Fiat 500 ganha motor flex nas versões mais caras; leia impressões
Sob rumores de que deixará de ser feito no México, o que aumentaria seu preço no Brasil, o Fiat 500 chega à linha 2014 no país com uma novidade importante: o motor MultiAir 1.4 flex. Ele equipa as versões Sport Air e Cabrio (atenção: MultiAir é o nome do motor, e não outra versão) e rende 107 cavalos e 13,8 kgfm de torque com etanol. Com gasolina, os números são os mesmos de antes: 105 cv e 13,6 kgfm.
Importante ressaltar o aumento da taxa de compressão, que passou de 10,8:1 para 11,7:1 (quanto mais alto o valor, melhores serão desempenho e o consumo do veículo). Além disso, há uma nova junta do cabeçote, as bronzinas foram substituídas por outras de maior resistência e foi instalado um quinto bico injetor, para o sistema de partida a frio -- que usa o tradicional tanquinho de gasolina.
A transmissão automática de seis marchas das versões mais caras foi recalibrada "para ficar mais abrasileirada", diz a Fiat.
O 500 Lounge, que era topo de gama, desapareceu. Dessa forma, o Cinquecento agora é oferecido nas seguintes configurações (o preço é do ano-modelo 2013):
Fiat 500 1.4 EVO Cult -- R$ 42.840
Fiat 500 1.4 EVO Cult Dualogic -- R$ 45.920
Fiat 500 1.4 MultiAir Sport Air -- R$ 49.390
Fiat 500 1.4 MultiAir Sport Air automático -- R$ 53.430
Fiat 500 1.4 MultiAir Cabrio automático -- R$ 60.200
A Fiat deve revelar ainda nesta semana os valores do ano-modelo 2014, mas adianta que não deve haver grandes mudanças. UOL Carros atualizará esta reportagem assim que os preços saírem.
A marca também diz que o Cinquecento, por ser carro de nicho, não tem concorrentes diretos, mas citou modelos como Ford New Fiesta, Citroën C3, Peugeot 208, Chevrolet Sonic, Smart Fortwo e até Volkswagen Polo como possíveis rivais.
A meta da Fiat é manter o atual volume de vendas do compacto, de aproximadamente 1.000 unidades/mês. Desse número, apenas 15% serão das versões com motor MultiAir (Sport Air, 8%, e Cabrio, 7%).
RECHEADO
Fora as novidades mecânicas, o 500 continua oferecendo bom pacote de equipamentos desde a versão de entrada. Airbag duplo, freios ABS (antitravamento) com EBD (distribuidor da força de frenagem), ar-condicionado, assistente para partida em aclives, controle de tração e de estabilidade, chave-canivete com comando para abertura do porta-malas, banco do motorista com regulagem de altura, computador de bordo com dados da condução, controlador automático de velocidade, direção elétrica, faróis de neblina e faróis principais com regulagem de altura, Isofix, rodas de liga leve de 15 polegadas, trio elétrico, rádio CD-Player com MP3 e entrada auxiliar e volante com regulagem de altura, entre outros itens, fazem parte da lista
Para comparar os equipamentos de cada versão, clique aqui.
IMPRESSÕES
UOL Carros fez um rápido test-drive, nesta quinta-feira (18), com o 500 SportAir com câmbio automático.
Por dentro e por fora, a estética do carrinho continua a mesma. Foi mantido o mesmo visual simpático, inspirado no antigo Fiat 500 fabricado entre os anos 1950 e 1970. Como consequência, o espaço segue apertado, seja para os dois lugares traseiros (claustrofóbicos para pessoas com mais de 1,70 metro) ou para os passageiros da frente (uma pessoa com mais de 1,80 m se irrita com o console central, que bate no joelho). Para a cabeça, o espaço dianteiro é suficiente.
A qualidade do material interno é boa para um carro de R$ 50 mil, mas há exagero de plástico em certos pontos. Falta, por exemplo, um acabamento emborrachado, como existe no Punto (até no mais barato). O porta-malas de 185 litros é praticamente nulo.
MOTOR E CÂMBIO
O câmbio automático, fabricado pela japonesa Aisin (não se trata do Dualogic), já era bom e ficou ainda melhor. Está realmente mais acertado para o gosto brasileiro: dá menos trancos no modo normal, mantém a marcha engatada em movimentos mais fortes (o antigo costumava subir uma marcha nas saídas de curva) e reduz mais rapidamente as trocas quando kickdowns são feitos no acelerador.
AO CONTRÁRIO
Câmbio automático é bem acertado, mas trocas manuais são ao contrário: para subir uma marcha, é preciso dar um toque para baixo; para reduzir, movimento é para cima
O único ponto fraco da transmissão continua lá: as trocas manuais comandadas pela alavanca de câmbio são feitas de modo invertido. Para subir uma marcha, é preciso dar um toque para baixo na manopla. Para reduzir, o movimento é para cima. Normalmente, é o contrário. Mas pelo menos elas não são feitas por um botão lateral da alavanca, como os câmbios de alguns modelos concorrentes...
O motor parece não ter sofrido alterações de comportamento, apesar de render 2 cv e 0,2 kgfm a mais. A sensação de guiar é a mesma do 500 somente a gasolina. O consumo com etanol, naturalmente, é mais alto. Mas foi bastante exagerado na unidade avaliada: 5,7 km/l. Foram 10 litros de combustível para rodas exatos 57 quilômetros, sendo apenas 15 deles em trechos urbanos ou de baixas velocidades.
Talvez o problema estivesse no carro testado por UOL Carros, e não nos demais disponíveis para avaliação, mas é um número ruim para um compacto 1.4 de 1.125 kg. Com tanque de 40 litros, sua autonomia seria de apenas 228 quilômetros.
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