Novo Fox tenta acrescentar 'sofisticação' ao espaço
CLAUDIO DE SOUZA
Enviado especial a Brasília (DF)
A Volkswagen apresentou nesta terça-feira (27), em Brasília (DF), o novo Fox, que introduz no país o atual design da marca na Europa. O carro sofreu mudanças externas importantes, e ganhou detalhes internos que buscam agregar um pouco mais de requinte a um carro que, até agora, tinha como principais apelos de vendas a posição elevada de dirigir, o espaço interno e a abundância de porta-trecos.
O novo Fox chega em três versões, a 1.0, a 1.6 (sem nomes específicos) e a Prime, topo da gama e dotada de motor de 1,6 litro. As duas últimas podem ser equipadas com o câmbio automatizado ASG, ganhando o apelido de I-Motion. Dessa forma, as opções oferecidas são as seguintes, com seus respectivos preços:
Fox 1.0: R$ 29.990 (duas portas) e R$ 31.830 (quatro portas)
Fox 1.6: R$ 34.800 e R$ 39.104 (com ar-condicionado e trio elétrico)
Fox Prime: R$ 36.930 e R$ 40.745 (ar e trio)
Fox 1.6 I-Motion: R$ 37.290 e R$ 42.503 (ar e trio)
Fox Prime I-Motion: R$ 39.400 e R$ 43.306 (ar e trio)
Como sempre, a Volkswagen oferece uma miríade de pacotes de opcionais -- denominados módulos e kits -- para todas as versões do carro. O mais conhecido é o Trend, que agrega itens estéticos como faróis escurecidos, grade frontal em preto brilhante, frisos laterais, retrovisores e maçanetas na cor do veículo etc. Não foi informado seu preço. Para se ter uma ideia do jogo de armar que é comprar um carro da marca alemã, o Fox 1.0 conta com nada menos que 15 módulos e cinco kits de opcionais. E até a versão Prime iMotion, que possui um bom recheio de série, tem 13 módulos e quatro kits a serem requisitados (ou não) nas revendas. Itens de "luxo", como volante com comandos multifuncionais (igual ao do Passat CC), repetidores de seta nos retrovisores e sensor de estacionamento, estão entre os opcionais disponíveis para todas as versões.
Veja ficha técnica do novo Fox
TETO ELEVADO
Hoje o sexto carro mais vendido do Brasil, o Fox não sofria alterações significativas desde seu lançamento, em 2003. O modelo surgiu com a proposta de oferecer mais espaço interno e funcionalidade num mercado em que cada vez mais mulheres (e os badulaques que as acompanham) estão ao volante, e onde a população aos poucos vai ficando mais alta -- daí o conceito de "high roof", ou teto elevado, sensível especialmente pelos passageiros de trás. Com essa fórmula, desenvolvida 100% no Brasil, o Fox sobreviveu ao recall para prevenir acidentes no rebatimento do encosto traseiro, operação que feriu seriamente alguns proprietários, e também ao lançamento do novo Gol, que não o canibalizou, como apostavam dez entre dez jornalistas automotivos. Quem sofreu foi o Polo, um carro muito superior aos dois primos de marca.
Agora parece ter chegado o momento de o Fox subir um degrau em termos de estética e acabamento. Os principais concorrentes dessa nova geração do compacto são, segundo a Volkswagen, o Ford Fiesta (provavelmente a referência é ao carro reformulado, que deve vir em 2010), o Citroën C3 e o Renault Sandero. O Chevrolet Agile, lançado no começo do mês e descrito por alguns como um "caçador de raposas" ("fox" é raposa em inglês), foi propositalmente esquecido na apresentação à imprensa. Não se deve invocar à toa o nome do maior inimigo...
Por fora, o Fox ganhou a nova frente da Volks primeiro-mundista, introduzida em 2008 no cupê Scirocco e depois incorporada pelos novos Polo e Golf europeus. O design é limpo, com grade retilínea e faróis estreitos e apenas discretamente ascendentes. Estes têm, de série, parábola simples (versões 1.0 e 1.6) ou dupla (Prime), mas são sempre escurecidos e divididos internamente em três seções. Na traseira, as lanternas mudaram no desenho feito pelas luzes -- são "traços" e "pontos" que parecem quase aleatórios. Um vinco horizontal avoluma a tampa do porta-malas e luzes de neblina foram colocadas nas extremidades do para-choques. Há uma nova gama de calotas e de rodas de liga-leve, sempre de 15 polegadas e com pneus 195/55.
Por dentro, em todas as versões nota-se menos plástico e mais tecido no acabamento. Os inomináveis mostradores do painel antigo, que pareciam transplantados de uma motocicleta, foram descartados em favor de um conjunto com quatro mostradores redondos, inclusive os de temperatura e combustível (uma solução presente em carros superiores da Volks, como o Passat). Estes dois últimos ficam dentro, respectivamente, do conta-giros e do velocímetro. Ao centro há a telinha do computador de bordo (opcional). O resultado, diga-se, ficou digno de figurar num salão europeu de automóveis.
Antes tarde do que nunca: o porta-luvas finalmente ganhou uma tampa. Além disso, todos os porta-trecos foram conservados -- são 17 na carroceria de quatro portas, 15 na de duas. Entre eles, a requisitada gaveta sob o banco do motorista. Já o porta-malas, que parte de modestos 260 litros, pode chegar a 1.016 litros de capacidade com rebatimento total -- passando por 353 litros se o banco traseiro for deslocado para a frente.
Para fazer o Fox andar, estão sob o capô os propulsores VHT 1.0 ou 1.6, que entregam potência de 72/76 cavalos ou 101/104 cavalos (gasolina/álcool), respectivamente. O torque é de 9,7/10,6 kgfm ou 15,4/15,6 kgfm. A potência máxima aparece sempre a 5.250 rotações; já o torque máximo vem mais cedo no bloco de 1,6 litro, a 2.500 giros, contra 3.850 no de 1 litro. O câmbio pode ser o manual de cinco marchas, da consagrada caixa MQ200, ou sua versão automatizada I-Motion (só com o motor 1.6), que dispensa o pedal da embreagem -- a partir de agora também disponível no Gol e no Voyage.
UOL Carros experimenta o novo Fox na tarde desta terça (27), e em seguida publica suas impressões sobre o modelo da Volks.
*Viagem a convite da Volkswagen do Brasil
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Principal novidade do novo Volkswagen Fox está na frente, com faróis e grade formando um conjunto afilado, padrão europeu visto no cupê Scirocco e nos novos Golf e Polo
Fox 1.0: R$ 29.990 (duas portas) e R$ 31.830 (quatro portas)
Fox 1.6: R$ 34.800 e R$ 39.104 (com ar-condicionado e trio elétrico)
Fox Prime: R$ 36.930 e R$ 40.745 (ar e trio)
Fox 1.6 I-Motion: R$ 37.290 e R$ 42.503 (ar e trio)
Fox Prime I-Motion: R$ 39.400 e R$ 43.306 (ar e trio)
| ÁLBUM DE FOTOS |
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 VEJA MAIS DO NOVO FOX |
TETO ELEVADO
Hoje o sexto carro mais vendido do Brasil, o Fox não sofria alterações significativas desde seu lançamento, em 2003. O modelo surgiu com a proposta de oferecer mais espaço interno e funcionalidade num mercado em que cada vez mais mulheres (e os badulaques que as acompanham) estão ao volante, e onde a população aos poucos vai ficando mais alta -- daí o conceito de "high roof", ou teto elevado, sensível especialmente pelos passageiros de trás. Com essa fórmula, desenvolvida 100% no Brasil, o Fox sobreviveu ao recall para prevenir acidentes no rebatimento do encosto traseiro, operação que feriu seriamente alguns proprietários, e também ao lançamento do novo Gol, que não o canibalizou, como apostavam dez entre dez jornalistas automotivos. Quem sofreu foi o Polo, um carro muito superior aos dois primos de marca.
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Traseira teve poucas mudanças: vinco horizontal na tampa do porta-malas, para-choque mais robusto com lanterna de neblina integrada e mudança no layout interno das lanternas
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Motor 1.0 do Novo Fox entrega 72/76 cv, com torque de 9,7/10,6 kgfm (gasolina/álcool)
Por dentro, em todas as versões nota-se menos plástico e mais tecido no acabamento. Os inomináveis mostradores do painel antigo, que pareciam transplantados de uma motocicleta, foram descartados em favor de um conjunto com quatro mostradores redondos, inclusive os de temperatura e combustível (uma solução presente em carros superiores da Volks, como o Passat). Estes dois últimos ficam dentro, respectivamente, do conta-giros e do velocímetro. Ao centro há a telinha do computador de bordo (opcional). O resultado, diga-se, ficou digno de figurar num salão europeu de automóveis.
Antes tarde do que nunca: o porta-luvas finalmente ganhou uma tampa. Além disso, todos os porta-trecos foram conservados -- são 17 na carroceria de quatro portas, 15 na de duas. Entre eles, a requisitada gaveta sob o banco do motorista. Já o porta-malas, que parte de modestos 260 litros, pode chegar a 1.016 litros de capacidade com rebatimento total -- passando por 353 litros se o banco traseiro for deslocado para a frente.
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Por dentro, mostradores circulares com computador de bordo central têm desenho similar ao adotado nos novos Golf e Polo europeus; volante similar ao do Passac CC é item opcional
UOL Carros experimenta o novo Fox na tarde desta terça (27), e em seguida publica suas impressões sobre o modelo da Volks.
*Viagem a convite da Volkswagen do Brasil
