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Mulher é parada em carro com mais de R$ 50 mil em multas não pagas

Carro tem mais de R$ 50 mil em multas e estava circulando  - Divulgação/Polícia Rodoviária Federal
Carro tem mais de R$ 50 mil em multas e estava circulando Imagem: Divulgação/Polícia Rodoviária Federal

Daniel César

Colaboração para o UOL, em Pereira Barreto (SP)

22/04/2021 08h23

Uma mulher, de 43 anos, foi parada ontem pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) enquanto dirigia um carro com R$ 50,3 mil em multas de trânsito atrasadas.

O caso aconteceu próximo a José Bonifácio, no interior de São Paulo, e o veículo, um Vectra 2009, ficou apreendido na sede da PRF em São José do Rio Preto.

Em entrevista ao UOL, o inspetor Flávio Catarucci, porta-voz da PRF, deixou claro que o carro não estava no nome da condutora, que teve seu nome mantido em sigilo.

A PRF identificou que o automóvel pertence a uma transportadora com sede em São Paulo. Como a empresa enfrentou sérios problemas judiciais, ela teve bens penhorados pela Justiça do Trabalho em 2011, incluindo o próprio automóvel, que estava proibido de circular.

"O veículo é de 2009 e só foi feito o licenciamento em 2010/2011, depois disso nunca mais foi feito nenhum ano", detalhou Catarucci.

Ainda segundo ele, ao longo da última década, o veículo recebeu 178 autuações. Nenhuma foi paga.

Questionado pelo fato de o veículo nunca ter sido apreendido, o inspetor disse acreditar no uso de métodos para escapar de fiscalizações.

"Certamente eles burlavam a fiscalização e tentavam não ser parados, por isso conseguiram ficar tanto tempo sem ser pegos", comenta.

De acordo com a PRF, a equipe fazia uma abordagem de rotina, na BR-153, quando durante a checagem dos documentos do automóvel as irregularidades foram descobertas.

O veículo foi levado para a base da PRF em São José do Rio Preto por meio de um guincho e a motorista foi liberada, mas com a condição de se apresentar à Justiça para depoimento formal.

"A mulher irá prestar depoimento nos próximos dias para explicar a ligação que ela tem com o automóvel", explicou o inspetor.

De acordo com ele, ainda não existem justificativas sobre como um carro nesse estado foi parar nas mãos da mulher ou se ela tem algum vínculo direto com a transportadora.

"Tudo será esclarecido em depoimento", finalizou.