo, Iconic, além dos itens que estão presentes nas outras duas opções há faróis Full-LEDs, sistema de som premium da grife Bose com seis alto-falantes e subwoofer no porta-malas, sensor de ponto cego com alerta visual nos espelhos retrovisores, sistema de câmera 360º e partida remota do motor por meio da chave.

Mudanças visuais

A reestilização não foi tão profunda no Captur 2022 e tratou de fazer as alterações necessárias. Na dianteira, a grade superior e o "diamante" que é o símbolo da Renault foram reposicionados para colocar o SUV dentro do novo design global da companhia.

O para-choque também é novo, tal qual a parte inferior da grade, além da parte que simula um peito de aço, o "skid plate". Os faróis de neblina mudaram e também os LEDs de condução diurna, que mantiveram o formato de "C", mas estão com uma inclinação voltada à área central do para-choque, além de ter mais moldura de "borrachão" ao redor da peça.

Primeiras impressões

Por dentro, ao menos na versão de topo, o acabamento está melhor e ganhou um aspecto mais requintado devido a parte do painel que vem na cor marrom. A cor também foi adotada em partes do acabamento das portas e também do console central.

O Captur 2022 traz como novidade em termos de ergonomia o ajuste de altura e distância da coluna de direção; anteriormente havia apenas ajuste de altura. Com isso, apesar da posição elevada de guiar, ficou mais fácil encontrar a melhor posição.

A central multimídia continua na mesma posição baixa dentro do painel, o que incomoda porque é preciso tirar os olhos da pista para olhar a tela. As respostas da tela aos toques são satisfatórias, mas o tátil poderia ter melhor resposta.

O motor 1.3 turboflex melhorou sensivelmente as respostas do carro, mas o câmbio CVT penaliza um rendimento ainda melhor de um motor com entrega de torque máximo já a partir de 1.600 rpm.

A dinâmica geral do carro está melhor, muito por conta do novo ajuste da direção elétrica, que deixa as respostas mais diretas e a direção mais firme, dando até a sensação de que o carro ficou mais estável.