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Novo Honda HR-V 2022: veja prós e contras diante do T-Cross e demais rivais

Do UOL

em São Paulo (SP)

19/02/2021 04h00

Resumo da notícia

  • Segunda geração do HR-V só terá motorização híbrida na Europa e Japão
  • SUV está mais tecnológico e terá até WiFi integrado na central multimídia
  • Itens de segurança ativa e passiva como frenagem autônoma são novidades

A Honda apresentou ontem (18), a segunda geração do HR-V. O modelo que chega já como linha 2022 ao Japão e a Europa ainda em 2021, adotou um estilo com linhas menos agressivas e esportivas que da primeira geração, lançada em 2015. Por outro lado, o SUV compacto está mais tecnológico e traz uma inédita motorização híbrida até então.

Com isso em vista, vamos dissecar com as informações já divulgadas pela Honda, qual será o futuro do HR-V no Brasil encarando uma lista extensa de rivais que estão prestes a mudar ou acabaram de chegar e estão no topo ainda.

Design

O que mais chama a atenção na nova geração é que ela ficou moderna com um toque de "iPhone". O modelo apostou em linhas menos agressivas e mais delicadas para mostrar o senso de inovação que a Honda está aplicando ao SUV compacto. Alguns podem dizer que está mais careta, mas o visual sustenta as linhas da linguagem visual que já vem sendo adotada no Fit, Accord e chegará também ao Civic - ainda que o conceito "com linhas de produção" que foi mostrado já tenha antecipado isso.

A dianteira, com uma grade bem fechada e faróis mais pronunciado, mas com uma linha mais suave, tomam conta da aparência. Faz jus ao trem de força híbrido essa dianteira com jeito de carro de startup. A traseira tem lanternas com aspecto mais convencional, a mesma coisa que ocorreu com o Civic.

Do irmão maior, o CR-V, o HR-V traz a barra luminosa que liga as duas lanternas e que é cortado pelo símbolo da marca. Olhando de lado é que surge a parte mais chamativa do novo HR-V. Ele ganhou uma linha de cintura que dá a sensação de ser mais alto e o teto agora aposta no conceito de "SUV-cupê" com a caída pronunciada na traseira.

Um detalhe de design bem-vindo da primeira geração e que foi mantido são as maçanetas traseiras integradas à coluna C, deixando o visual mais limpo. Na versão apresentada, a híbrida e:HEV, o toque de design para indicar que se trata de um carro "amigo do meio ambiente" é o fundo na cor azul nos logotipos dianteiro e traseiro.

Em termos de visual ele vai ter que encarar o Nivus, que tem uma personalidade única, o novo Hyundai Creta, que apesar de ter sido mostrado com uma aparência que divide opiniões, pode ter mudanças para o Brasil e o Kicks, que prestes a chegar ao País ganhou uma melhoria de respeito em termos de aparência.

Equipamentos

O HR-V ganhou muito no quesito equipamento, uma vez que ele jogava "feijão com arroz" até agora, deixando a desejar inclusive em termos do que oferecia e o que custava. Dessa vez a Honda apresentou suas armas. O modelo terá ao menos em algumas versões painel de instrumentos virtual, item que o Accord já havia adotado.

Outras novidades estão dentro pacote Honda Sensing que não foi adotado na primeira geração. alerta de colisão frontal com frenagem autônoma de emergência, assistente de saída de faixa de rodagem, controle de cruzeiro adaptativo, leitor de placas de trânsito, alerta de ponto cego, câmera 360º e assistente de descida em rampa.

A parte de conectividade ganhou um carinho especial nessa nova geração de veículos da marca japonesa. A central multimídia flutuante no painel é a mesma do novo Fit. Isso significa que o HR-V vai adotar o pacote Honda Connect. Entre as novidades estão uma interface moderna e fácil de utilizar, diferentemente do que era encontrado até aqui.

A tela é sensível ao toque, mas há comandos por voz também, entre eles GPS, navegação, pontos de estacionamento e até previsão do tempo. Tanto Android Auto quanto Apple Carplay podem ser pareados por conexão sem fio. A central oferece ainda ponto de roteamento WiFi para os ocupantes.

A Honda também criou um assistente pessoal que é ativado ao dizer "Ok Honda" e que aprende graças a uma inteligência artificial. Essas tecnologias colocarão o HR-V como um dos mais modernos entre os SUVs compactos. A central multimídia vai se comparar a VW Play e MyLink da GM enquanto os equipamentos de segurança ativa e passiva o colocam na briga com Tracker e os VW T-Cross e Nivus.

Preços

Como os preços não foram divulgados nem para o Japão ou para a Europa, é pura especulação falar sobre quanto deve custar o modelo, já nacionalizado, para ser produzido em Itirapina (SP), única maneira de ser competitivo no segmento. Os preços atuais, com o dólar variando, estão entre R$ 105.100 e R$ 148.800, sendo que apenas a mais cara hoje tem o eficiente motor 1.5 turbo.

Os preços devem sofrer um aumento considerável, ainda mais se considerar que em 2015 quando foi lançado ele partia de R$ 75.400 na versão que hoje custa R$ 30 mil a mais, a LX CVT, já que a manual deixou de ser oferecida e não deve voltar ao mercado.

A Honda deve tentar não elevar muito os valores e fica difícil comparar com os mercados externos da geração atual, afinal, por lá, o HR-V só está à venda com o motor 1.5, o que já gera uma discrepância.

Motorização

Por enquanto a Honda só divulgou uma motorização do novo HR-V, a híbrida. Ela combina o 1.5 a gasolina com um elétrico. Se os dados do Fit e:HEV forem mantidos, falamos de 96 cv e 13,4 mkgf no motor a combustão mais 106 e 25,8 mkgf do elétrico. O câmbio é o automático CVT para conjuntos híbridos.

Para o Brasil, a expectativa é que o 1.5 turbo finalmente seja adotado em todas as versões, com tecnologia flexível, aposentando de vez o 1.8 que havia sido herdado do Civic. No caso, a versão de topo ficaria com o conjunto híbrido para ser a vitrine da empresa.

A confirmar o fim do 1.8 também aqui no Brasil, o HR-V ficaria em pé de igualdade com os principais rivais, como o T-Cross e Nivus, com os 1.4 (aqui só T-Cross) e 1.0 turbo, Tracker (1.0 e 1.2 turbo), Tiggo 5 (1.5 turbo) e o Renegade, que vai trocar o atual 1.8 por um 1.0 turbo e pode contar ainda com um 1.3 turbo calibrado para menor potência. Com a mudança de visual, o Creta também deve apostar no 1.0 turbo no lugar do 1.6 aspirado.