Fiat 500 vai custar mais que o smart e menos que o Mini; câmbio é destaque
CLAUDIO DE SOUZA
Editor de UOL Carros
A Fiat deve começar a vender o supercompacto 500 no Brasil em outubro. Renascido em 2007 das cinzas do mítico modelo de meados do século 20, ele foi eleito imediatamente o carro daquele ano na Europa, e desde então vem mantendo bons níveis de vendas. Candidato a grande estrela da reentrada da empresa italiana no mercado dos Estados Unidos, o Cinquecento virá ao país disputar espaço no nicho dos "carros de imagem".
Para enfrentar os recém-chegados smart fortwo (parte de R$ 57.900) e Mini Cooper (a partir de R$ 92.500), o 500 deve apostar num preço agressivo: pode-se esperar que seu pacote mais básico comece na faixa dos R$ 65 mil. Outro rival -- este já um veterano -- é o Volkswagen New Beetle (a partir de R$ 59.800). E quem quiser pode incluir na briga o Chrysler PT Cruiser (hoje a preço de liquidação, começando em R$ 58.000), mas esse modelo tem futuro incerto.
Em relação à concorrência, em especial a smart e Mini, o 500 entrega um habitáculo mais sóbrio, sem excesso de cores ou instrumentos em posições ou com formatos bizarros. Seu habitáculo até é ocupável por quatro adultos, se houver boa vontade e nenhum "gigante" no grupo -- mas é evidente que o prazer de rodar nesse carro será inversamente proporcional ao número de pessoas a bordo.
UOL Carros experimentou o 500 nesta sexta-feira (12) num evento automotivo (o Quatro Rodas Experience) realizado no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. Foram poucas voltas -- mas com a pista livre, o que permitiu testar a disposição do motor 1.4 aspirado, a gasolina, de 16 válvulas e 101 cavalos de potência (em hp o valor é redondo: 100), igual ao que estará inicialmente nas lojas do Brasil.
O 500 mostrou-se bom de aceleração e retomada, além de bastante estável nas curvas. Mesmo com a pista de Interlagos molhada em diversos pontos, o carrinho manteve-se firme no traçado, passando confiança e pedindo uma condução mais abusada. Como o propulsor fica muito próximo do habitáculo (o 500 tem apenas 3,55 metros de comprimento), seria natural que seu ruído o invadisse -- mas isso só foi notado com terceira e quarta marchas sendo exigidas até o limite dos giros. Com a quinta ou a sexta engatadas, o Cinquecento é suave.
Por falar nisso, deve-se assinalar que o ponto alto desse supercompacto, em termos mecânicos, é exatamente o seu câmbio manual de seis velocidades. A alavanca fica numa posição elevada, próxima do painel central; trata-se de uma solução para aproveitar melhor o espaço interno, mas que resulta numa interessante sensação de esportividade. Os engates são curtos e precisos -- ou seja, exatamente o oposto do que se encontra em toda a gama Fiat (inclusive no esportivo Punto T-Jet).
Em suma: quando chegar ao Brasil, o Cinquecento terá o melhor câmbio da marca italiana no país. Não é um predicado a se desprezar.
O Fiat 500 tem 3,55 de comprimento; disposição do motor 1.4 a gasolina surpreende
DETALHES NEM TÃO PEQUENOS
Painel é mais sóbrio que o de rivais como smart e Mini; câmbio fica elevado
O motor 1.4 bebe apenas gasolina e produz 101 cv; máxima oficial é de 185 km/h
UOL Carros experimentou o 500 nesta sexta-feira (12) num evento automotivo (o Quatro Rodas Experience) realizado no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. Foram poucas voltas -- mas com a pista livre, o que permitiu testar a disposição do motor 1.4 aspirado, a gasolina, de 16 válvulas e 101 cavalos de potência (em hp o valor é redondo: 100), igual ao que estará inicialmente nas lojas do Brasil.
O 500 mostrou-se bom de aceleração e retomada, além de bastante estável nas curvas. Mesmo com a pista de Interlagos molhada em diversos pontos, o carrinho manteve-se firme no traçado, passando confiança e pedindo uma condução mais abusada. Como o propulsor fica muito próximo do habitáculo (o 500 tem apenas 3,55 metros de comprimento), seria natural que seu ruído o invadisse -- mas isso só foi notado com terceira e quarta marchas sendo exigidas até o limite dos giros. Com a quinta ou a sexta engatadas, o Cinquecento é suave.
Por falar nisso, deve-se assinalar que o ponto alto desse supercompacto, em termos mecânicos, é exatamente o seu câmbio manual de seis velocidades. A alavanca fica numa posição elevada, próxima do painel central; trata-se de uma solução para aproveitar melhor o espaço interno, mas que resulta numa interessante sensação de esportividade. Os engates são curtos e precisos -- ou seja, exatamente o oposto do que se encontra em toda a gama Fiat (inclusive no esportivo Punto T-Jet).
Em suma: quando chegar ao Brasil, o Cinquecento terá o melhor câmbio da marca italiana no país. Não é um predicado a se desprezar.