Recalls da Ford nos EUA podem custar R$ 692 milhões aos cofres da montadora
Em crise nos Estados Unidos e no mundo, a Ford sofreu mais um revés. A montadora será obrigada a fazer quatro recalls na América do Norte - três nos EUA e um no Canadá. As despesas na adequação de seus carros podem custar cerca de 180 milhões de dólares (aproximadamente R$ 692 milhões na cotação atual) aos cofres da empresa.
O primeiro recall será de cerca de 1,2 milhão de unidades da Explorer feitas entre 2011 e 2017 nos EUA, veículos que estão expostos a uma articulação da suspensão traseira completa de maneira frequente, podendo apresentar quebras neste ponto. O problema de suspensão traseira diminui significativamente o controle da direção, aumentando o risco de um acidente.
A segunda parte será de 123 mil unidades da F-150 feitas entre 2012 e 2013 e equipadas com motores a gasolina de 5 e 6,2 litros, que tiveram o software do módulo de controle do trem de força reprogramado como parte de um recall anterior. O software utilizado estava incompleto e não tinha as atualizações necessárias para evitar uma potencial mudança não intencional para a primeira marcha e uma outra atualização para garantir a iluminação do indicador de avaria no câmbio.
A Ford também terá de reparar 4.3 mil Econolines feitas entre 2009 e 2016 equipadas com a transmissão 5R110W, motor de 5,4 litros e um pacote de preparação para ônibus escolar ou ambulância. Os veículos afetados contêm uma solda dentro de um componente da embreagem abaixo do padrão que pode fatigar principalmente com torque alto.
O último alvo do recall são algumas unidades de Taurus, Flex, Lincoln MKS e Lincoln MKT em algumas províncias canadenses por um problema de solda na suspensão traseira. Ao todo são 12 mil veículos.
O momento é delicado para a Ford nos EUA, que neste ano anunciou que irá parar a produção de carros de passeio no país.
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