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Carlos Ghosn afirma que "família não teve participação" em fuga do Japão

Divulgação
Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

02/01/2020 13h14

Carlos Ghosn, ex-CEO da Nissan, afirmou que sua esposa Carole e outros membros de sua família não tiveram participação em sua fuga do Japão.

A informação foi divulgada pelo próprio empresário a veículos internacionais no início da tarde de hoje.

"Houve especulações na mídia de que minha esposa Carole e outros membros da minha família tiveram um papel importante na minha partida do Japão. Toda essa especulação é imprecisa e falsa. Só eu arranjei minha partida. Minha família não teve nenhum papel", diz o executivo no comunicado.

Ghosn fugiu da prisão domiciliar no Japão sem o consentimento das autoridades locais e estaria no Líbano, o que é desmentido pelas autoridades libanesas.

O comunicado foi divulgado no mesmo dia em que a Interpol emitiu um mandado de prisão contra Ghosn para o governo do Líbano. Ainda hoje, a Turquia anunciou que prendeu sete pessoas suspeitas de ajudar o executivo na fuga, sendo quatro pilotos.

O paradeiro de Ghosn ainda é desconhecido. Ele tem tripla cidadania francesa, brasileira e libanesa e tinha dois passaportes franceses, incluindo um que sempre levava em uma mala trancada.

A suspeita é de que ele embarcou em um jato privado no aeroporto de Kansai. Um avião deste tipo decolou em 29 de dezembro às 23h00 (horário do Japão) com destino a Istambul, segundo a imprensa japonesa.

Ghosn é alvo de quatro acusações no Japão: duas por renda diferida não declarada pela Nissan às autoridades financeiras e duas outras por quebra de confiança com agravante. Preso em novembro de 2018, o brasileiro sempre negou as acusações, alegando ter fugido de um "sistema judicial japonês tendencioso".