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Nissan Kicks e Renault Captur vão usar a mesma base até 2022; veja planos

Próxima geração de Nissan Kicks (foto) e Renault Captur devem compartilhar a mesma base, como fazem Volkswagen Golf e Audi A3 - Divulgação
Próxima geração de Nissan Kicks (foto) e Renault Captur devem compartilhar a mesma base, como fazem Volkswagen Golf e Audi A3
Imagem: Divulgação

Alessandro Reis

Colaboração para o UOL, de São Paulo (SP)

05/12/2018 07h00

Marcas planejam aumentar ainda mais aliança e ter 80% dos veículos com a mesma base até 2022; Arkana e Alaskan seguem na mira

Em evento comemorativo aos 20 anos da fabricação de automóveis no Brasil, celebrado nesta terça-feira (4) no Complexo Industrial Ayrton Senna, em São José dos Pinhais (PR), a Renault anunciou meta de alcançar 10% de participação de mercado até 2022 no país.

Hoje a quinta marca em volume de vendas no mercado local, a montadora detém, no acumulado do ano, 8,7% -- ante 7,7% registrados em 2017.

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E o chefe?

Questionado sobre o "caso Ghosn", Luiz Pedrucci, presidente da Renault para a América Latina, comentou a recente prisão do ex-CEO da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, que foi preso no Japão por suspeita de fraude fiscal.

Segundo a marca, a aliança não está ameaçada, mesmo que o franco-brasileiro preso ainda seja oficialmente CEO global da Renault, embora tenha sido substituído interinamente por Thierry Bollore.

Mantida a aliança, Pedrucci afirma que a sinergia entre Renault e Nissan, especialmente no compartilhamento de componentes e fornecedores, teve seu melhor momento no país em 2018 e que por isso será ampliada.

"Vamos acelerar as sinergias com a unificação de plataformas para modelos das duas marcas ao longo dos próximos anos. Até 2022, 80% dos veículos de Renault e Nissan terão a mesma base, mas serão diferentes, além da mera troca de logotipo. Isso vai acontecer com a próxima geração de Nissan Kicks e Reault Captur, por exemplo", revelou o presidente.

Como crescer?

Para manter o crescimento, a marca promete renovar nos próximos anos sua linha de produtos, ingressando em segmentos nos quais hoje não atua.

"Este ano, vamos crescer entre 28% e 30%, o dobro do mercado. Para atingir os 10% precisamos seguir crescendo todos os anos acima da média e, para isso, precisamos produzir e vender mais carros. Olhando para nossa gama atual, claramente percebemos demanda por um SUV posicionado acima do Captur", afirma Pedrucci.

De acordo com o executivo, esse novo utilitário esportivo não chega antes de dois anos e o martelo ainda não foi batido sobre qual será. "Ainda não decidimos. Estamos entre duas opções: o Arkana (SUV médio com perfil de cupê desenvolvido para mercados emergentes) ou um utilitário completamente novo", informa Pedrucci.

Quanto à picape média Alaskan, que representa a estreia da Renault no segmento, Pedrucci afirma não ter data para sua chegada, apesar de ela "estar pronta" para ganhar as ruas e ter sido exibida no Salão de São Paulo.

"A picape está pronta, a fábrica também, podemos lançar a hora que quisermos. É um segmento no qual não atuamos. Porém, em função da crise na Argentina (onde o utilitário é fabricado), ainda não encontramos um modelo econômico para o Brasil. Ainda precisamos definir preços e versões que serão vendidas", completou o executivo, sem informar uma previsão do lançamento.

A Alaskan vai compartilhar a mesma linha de montagem com a Nissan Frontier, já disponível em nosso mercado, e com a Mercedes-Benz Classe X.