Volvo F mostra que o veículo mais bem equipado feito no Brasil é um caminhão
Da Auto Press
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Volvo aposta em alta tecnologia e requinte em sua nova linha de caminhões pesados
No alfabeto de itens da Volvo, tem ainda o LKS (Lane Keeping System). Como o próprio nome diz, trata-se de um sistema que monitora a faixa de rodagem na qual o caminhão trafega. Ou seja, caso o veículo mude de faixa, o equipamento dispara um aviso sonoro. Um instrumento para minimizar uma eventual desatenção do condutor e até mesmo casos de sonolência do motorista ao volante. O equipamento integra o que a marca sueca chama de DAS, o detector de nível de atenção do motorista, um dispositivo que é acionado automaticamente quando quem está ao volante apresenta um estilo de condução fora do convencional.
Já o LCS (Lane Change Support), definido pela montadora como sensor de ponto cego, é um radar que monitora a presença de algum veículo ou objeto na lateral direita do caminhão -- no ponto onde é mais difícil o condutor observar a presença de outros veículos, mesmo pelo espelho. O alerta do LCS é disparado através de um display luminoso instalado na coluna dianteira direita da cabine. O dispositivo só funciona com o veículo a uma velocidade superior a 35 km/h e com a seta acionada. Há ainda um kit batizado de ADR, voltado para o transporte de substâncias perigosas, que inclui chaves gerais extras, chicotes com mangueiras de plástico enrugado, conexões elétricas seladas, entre outros.
PRIMEIRAS IMPRESSÕES
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Por mais tecnologia e conforto que tenha, não dá para recorrer ao lugar-comum que é comparar um caminhão como o Volvo FH a um carro de passeio. Pode-se, no entanto, recorrer a outra imagem, com bastante propriedade: tem a mobilidade de um elefante em loja de louças. Para conduzir um caminhão que pode tracionar 78 toneladas por ruas e até em estradas largas é preciso ter plena consciência da enorme potência e o poder destrutivo de uma curva malfeita ou um espaço mal calculado.
Essa pujança, juntamente com o preço salgadíssimo desse gênero de veículo, é que torna os equipamentos eletrônicos de controle dinâmico tão benvindos. Câmbio I-Shift, direção levíssima, banco com suspensão individual, sistemas de controle de distância, de alerta de mudança de faixa e de ponto cego, ABS, ESP... Todos eles suavizam a vida do operador - motorista é coisa de veículo leve - e deixam o FH mais capacitado para se misturar aos frágeis automóveis que o cercam. (por Eduardo Rocha)
Os faróis de xênon são opcionais, mas a nova linha FH teve no conjunto óptico sua alteração externa mais perceptível. Os faróis em duas seções trazem lentes de policarbonato para as luzes principais e lentes de vidro para os faróis auxiliares. As setas indicadoras de direção incorporaram LEDs e o modelo ainda pode ser equipado -- também como opcional -- com o farol autodirecional, que funciona com o caminhão em uma velocidade de até 40 km/h.
Por dentro, os bancos foram remodelados e as camas passaram de 70 cm para 76 cm de largura. O modelo ainda conta com seis novas luzes de leitura internas, espelhos retrovisores redesenhados e com desembaçadores. Os modelos FM 11 litros e 13 litros têm novo quadro de instrumentos e o painel foi redesenhado, com novos porta-objetos, tomadas de 12 e 24 V e rede de objetos. Além disso, a Volvo lançou a cabine Globetrotter XL, 14 cm mais alta que a Globetrotter convencional. Afinal, não basta ser mais equipado, o visual também precisa sustentar a imagem de imponência. (por Eduardo Rocha e Fernando Miragaya)