Marcas pausam atividades e produção de carros no Brasil será interrompida
O coronavírus paralisará a produção de carros no Brasil. Diversas marcas já anunciaram pausa em suas atividades por conta da pandemia, e hoje a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) avisou que as demais montadoras também estão se preparando para parar com a fabricação de veículos durante o período de crise.
"Com foco na segurança e na saúde dos familiares e funcionários das montadoras associadas à Anfavea, informamos que, em função do agravamento da crise gerada pelo COVID-19, todas as nossas empresas estão analisando e se preparando para tomar ações de paralisação das suas fábricas no Brasil, e discutindo caso a caso com seus respectivos sindicatos", disse a entidade.
O comunicado veio depois de Ford, General Motors, Mercedes anunciarem nos últimos dias férias coletivas até abril. Volkswagen e, hoje, Toyota e FCA, foram as últimas a divulgarem a paralisação de duas atividades.
Já a CAOA Chery disse que "a partir do dia 19/03, quinta-feira, os profissionais das áreas administrativas da empresa passarão a operar em regime de trabalho remoto. Da mesma forma, a partir do dia 23/03, segunda-feira, as áreas produtivas iniciarão uma parada gradual de suas atividades e até o dia 27/03, sexta-feira, quando todas as atividades estarão suspensas".
Na quarta-feira, a empresa demitiu 70 funcionários da planta de Jacareí (SP), onde são produzidos os modelos Arrizo 5 e Tiggo 2. Mas, após um dia de greve dos demais funcionários, a empresa reverteu as demissões.
Todos os trabalhadores da produção ficarão em layoff a partir de 1º de abril. Os que haviam sido demitidos permanecerão afastados até 30 de junho. Para os outros, o layoff termina dia 30 de abril, com garantia de estabilidade até 30 de agosto
BMW, PSA, Nissan, Mitsubishi, Hyundai e Honda ainda não interromperam atividades. A expectativa, porém, é que todas fabricantes também anunciem paralisações nas próximas horas.
Concessionárias mudaram seus hábitos para equilibrar suas atividades com a contenção da epidemia. Em São Paulo, contudo, já começam a fechar portas após o decreto assinado pelo prefeito Bruno Covas, determinando a paralisação do comércio - exceção para supermercados, padarias, farmácias, postos de gasolina, lojas de conveniência, restaurantes e lanchonetes.
Os efeitos das interrupções são ainda impalpáveis. "Sabemos que a economia mundial e, claro, a brasileira e nosso setor, sofrerão impactos, mas ainda não temos como avaliar sua amplitude e sua extensão", avalia Alarico Assumpção Jr., presidente da Fenabrave, representante dos distribuidores de veículos.
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