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Renegade entra em recall anti-hacker nos EUA; offline, brasileiro escapa

Jeep Renegade vendido nos Estados Unidos - Divulgação
Jeep Renegade vendido nos Estados Unidos Imagem: Divulgação

Leonardo Felix

Do UOL, em São Paulo (SP), com Reuters

08/09/2015 12h07

A divisão dos Estados Unidos da FCA Fiat-Chrysler divulgou, no fim da última semana, que está incluindo 7.810 unidades do SUV compacto Jeep Renegade no recall para "blindar" o sistema multimídia com conexão à internet de possíveis ataques de hackers.

O anúncio acontece mais de um mês depois de a companhia iniciar uma megacampanha, com cerca de 1,4 milhão de veículos nos EUA, para a atualização de software da central Uconnect, usado na maioria dos modelos recém-lançados pelo grupo.

Organizar um recall foi a forma de a FCA responder ao polêmico teste de dois pesquisadores de cibersegurança, que facilmente invadiram o sistema de um Jeep Cherokee em uma via de St. Louis e passaram a controlar, remotamente, várias funções do utilitário.

No experimento, os "hackers do bem" aproveitaram uma vulnerabilidade do Uconnect para manipular, usando conexão com a internet sem fio, endereço de IP e um software próprio, funções como acelerador, transmissão, ar-condicionado, estações de rádio e limpadores de para-brisa. Tudo isso estando a 15 quilômetros de distância do veículo.

Em comunicado, a FCA americana insistiu que a campanha tem caráter meramente preventivo, e que desconhece qualquer tipo de incidente relacionado à exploração remota do software. Ainda de acordo com a empresa, mais da metade das unidades englobadas permanecem nos pátios de fábricas ou estoques de revendas, e serão consertadas antes de chegar às mãos dos consumidores. 

Renegade brasileiro: sem internet, sem recall

UOL Carros procurou a assessoria brasileira da Fiat-Chrysler, que descartou qualquer possibilidade de o recall afetar unidades do Renegade produzido em Goiana (PE). Segundo a fabricante, há um motivo simples para isso: a central dos modelos da FCA comercializados aqui, sejam os fabricados localmente ou os que são importados, não possuem liberação para uso da internet sem fio.

"Como a estrutura de 4G do país ainda não está tão bem desenvolvida, não adianta oferecer esse serviço. Quando ele for lançado, certamente o software já virá corrigido", informou a marca.

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