UOL Carros

10/03/2010 - 16h06

Opel atualiza Meriva, que deve ficar longe do Brasil

EUGÊNIO AUGUSTO BRITO
Enviado especial a Genebra (Suíça)*

A Opel está viva. E atuante. Este foi o tom de toda a apresentação do braço europeu da GM no Salão de Genebra. Com seus principais executivos presentes, a alemã Opel e sua irmã inglesa Vauxhall apresentaram planos de investimento e ações para os próximos dois anos, que incluem 11 bilhões de euros em desenvolvimento de tecnologias e até 12 lançamentos.

E, como a matriz faz questão de ressaltar desde o pós-queda e reerguimento com a ajuda do governo, o foco dos novos carros é outro: modelos menores, compactos e com diferentes matrizes energéticas são a bola da vez, também na Europa. O nível de segurança e confiabilidade, porém, deve seguir o padrão germânico já adotado, nas palavras de Rita Forst, responsável pela engenharia.

  • Com visual alinhado ao do novo Astra europeu, Opel Meriva 2011 aposta na flexibilidade do uso de espaço -- com direito a portas suicidas. O monovolume, porém, não deve chegar ao Brasil

Com base nessas premissas, as duas marcas prometeram a chegada do híbrido Ampera -- veterano de salões como o primo-irmão Chevrolet Volt, mas ainda inédito na vida real -- para 2011. De quebra, apresentaram o conceito Opel Flextreme, uma espécie de cupê com 4,7 m de comprimento que funciona como versão com carroceria maior do "projeto Volt/Ampera" (considerados compactos para os padrões do hemisfério norte) e maior autonomia. E mostraram uma edição especial do hatch Corsa europeu, a Color Race.

O destaque, porém, ficou com a renovação da linha Meriva, que agora divide plataforma com Zafira e formas com o atual Opel Astra. Na prática, o modelo que havia sido desenvolvido pela GM brasileira com base no "projeto Sabiá" e que ainda é vendido no Brasil ficou defasado. O novo monovolume europeu traz linhas mais fluidas, conjuntos ópticos irregulares e flexibilidade no uso do espaço.

O acesso é facilitado pela utilização de portas traseiras com abertura invertida (suicidas) e esta é talvez o diferencial mais vistoso. Há também os sistemas FlexRail e FlexSpace, que parecem pomposos (veja o vídeo), mas que demandam trabalho na prática e não demoram a irritar mais do que ajudar: o apoio de braço que também é porta-objetos, comum em diversos modelos, deixa de ser fixo e pode ser compartilhado por usuários dos bancos dianteiro ou traseiro. Se ninguém quiser usá-lo, basta deslocá-lo para o porta-malas e, com isso, ganhar mais espaço para pernas e braços nos assentos laterais do banco traseiro, que poderão se mover de modo independente para frente e para trás (longitudinalmente) e também para os lados (transversalmente). Há ainda um suporte para bicicleta, com diversas peças rosqueáveis.

A gama de motores, com ênfase na economia de combustível, variam de opções a gasolina ou diesel que geram entre 76 e 142 cv de potência. Já os preços começam em 25.900 euros, mas nem adianta tentar converter o valor (cerca de R$ 62.600), já que o modelo não deve desembarcar no Brasil.

* Viagem a convite da Mercedes-Benz do Brasil
 

 

Compartilhe:

    Fale com UOL Carros

    SALOES