Harley Iron 883 entrega mais estilo que desempenho por R$ 42.900
Com o intuito de agradar novos clientes, a Harley-Davidson promoveu mudanças em seu modelo de entrada, a Iron 883, para a linha 2016. Munida de novas suspensões e banco mais confortável, ela também ganhou visual mais minimalista e jeitão de moto customizada.
A estética cru e simplista -- sem os habituais cromados e traços retrô -- visa a atrair clientes mais jovens, uma raridade em se tratando de Harley. Além disso a fábrica baixou o preço em promoção válida somente para junho: de R$ 42.900 para R$ 37.900. Há até opções de parcelamento com juros subsidiados e entrada de 50%.
Com esse valor ela enfim fica competitiva frente às rivais Ducati Scrambler Icon (R$ 36.900), e Triumph Street Twin (R$ 36.500).
Moderno? Não o motor
No conjunto motriz, porém, a fabricante não mexeu: o motor Evolution V2 de 883 cm³, montado a 45 graus, comandado por vareta e refrigerado a ar, é o mesmo desde os anos 80. O câmbio de cinco velocidades, com engates “rústicos” e embreagem pesada, também fala contra a tentativa de ser uma moto moderna e descolada.
A potência não é declarada, mas não passa de 50 cv. Boa parte dos 6,7 kgfm de torque (a 3.750 rpm) vem logo aos 1.600 giros, o que significa que o fôlego acaba cedo. Em resumo, há torque suficiente para proporcionar arrancadas empolgantes e rodar com tranquilidade na estrada, nada mais do que isso.
O consumo varia entre 19 e 21 km/l nessa condição, mas a falta de proteção aerodinâmica e a baixa autonomia dos 12,5 litros do tanque limitam sua vocação para viagens.
Foco na "atitude"
Talvez sua pegada seja exatamente essa: um público mais preocupado com atitude para uso urbano do que com desempenho para pegar rodovias. Afinal, o estilo "dark", com quase todas as peças pintadas em preto, fazem a Iron 883 marcar presença e atrair olhares por onde passa.
Posição de pilotagem mantém-se essencialmente urbana. O piloto se acomoda com as pernas flexionadas, joelhos abertos e braços retos, apoiados no guidão curto, ao estilo dragbar, sendo bom para manobras no trânsito pesado.
O painel com mostrador único tem velocímetro analógico e uma pequena tela de LCD que alterna relógio, hodômetros, autonomia, marcha engatada e conta-giros. Um item de série bem prático é a chave que ativa ou desativa a moto (e também o alarme) por sensor de proximidade, dispensando seu uso para dar partida.
Sem banco nem pedaleira para garupa, a Iron 883 não está entre as opções mais práticas do mercado, mas certamente figura na lista das motos com mais estilo.
Mais suave
Ao invés de trocar o motor, a Harley preferiu aprimorar a ciclística. As suspensões, de fato, ficaram melhores: garfo telescópico dianteiro de 39 mm de diâmetro conta agora com cartucho, mola e amortecedor em óleo, e funciona de maneira mais progressiva. Já os dois amortecedores traseiros estão mais bem acabados e robustos, além de dotados de tecnologia de emulsão com carga de nitrogênio.
O sistema bichoque absorve melhor as ondulações e não chega ao fim do modesto curso (41 mm) em qualquer buraco. De quebra, ainda oferece ajuste na pré-carga da mola, por meio de ferramenta especial guardada sob o banco. O assento único, aliás, é outra novidade: ganhou mais espuma e acabamento novo.
Rodas também estão dotadas de novos detalhes: a pintura preta nos nove raios agora possui detalhes usinados que remetem às motos customizadas. Feitas em liga de alumínio ,ficaram 3,7 kg mais leves e ajudam o piloto a rodar com mais suavidade.
No sistema de freios nenhuma novidade: discos simples com pinças de dois pistões em ambas as rodas contam com sistema ABS (antitravamento) de série. Apesar de não ser dos mais modernos, contribui para parar os 251 quilos (a seco) da Iron 883 com certa segurança, principalmente no piso molhado.
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