Audi Q5: por que SUV atualizado coloca a marca 'de volta ao jogo' no Brasil

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Não é segredo para ninguém que 2024 e a primeira metade deste ano não foram os melhores momentos da Audi no Brasil. A principal razão foi a falta de produtos modernos. Na transição para o futuro 100% elétrico que acabou não se concretizando e em um ciclo de investimentos pesados na Fórmula 1 (na qual estreia em 2026), a montadora acabou levando mais tempo para atualizar seus modelos, que também demoraram bastante para, finalmente, chegarem ao Brasil.
Mas, depois de lançar a nova geração do A5 (sucessor do A4), que estreou com excelentes números de vendas, chegou o momento de um produto ainda mais importante para a marca. Estreou no mercado nacional o Q5, que vem nas versões SUV e Sportback (SUV cupê). Este é o carro que, nos últimos anos, vinha dividindo com o Q3 o protagonismo na linha Audi, chegando a ser o mais vendido da marca em alguns momentos.
Foi a ausência de um Q5 atualizado (a nova geração já estava na Europa desde o fim do ano passado) que contribuiu para a Audi perder o espaço que perdeu. Agora, o SUV médio quer recuperar o tempo perdido. Se no caso do A5 o alvo foi o 320i, da BMW, aqui o foco é o líder da categoria, Volvo XC60.
Para isso, o Q5 chegou com os preços mais competitivos do segmento. Na pré-venda, a versão de entrada, Advance, estava disponível por R$ 400 mil. Agora, a tabela já foi reajustada para R$ 424.990. A topo de linha, S Line, sai por R$ 484.990. Já a configuração Sportback custa respectivamente R$ 454.990 e R$ 499.990.

Assim, há muita vantagem em relação aos preços do XC60, que parte de R$ 459.950 na versão Plus, vai a R$ 509.950 na Ultra e chega a R$ 539.950 na Polestar. Porém, desta vez o Audi veio sem sistema híbrido plug-in, que o Volvo tem. Assim, o sueco feito na China entrega 462 cv, ante os 272 cv do 2.0 turbo do Q5.
Por outro lado, a atual geração do Volvo já está bastante cansada, mesmo após inúmeras atualizações. Enquanto isso, o Q5 é novinho em folha. algo que pesa bastante para o cliente desse segmento. As chances de sucesso são grandes.
Design e interior

O Q5 traz a nova grade da Audi, em tom cinza na versão Advance e preto na S Line. Os faróis são full-LEDs na de entrada e, na topo de linha, acrescentam tecnologia matricial (com funções como controle digital dos fachos de luz). A dianteira traz ainda entrada de ar integrada ao para-choque e duas aberturas aerodinâmicas na lateral.
As rodas são parecidas, mas trazem mais esportividade na versão S Line, na qual têm 21 polegadas. Na traseira, o destaque fica por conta das lanternas OLED interligadas e as saídas de escape duplas e emolduradas. O porta-malas tem 520 litros de capacidade (515 l no Sportback).
Quanto às dimensões, são 4,72 metros de comprimento e 2,82 m de distâncias entre os eixos. A altura é de 1,64 m (2 cm a menos no SUV cupê). A cabine substituiu botões físicos por teclas sensíveis ao toque (nas portas, volante e console) e comandos no multimídia. A tela desta sistema, aliás, agora é integrada à do painel de instrumentos.

Os bancos são diferentes. Os da Advance têm foco no conforto e os da S Line são esportivos. Ambos trazem ajustes elétricos. O acabamento interno é bem-feito, mas poderia ser mais emborrachado na parte de cima das portas. O espaço traseiro é bom para duas pessoas, e os passageiros dessa parte do carro têm comando de temperatura (o ar-condicionado é de três zonas).
Equipamentos
Desde a versão Advance, cujas rodas são de 20", há 7 air bags, sistema ADAS com direito a ACC, porta-malas elétricos e sistema de som de 180 W de potência. O teto solar panorâmico é opcional, e se torna item de série na S Line.
Esta conta ainda com sistema ADAS mais completo, que inclui alerta de tráfego cruzado traseiro e Pre Sense (prepara o carro se perceber risco de colisão). Outros destaques são duas posições de memória para o banco do motorista e tela para o passageiro dianteiro.

Apenas esta versão traz chave com sistema de entrada "hands-free". Basta tê-la no bolso para abrir a porta. Isso significa que, na Advance, como no A5, é preciso apertar o botão da chave para destravar o carro.
Desempenho
Todas as versões vêm com o mesmo motor, que tem 40,8 kgfm de torque. O câmbio é automatizado de sete marchas e duas embreagens e o sistema de tração, 4x4 por demanda. O eixo dianteiro recebe 100% do torque e, automaticamente, até 50% pode ser transferido para o traseiro.
Os modos de condução vão do eficiente ao dinâmico (esportivo), passando pelo off-road. Eles dão diferentes respostas a componentes como motor, câmbio e direção, deixando o Q5 mais econômico ou mais pronto para acelerar.
O conjunto motor-câmbio dá boa agilidade para o Q5 acelerar e retomar velocidade mesmo nas saídas de curvas mais travadas. A boa notícia é que o carro não perde tempo em baixas rotações. Não há aquele um tempo de resposta considerável quando se pisa fundo no pedal do acelerador. A reação já vem de pronto.

De acordo com informações da Audi, o Q5 acelera de 0 a 100 km/h em 6,2 segundos. Para comparação, é um décimo de segundo mais rápido que outro recém-lançado do segmento, o BMW X3 na versão de entrada 30 xDrive, que vem apenas em acabamento MSport (por R$ 515.950).
Também chama a atenção a firmeza da direção em curvas no modo dinâmico de condução. Anteriormente, pouco se notava a mudança no comportamento desse componente quando se alternava a função confortável para a esportiva.
Agora, há uma alteração muito mais perceptível. E, assim como no A5, o Q5 ficou com pegada mais esportiva que antes. É um comportamento mais próximo ao de modelos da BMW, como o X3, mas com uma suspensão mais ajustada para o conforto.



























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