Desafio aos fabricantes é encolher carros sem cortar espaço e conforto
Um dos maiores desafios que os fabricantes de veículos terão pela frente é encolher o tamanho externo dos carros, sem comprometer espaço e conforto internos. O objetivo de diminuir o consumo de combustível -- e consequentemente emissões de CO2, um dos gases de efeito estufa -- não pode depender exclusivamente de motores, transmissões e novos materiais leves. Economizar peso depende também de dimensões externas menores.
Engenheiros, tanto de fabricantes como de fornecedores, terão de se aproximar de arquitetos de interiores ao criar futuros modelos. Especialistas ouvidos pela Automotive News indicam os caminhos traçados de forma geral: bancos mais finos; controles, comandos e botões menores na cabine; linhas do teto repensadas; motores e câmbios compactos que exigem menos espaço sob o capô (de quebra adicionam espaço ao habitáculo); mudanças na arquitetura dos chassis para colocar eixos dianteiro e traseiro o máximo possível nas extremidades.
A questão não se resolve apenas reposicionando as colunas da carroceria para conseguir lugar extra para cabeças e pernas. As colunas precisam ser também mais finas sem perder resistência. Trata-se de uma luta por centímetros aqui ou acolá. Entre os exemplos estão o novo Beetle cujo desenho do teto foi "achatado", juntamente com o maior entre-eixos, e o Toyota iQ, de apenas três metros de comprimento, que reposicionou desde o tanque de combustível até a caixa de direção, além de compactar o sistema de ar-condicionado.
Nova geração do Beetle coloca as rodas nos extremos da carroceria para aumentar entre-eixos
A empresa trabalha numa nova geração de bancos prevista para estrear em 2014. Não terá estrutura convencional metálica e será fabricado em resina e termoplásticos, o que também diminuirá a massa do conjunto. A retirada das treliças de metal levará a menor necessidade de espuma para manter o nível ideal de maciez e conforto. O resultado aparece na forma de encostos bem mais finos e assentos que permitem espaço adicional para os pés de ocupantes do banco traseiro.
Se aplicada a nova tecnologia aos bancos dianteiros e traseiro, o ganho potencial de espaço longitudinal na cabine poderá chegar a 5 cm e, em alguns casos, a 7,5 cm. O melhor cenário a alcançar: diminuir o comprimento total do carro e aumentar o espaço para todos os ocupantes.
RODA VIVA
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+ BMW à espera de definição sobre cotas de importação que a Abeiva negocia com o governo desde o ano passado. Se anunciadas no fim do mês, dentro do previsto para incentivar quem quer construir fábricas no Brasil, a marca alemã anunciará a unidade fabril em Santa Catarina até final de julho. Chances de produção aqui vão além de 80%, admite fonte da empresa.
+ Vendas de importados continuam em queda acentuada, superior a 35% em relação ao mesmo período de 2011. A depressão se acentua porque era tempo de dólar barato e sem IPI adicional. Algumas revendas, especialmente de marcas chinesas, fecharam as portas. Consumidor também ficou cauteloso, menos propenso a aceitar marcas novas.
+ Itália, do dia para noite, subiu a taxação para carros com potência superior a 185 kW (252 cv), dentro da política de aumentar a carga fiscal sobre os mais ricos. Cada kW extra, mais imposto. No aspecto de surpresa, não muito diferente do Brasil. Mercado, já em queda, sofrerá ainda mais, em especial de marcas premium e suas redes de concessionárias.
+ Palio Weekend 2013 recebeu retoques na parte frontal e melhorias internas. Duas chamam a atenção e antes eram motivos de queixas: bancos dianteiros apresentam outra estrutura, regulagem de altura facilitada e assentos com maior apoio para as coxas, além de bom apoio para pé esquerdo do motorista. Preços de R$ 41.490 (Attractive 1.4) a R$ 51.550 (Adventure 1.8).
+ Picape Strada também recebeu as mesmas modificações, assim como o Siena EL (inclusive friso cromado na grade inspirado no Fiat 500), substituto da versão Fire. Nos três modelos, ponto destoante é a protuberância, acima da tampa do porta-luvas, onde se aloja o sistema de bolsa inflável. A solução, apenas estética, parece perfeitamente dispensável.
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