O minúsculo Smart se recusa a morrer e aposta na China

Resumo da notícia
- Aposta da Daimler é fazer o Smart elétrico com a chinesa Geely
- Na união, empresas querem oferecer serviços de carona na China
- Nos útimos anos, o Smart lutou para definir e ocupar um nicho distinto
- Smart acumulou cerca de 4 bilhões de euros em perdas
Desde que foi lançado há duas décadas, o minúsculo Smart se colocou desajeitadamente ao lado de imponentes e devoradores de estradas que fizeram da Daimler a rainha das rodovias.
Novos modelos do Smart com designs peculiares surgiam e desapareciam, as estratégias mudavam tanto quanto uma paleta de cores. Uma constante ao longo dos anos: as perdas continuavam se acumulando. Agora a Daimler muda de rumo novamente. A empresa alemã está se unindo a Zhejiang Geely Holding, sua maior acionista, formando uma joint venture para transformar o Smart em uma marca totalmente elétrica, feita na China, o maior mercado automotivo do mundo. A Daimler vai instalar uma fábrica no país e iniciar as vendas mundiais em 2022, deixando de importar o carro agora fabricado na fronteira com a França.
A Daimler lançou o Smart na Alemanha em 1998 e levou para os EUA 10 anos depois, mas a marca nunca atingiu a meta global original de 200 mil entregas por ano. Parte do problema: o Smart lutou para definir e ocupar um nicho distinto. Para um carro urbano, era muito caro; para um veículo familiar, era muito pequeno. A produção relativamente baixa na Europa era muito cara. E havia alternativas como o Fiat 500, o Toyota Aygo ou o BMW Mini, que, embora mais caro, oferecia um pacote mais atraente em design retrô.
Há menos de um ano, a Daimler trocou a diretoria do Smart e abandonou totalmente motores a combustão por modelos elétricos a partir de 2020. Agora o Smart está tentando a sorte mais uma vez com um novo impulso, desta vez na China, onde a empresa acredita que também vai introduzir modelos para segmentos de carros maiores.
A Daimler pode contar com a ajuda da Geely para se firmar na Ásia. O presidente da Geely, Li Shu Fu, comprou uma participação de US$ 9 bilhões na Daimler no ano passado e as empresas já uniram forças para começar a oferecer serviços de carona na China para concorrer com a líder de mercado, a Didi Chuxing.
*Com a colaboração de Elisabeth Behrmann e Ying Tian
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