Ferrari diz que "dói" adicionar sistemas híbridos em seus carros
Um engenheiro da Ferrari admitiu que projetar e fabricar veículos com sistemas híbridos atualmente é uma tarefa bastante desafiadora do ponto de vista tecnológico. Algo que é tão complicado que chega até mesmo a "doer".
Chefe de tecnologia da Ferrari, Michael Leiters fala que o tópico é um problema sério quando a fabricante discute a possibilidade de um novo modelo. O peso extra embarcado no carro é sempre cuidadosamente considerado para que sua dirigibilidade e performance não sejam comprometidas.
"Isso dói, porque todo o sistema híbrido adiciona 250 kg", disse Leiters ao site britânico Autocar.
"É claro que você não pode compensar 250 kg. Você pode fazer algumas coisas, adicionando peças e estruturas de fibra de carbono. Também não há marcha ré mecânica, você usa o motor elétrico para andar para trás. Temos muitas dessas coisinhas. Ter baixo peso é bom para algumas coisas, como aceleração, mas com 1000 cv, isso não é problema. Então é mais no lado da agilidade. Qual a capacidade de resposta do carro? Isso é peso e inércia."
O engenheiro citou como exemplo o SF90 Stradale, lançado pela fabricante em maio. O carro possui motor a combustão biturbo V8 de 4.0 litros e 779 cv de potência. Junto à unidade híbrida, o veículo possui incríveis 1000 cv.
"O mais importante é a distância entre eixos: é muito importante não estender a distância entre eixos para que você possa ter baixa inércia. Portanto, a distância entre eixos da SF90 é a mesma da F8. Depois disso, precisamos de um centro de gravidade baixo. Por isso, o motor está muito, muito baixo", acrescentou.
"Depois tem o eixo dianteiro: os dois motores elétricos e os cabos pesam cerca de 65 a 70 kg, mas o vetor de torque que eles dão a 200-210 km/h é o equivalente a cerca de 200 kg de peso, que você precisaria economizar para ter a mesma avaliação objetiva da sensação de guiar."
A SF90 Stradale vai de 0 a 100 km/h em 2,5 segundos e chega a até 340 km/h.
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