Testamos: Audi RS4 é superesportivo de 450 cv disfarçado de perua familiar
Faz 25 anos que a Audi revolucionou o segmento de peruas com a linha RS. Ao lançar a RS2, um carro familiar de 315 cv preparado pela Porsche, a marca iniciou uma bela dinastia que perdura até hoje, mesmo em um mercado cada vez menos afeito às peruas.
A RS4 é a herdeira espiritual da saudosa RS2 e atualmente está na quarta geração. Estreou na Europa em 2018 e levou praticamente um ano para chegar ao Brasil. Pelo menos valeu a pena esperar: a combinação de design sedutor com motor potente faz a alegria de quem pode pagar uma pequena fortuna por essa perua.
São 450 cv extraídos do motor 2.9 V6 biturbo. Se a potência é a mesma do antigo 4.2 V8, o torque da nova geração é bem superior: são 61,2 kgfm, um aumento de 17,3 kgfm frente a seu antecessor.
Desempenho não falta: números divulgados pela empresa indicam aceleração de 0 a 100 km/h em 4,1 segundos e velocidade máxima de 280 km/h. O visual também é matador, com direito a para-lamas alargados, para-choques exclusivos e rodas de liga leve de 20 polegadas. Mas fique esperto: a perua já recebeu uma leve reestilização na Europa, que a deixou bem parecida com a perua RS6. As mudanças devem chegar ao mercado brasileiro em 2020.
Alegria da família
Só mesmo um autódromo como o Velo Città para explorar todo o potencial da perua, e foi isso que a Audi fez. Lá nosso primeiro contato foi com pista totalmente livre e seca, um dia antes do restante da imprensa especializada - que fez o test drive debaixo de uma tempestade.
De familiar essa perua só tem mesmo o generoso porta-malas de 505 litros, que vai até 1.510 litros com o banco de trás rebatido. O motor biturbo tem respostas extremamente rápidas e o câmbio de oito velocidades troca as marchas quase no limite do giro - e a uma velocidade impressionante, tão rápido quanto a antiga caixa de dupla embreagem.
O ronco abafado das duas saídas de escapamento são cortados apenas pelo breve estampido a cada troca de marcha, que só faz a adrenalina subir.
Assim como a maioria dos Audi RS, o modo de condução Dynamic muda radicalmente o comportamento do carro: a direção fica bem mais pesada, a calibragem da suspensão é enrijecida e as respostas do acelerador são mais ariscas. Sobra estabilidade nas curvas e até em pisos com pouca aderência graças ao bom trabalho da tração integral quattro.
Recheio generoso
Claro que nem só de desempenho brutal é feito um carro assim. É por isso que a Audi traz um pacote de tecnologias bastante avançado para justificar os R$ 547 mil pedidos pela perua.
De série, a RS4 oferece controles de estabilidade e de tração, ar-condicionado digital com três zonas de temperatura, head up display, painel digital, volante multifuncional com base achatada, sistema de som Bang & Olufsen com 19 alto-falantes e amplificador, central multimídia com DVD e reconhecimento de gestos e rodas de liga leve de 20 polegadas, entre outros itens.
A lista de opcionais inclui o pacote Audi Assistance Tour, que engloba sistema de condução semiautônoma Traffic Jam Assist (que acelera, freia e faz curvas suaves a até 65 km/h), piloto automático adaptativo, alerta de permanência em faixa e farol alto inteligente. Discos de freio de carbono-cerâmica também podem ser encomendados a parte.
Em um mundo onde os SUVs já fazem parte da paisagem urbana, é sempre bom ter uma perua para se destacar da multidão. Especialmente se for uma RS4.
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