Novos mini-SUVs vão além de 'hatches bombados' custando menos que Renegade

Parece que todas as grandes montadoras querem pegar carona no sucesso dos SUVs compactos. A procura por modelos desta categoria é tão grande que um subsegmento está prestes a surgir: o dos "mini SUVs".

A onda começou na Índia, onde carros com menos de 4 metros de comprimento pagam menos impostos. É por isso que projetos globais, como o do Ford Ka Sedan, são "encolhidos" antes de chegarem ao país. E é claro que os SUVs não ficariam de fora.

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Hyundai Venue já é sucesso

Algumas marcas já se aventuram na nova categoria. É o caso da Hyundai, que comercializa o Venue desde agosto de 2019. O modelo caiu no gosto do público indiano: nos primeiros dois meses, cerca de 50 mil reservas foram feitas por lá.

Projeto global, o carro tem motor 1.0 turbo de 120 cv (derivado do que equipa o nosso HB20, mas mais potente) e um design bem esportivo.

Há boas as chances de o Venue ser vendido no mercado brasileiro, onde ocuparia o posto abaixo do Creta.

"Renegadezinho"

A Jeep prepara o lançamento de um modelo abaixo do Renegade. Além de mais barato, ele será menor do que o "irmão" mais velho, que possui 4,20 metros de comprimento.

O projeto (imaginado aqui em projeção do designer Kleber Silva) já consta no planejamento revelado pela FCA até 2022, mas vem causando dor de cabeça para a empresa.

Isso porque a Jeep exige que todos seus modelos tenham pelo menos uma versão com tração 4x4, como forma de honrar o DNA da marca, tradicionalmente associada à valentia em percursos fora-de-estrada.

A demanda elevaria os custos de desenvolvimento do projeto e poderia aproximar perigosamente o "mini SUV" do Renegade em termos de preço. Para cortar custos, a FCA aproveitaria a base do Fiat Panda 4x4 no novo modelo da Jeep.

SUV do Kwid e mini Kicks

A fabricante norte-americana não é a única de olho no segmento de mini SUVs. A aliança Renault-Nissan prepara estreias de dois SUVs subcompactos de suas marcas principais.

A Renault terá um modelo baseado no Kwid - que, ironicamente, já é chamado de "SUV dos compactos" no mercado brasileiro. Até agora, a estreia está programada para acontecer no segundo semestre deste ano na Ásia.

O SUV será feito sobre a plataforma CMF-A+, já empregada no Kwid e na minivan indiana Triber. Será com o modelo familiar, inclusive, que o novo carro deve compartilhar a base, que possui 3,99 metros de comprimento.

O modelo deve ter um design parecido com o do Kwid, mas com linhas mais musculosas. A dianteira terá um estilo mais refinado, com faróis mais finos e uma nova grade. Se você quiser matar a curiosidade basta olhar o conceito K-ZE, revelado no Salão de Xangai de 2019.

Já o motor 1.0 turbo deverá vir do Nissan Micra, nome dado ao March na Índia. Duas opções de transmissão devem ser oferecidas: manual de cinco velocidades ou CVT simulando seis marchas.

Ainda não há confirmação de venda do SUV no mercado brasileiro. Mesmo assim, o projeto tem boas chances de ser vendido aqui, considerando que plataforma e vários componentes virão do Kwid.

Já a Nissan aproveitará a mesma plataforma para lançar um modelo abaixo do Kicks, revelado na forma de um esboço que mostra parte da silhueta do veículo. A imprensa indiana especula que Magnite pode ser o nome escolhido para o modelo.

Apesar do design diferente (inspirado nos modelos maiores da marca, incluindo o próprio Kicks), o carro terá várias características em comum com o projeto da Renault, como a motorização turbo.

Até você, Gol?

A Volkswagen demorou para entrar na briga dos SUVs, mas tirou o atraso com lançamentos em massa. Além do Tiguan Allspace, a marca oferece vários modelos nos mercados onde atua, como Touareg, Atlas, Atlas Sport, T-Roc, Tarek e T-Cross.

Especula-se que a marca também entrará no segmento de mini SUVs. O projeto deve estrear a plataforma MQB A0 IN, versão simplificada da MQB A0 empregada no Polo. A sigla "IN" viria de "Índia", lugar onde o carro conhecido provisoriamente de "CUV A0" fará sua estreia global.

A fabricante já divulgou um teaser que indica um modelo parecido com o Fox, com teto mais alto do que os hatches normais. E já que falamos nele, o projeto substituiria o próprio Fox e, vejam só, até o Gol no mercado brasileiro, o que faria sentido diante de um mercado que compra cada vez mais SUVs como o Brasil.

Na Índia o carro deve ter o motor 1.0 TSI associado ao câmbio manual de 6 marchas ou DSG de dupla embreagem com 7 velocidades. Caso venha para o mercado brasileiro, ele poderia utilizar o 1.6 MSI que já equipa Gol e Polo ou o 1.0 TSI nas versões mais caras.