Testamos: Land Rover Defender é jipe 'raiz' com cara de super SUV de luxo

É difícil não se impressionar com o novo Land Rover Defender. Seja pelo porte parrudo ou pela desenvoltura com que ele encara trilhas, o jipão impressiona até quem não liga muito para veículos 4x4.

Enquanto não realizamos uma avaliação completa (o que deve acontecer em breve), UOL Carros teve um breve contato com uma unidade da versão SE, vendida por salgados R$ 426.750.

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O design encanta por trazer inúmeras referências ao antigo jipe sem deixar a modernidade de lado. O resultado são linhas futuristas e parrudas, que transformam o Defender em um ímã de olhares pelas ruas.

É Nutella?

Se o visual tem muitas referências ao Defender original, o mesmo não se pode dizer da tecnologia.

Todas as configurações saem de fábrica com uma infinidade de assistências eletrônicas, como suspensão a ar, câmera com visão em 360 graus, painel digital de 12,3 polegadas e medidor de profundidade de áreas alagadas.

Há ainda os sistemas Adaptive Dynamics (suspensão com amortecedores que reconhecem e adaptam o carro às condições do piso) e Terrain Response 2 (com modos para diferentes tipos de pisos e obstáculos, como lama e pedras).

Bom mesmo é testar essa parafernália na prática e foi o que fizemos. Mas até que pegamos leve - pelo menos para o Defender, que venceu o atoleiro sem qualquer dificuldade.

Aproveitamos para testar o Wade Sensing, que indicou a profundidade do pequeno fosso de água e lama. Em tempo: a capacidade de imersão é de até 90 cm.

Mesmo os obstáculos maiores são vencidos com relativa facilidade. Até porque ele tem uma distância em relação ao solo de 29,1 cm e ângulos de ataque, de rampa e de saída de 38º, 28º e 40º, respectivamente.

Luxo de SUV

Tudo isso foi feito com o conforto digno dos modelos mais sofisticados da Land Rover.

A base do Defender, aliás, é uma versão reforçada da plataforma que serve a Range Rover e Discovery. O uso de materiais como alumínio e aços de ultra alta resistência contribuem para a robustez.

Por dentro, o acabamento de primeira linha combina couro com materiais emborrachados que lembram neoprene.

Alguns apliques de plástico texturizado ajudam no toque de rusticidade à cabine. Até os pequenos vidros nas laterais do carro foram lembrados.

O motor 2.0 turbo de 300 cv movido a gasolina dá conta do recado com sobras, dentro ou fora do asfalto. O câmbio automático de oito marchas garante agilidade, embora a bordo do Defender a vontade é de andar sem pressa.

Mesmo assim, bom seria se o Defender tivesse uma versão a diesel.

O Defender pode não ser mais o mesmo de antes. E isso é bom para alguns e nem tanto para outros. Mas uma coisa é certa: é bom não duvidar do que esse carro é capaz de fazer.