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Audi Q3 brasileiro terá motor 1.4 flex; novo TT fica para 2015

Versão esportiva do SUV, RS Q3 é uma das atrações da Audi em Paris - Benoit Tessier/Reuters
Versão esportiva do SUV, RS Q3 é uma das atrações da Audi em Paris Imagem: Benoit Tessier/Reuters

Leonardo Felix

Colaboração para o UOL, em Paris (França)

03/10/2014 16h30

Das montadoras premium da Alemanha que operam no Brasil, a Audi parece ser a que menos tem medo de aproximar seus produtos de faixas mais populares. É uma estratégia que tem dado certo: desde que lançou a versão 1.4 do A3 Sedan, em abril deste ano, a R$ 94.800, a marca das quatro argolas consolidou, com folgas, as vendas do três-volumes acima das 200 unidades/mês.

Satisfeita com o resultado, a divisão brasileira da empresa quer replicar a receita no outro modelo que terá produção nacionalizada, o Q3. Conforme revelou um executivo da fabricante a UOL Carros, durante o primeiro dia de apresentações do Salão de Paris (França), nesta quinta-feira (2), o crossover será vendido no mercado brasileiro inicialmente com o mesmo propulsor turbo de 1,4 litro do A3 Sedan de entrada (150 cv e 25,5 kgfm, como na Europa).

Quando se iniciar a fabricação no Brasil, em São José dos Pinhais (PR), tanto o Q3 quanto o A3 Sedan devem ser adaptados para rodar também com etanol, mantendo a capacidade de 1,4 litro. Na Europa, a Audi usa uma motorização que permitiria oferecer imediatamente no Brasil, por importação, um Q3 com potência similar à do recém-lançado Mercedes GLA, seu rival direto (e que também será nacionalizado).

Equipado com motor 1,6 litro de 156 cv, o Mercedes custa R$ 132.900, ante R$ 135.600 do Q3 2.0 de 170 cv já à venda no país. Mesmo sem a marca dar pistas acerca do preço do Q3 1.4, é possível observar o caso do próprio A3 Sedan (que ficou R$ 24 mil mais barato com a redução de potência, embora também tenha perdido outros itens de série) para concluir que, com 150 cv, não deve passar dos R$ 120 mil.

O cronograma do Q3 1.4 no Brasil não está definido. Pode acontecer a importação, como no caso do A3 Sedan -- mas uma fonte ligada à empresa informou que o mais provável será deixá-lo para 2016 -- já nacional, e já flex. A fabricação do A3 Sedan no Paraná começa no fim de 2015, e a do Q3 fica para o primeiro trimestre de 2016. A meta é, até 2020, atingir a capacidade de 26 mil unidades montadas ao ano, sendo 16 mil do A3 e 10 mil do Q3.

FAMÍLIA TT A CAMINHO
Audi não faz questão de esconder que a nova geração do TT chega ao Brasil em 2015. Com atraso, diga-se, já que a previsão inicial era importá-lo ainda este ano. O modelo virá em três configurações: no primeiro semestre serão lançados o TT Coupé 2.0, de 230 cv, e o TTS Coupé 2.0, versão esportivada que rende 310 cv usando a mesma usina.

Para a segunda metade está previsto o TT Roadster, lançado em Paris, também com motor 2-litros de 230 cv. Não há previsão quanto ao TTS Roadster. Segundo fonte ligada à Audi, os preços devem ficar entre R$ 200 mil e R$ 250 mil para as versões menos potentes, passando dos R$ 300 mil no caso do esportivo.