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Como é acelerar os três novos esportivos que a Audi trouxe para o Brasil

Rafaela Borges

Colaboração para o UOL

14/12/2020 04h00

Depois de lançar as novas gerações do RS6 Avant e do RS7 Sportback, além do inédito RS Q8, a Audi agora apresenta mais três modelos renovados de sua linha de esportivos: RS4 Avant, RS5 Sportback e TT RS.

Os preços são de R$ 442.990 para o TT RS, R$ 585.990 para a RS4 Avant e R$ 605.990 para o RS5 Sportback. Há alguns itens e pacotes com valores que podem chegar a R$ 60 mil.

Nenhum dos modelos vieram com mudanças no conjunto motor-câmbio. As principais alterações estão no visual e na lista de itens de série e opcionais. UOL Carros testou os três esportivos no circuito Panamericano, pista que a Pirelli inaugurou recentemente no interior de São Paulo.

RS4 Avant e RS5 Sportback

Os dois modelos que compartilham plataforma trazem mudança no visual menos de dois anos após a chegada de suas novas gerações ao Brasil. Ambos vieram no início de 2019. O RS5, no entanto, mudou mais.

Até então, o carro era trazido na versão cupê, de duas portas. Agora, essa configuração foi substituída pela Sportback, que tem quatro portas. A grade frontal passa a vir com formato octagonal, como os demais Audi renovados recentemente.

Os faróis full-LEDs Matrix, de longo alcance e antiofuscamento, agora são itens de série. Os para-choques dos dois carros também passaram por alterações. Por dentro, RS4 Avant e RS5 Sportback receberam carregador de smartphones por indução (sem fio).

A tela da central multimídia mudou. Agora, tem 10,1", ante as 8,3" do modelo anterior. Além disso, passou a ser sensível ao toque. Porém, não há a segunda tela central, como em modelos como RS6 Avant e RS7 Sportback.

Além disso, o ar-condicionado mantém as três zonas, em vez das quatro oferecidas nos carros maiores. Para quem vai atrás, dá para controlar a temperatura do sistema, mas em uma zona apenas.

O volante passa a trazer os botões RS, para acesso direto aos dois modos mais esportivos de condução. A diferença entre os níveis 1 e 2 é que, no segundo, dá para personalizar a assistência à estabilidade, deixando-a mais ou menos atuante.

Além disso, o painel de instrumentos virtual traz dois modos exclusivos das versões RS, que exibem as informações como cronômetro e força G.

Espaço e equipamentos

RS5 Sportback e RS4 Avant têm o mesmo entre-eixos, de 2,82 metros. Ambos trazem bom espaço para pernas de duas pessoas atrás, mas o túnel central alto torna praticamente impossível a acomodação do passageiro do meio.

Quem ocupa o banco de trás da RS4 Avant tem mais espaço para a cabeça, pois a coluna C rebaixada do RS5 Sportback prejudica os passageiros mais altos. Comprimento e altura são os mesmos: 4,78 metros e 1,40 metro, respectivamente.

Os dois porta-malas oferecem 505 litros, de acordo com a Audi. Ambos não trazem protuberâncias, mas acomodar bagagens no compartimento da perua é mais fácil. O acabamento inclui alumínio, black piano, couro e alcântara.

Os bancos são revestidos desses dois últimos materiais e têm formato esportivo, com o apoio de cabeça integrado ao encosto e ótimo suporte lateral.

Entre os pacotes de opcionais, os freios de carbono-cerâmica custam R$ 60 mil e o kit com detalhes externos pretos (como no logotipo da Audi e nas rodas) sai por R$ 15 mil. Quem quiser uma das pinturas especiais paga R$ 37 mil. No RS5, as rodas na cor bronze têm preço de R$ 25 mil.

Desempenho

Audi RS5 Sportback - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

O motor turbo V6, de 2,9 litros, não mudou. Gera 450 cv e 60,7 mkgf de torque a apenas 1.900 rpm. O sistema de tração quattro tem divisão 40/60. Porém, a força pode ser distribuída às rodas dianteiras em até 70%, e às traseiras em até 85%, conforme demanda.

Um sistema bem interessante é o DRC, que ajuda a deixar a carroceria mais equilibrada em curvas. Ele não tem atuação eletrônica, e sim mecânica, por meio de fluidos que atuam nos amortecedores. Já a suspensão pode ser ajustada em altura, conforme o modo de condução escolhido.

Os modos, aliás, atuam nas repostas de diversos sistemas: motor, câmbio, suspensão, direção, ESP e som do motor. Durante a avaliação do RS5, foi solicitado deixar a configuração no confortável.

Com isso, a direção pareceu um pouco "boba" nas curvas, situação corrigida na hora do teste da RS4 Avant. Ele foi realizado no modo de condução RS, mas com total atual do controle eletrônico de estabilidade - também conforme solicitação do instrutor que nos acompanhou.

Nesse caso, a direção se mostrou extremamente precisa para transpor as curvas de média e baixa do circuito, e a atuação da suspensão, bastante dura, em conjunto com o DRC, gerou inclinação nula de carroceria - no caso dos dois modelos.

Os sistemas eletrônicos atuaram diversas vezes para corrigir erros, como saídas muito rápidas de curvas, mas de maneira bem discreta, fazendo as correções com precisão. Na hora de acelerar, de acordo com informações da Audi, o RS5 é um pouco mais rápido.

O modelo vai de 0 a 100 km/h em 3,9 segundos, enquanto a perua cumpre a mesma missão em 4,1 segundos. Ao final da reta principal do circuito, nos dois casos a velocidade atingida foi de cerca de 200 km/h. Ambos têm a máxima limitada eletronicamente a 280 km/h.

TT RS

As mudanças feitas no cupê são mais discretas. Há leves atualizações nos para-choques da frente e de trás. Há entradas de ar mais largas e um spoiler de alumínio fosco na dianteira. Os faróis full-LEDs Matrix são de série.

Por dentro, a central multimídia é integrada à tela do painel virtual, de 12,3", e os comandos são feitos por meio de um seletor central. O revestimento dos bancos é de couro e alcântara. Esportivos, são bem grudadinhos no assoalho, ressaltando a esportividade do modelo.

O motor 2.5 turbo de cinco cilindros gera 400 cv e 48,5 mkgf a apenas 1.700 rpm. O câmbio tem sete velocidades e é automatizado de duas embreagens, uma para as marchas pares e outra para as ímpares. A tração é nas quatro rodas.

Com apenas 1,34 metro de altura e 1.440 kg, o TT RS é o modelo que oferece mais esportividade entre os três testados. Grudadinho no chão, transpõe curvas com precisão e exige pouco dos sistemas eletrônicos para correção de erro. Com o cupê, é mais difícil errar.

Na reta, foi o que atingiu velocidade final mais alta, de 210 km/h. De acordo com a Audi, o TT RS acelera de 0 a 100 km/h em 3,7 segundos e atinge a máxima de 250 km/h (limitada eletronicamente).

O pacote exterior preto do TT RS custa R$ 15 mil. Ele também pode vir com tons exclusivos na pintura, por R$ 37 mil.