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Volkswagen destaca novo Santana, agora compacto, na China

Santana: nova geração do sedã tem frente global e porte um pouco acima do Voyage - Guilber Hidaka/UOL
Santana: nova geração do sedã tem frente global e porte um pouco acima do Voyage Imagem: Guilber Hidaka/UOL

André Deliberato

Do UOL, em Xangai (China)

21/04/2013 18h44

Em nenhum lugar do mundo o sedã Santana fez tanto sucesso quanto na China. Tanto é assim, que as antigas gerações do modelo eram produzidas no país até pouco tempo atrás, atendendo à demanda de órgãos públicos e de frotistas. Sem qualquer intenção de perder o filão, a Volkswagen trata, finalmente, de apresentar uma nova geração do modelo para os chineses, neste Salão de Xangai. O modelo foi revelado oficialmente em Wolfsburg (sede da marca, na Alemanha), no ano passado.

Produzido pela joint-venture Shanghai Volkswagen Automotive, o novo Santana chega ao mercado com um estilo diferente. O novo carro é fabricado sobre a plataforma PQ25 (a mesma do Polo europeu e do Audi A1) e oferece 2,60 metros de entre-eixos e 480 litros de porta-malas. Traduzindo: é um sedã compacto ampliado.

A ideia da Volkswagen é manter a boa receita no mercado chinês. Para isso, a empresa também anunciou, na última sexta-feira (19), antes da abertura do Salão, o maior investimento de sua história no país, 9,8 bilhões de euros (cerca de R$ 25,5 bilhões), para ampliar a produção atual e ainda erguer sete novas das duas joint-ventures que a marca tem no país -- além da Shangai Volkswagen, existe a FAW-Volkswagen, que também venderá o novo carro, mas com o nome de... New Jetta (não confuda: o sedã médio conhecido no resto do mundo como Jetta é vendido pela FAW como Sagitar).

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    Não confunda: sedã também pode ser chamado de New Jetta, quando fabricado pela FAW, na segunda aliança chinesa da Volkswagen. Apesar do nome e da frente ligeiramente alterada, trata-se do mesmo compacto premium para o mesmo tipo de público.

COMO É O SANTANA
O sedã, visualmente, recebe a nova cara global dos modelos Volkswagen -- de perto, é como estar diante de um Jetta reduzido. Ou, melhor dizendo, de um Voyage alongado.

Equipado com motores 4-cilindros a gasolina, que vão de 1,4 litro e 90 cv a 1,6 l de 110 cv, tem ainda o elogiável câmbio manual de cinco marchas, também conhecido por aqui. Não há opção do robotizado I-Motion. São 4,47 metros de comprimento, 1,70 m de largura, 1,47 m de altura e 2,60 m de entre-eixos.

Nas lojas chinesas, haverá três versões de acabamento, seguindo o tradicional catálogo da Volks -- Trendline, Comfortline e Highline -- com pacotes de equipamentos que incluem freios ABS (antitravamento), airbags frontais, laterais e de cabeça, controle de tração, ar-condicionado, rodas de liga leve, sensores de estacionamento, bancos de couro e teto solar elétrico.

TEM CHANCE NO BRASIL?
Questionados por UOL Carros sobre uma possível fabricação no Brasil, executivos locais disseram não poder falar sobre os planos da marca fora da China.

A Volkswagen brasileira também evita falar sobre o assunto, mas fontes ligadas às fornecedoras de peças para a fábrica de São Bernardo do Campo (SP) já confirmaram que o carro chega na próxima virada de ano. Rumores apontam, inclusive, que o Santana será fabricado no espaço que a linha de produção da Kombi deixará na unidade. A conferir.

Viagem a convite da Chery