Guerra das picapes: veja prós e contras dos principais lançamentos de 2025

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O ano de 2025 é das picapes. Pelo menos três modelos importantes foram lançados até agora: novas Ford Maverick e Fiat Titano, além da inédita Poer P30, da GWM. A este grupo somamos a Mitsubishi Triton, que chegou no finalzinho de 2024, mas fez toda a sua carreira em 2025.
Além destas, estão sendo lançados nesta semana os modelos de uma nova marca chinesa, a Foton. Mas, das quatro que já estão no mercado, quais são os pontos positivos e negativos de cada uma? E qual é mais propensa ao sucesso? Veja abaixo.
Mitsubishi Triton

Mudou tudo no modelo da Mitsubishi, que antes era L200 Triton. Há novos plataforma e chassi, e maia tecnologias, como os mesmos sistemas ADAS de assistência à condução que vemos no Outlander.
O motor 2.4 turbodiesel tem 205 cv e 47,9 kgfm de torque. Há diversidade de versões. A GL (manual e automática) é exclusiva para produtores rurais. A GLS custa R$ 256 mil. Entre ela e a Katana (topo de linha, por R$ 336 mil), há outros dois catálogos.
Robusta e silenciosa, a Triton traz como ponto negativo o fato de ser espartana demais, como a maior parte dos modelos japoneses. Faltam coisas como painel de instrumentos digital e Android Auto sem fio (que deve passar a ser oferecido no ano que vem).
Por ora, dá para dizer que a Triton está sendo um sucesso. Ou, ao menos, cumprindo seu propósito. Isso porque ela se consolidou como quarta força do segmento de picapes, deixando de vez para trás Frontier, Titano e Amarok - mas sem condições de concorrer em vendas com as "três grandes", que são Hilux, Ranger e S10.
Fiat Titano

Da antiga Titano, lançada em março do ano passado, só sobrou a "casca". Na mudança de montagem do Uruguai para a fábrica de Córdoba, na Argentina, a Fiat mudou tudo na picape.
No segundo trimestre deste ano, a Titano recebeu motor 2.2 turbodiesel de 200 cv, e câmbio usado em modelos da RAM (que, assim como a Fiat, faz parte do grupo Stellantis) nos EUA. Mudaram também suspensão, direção e sistema de tração.
A picape virou outra, com destaque para a dirigibilidade e o baixo nível de vibração na cabine, coisas que eram sérios problemas anteriormente. Isso mantendo os preços competitivos - de R$ 234 mil e R$ 285 mil na tabela, mas com ótimos descontos para pessoa jurídica.
A Titano compete em um segmento que não inclui as versões de topo das demais picapes, missão que deverá ficar com a RAM Dakota, a partir do ano que vem. Ainda assim, ao menos a versão mais cara deveria ter um pacote de assistência ADAS mais completo.
E quanto às chances de sucesso? Até agora, a Titano não decolou em vendas. Mas pode levar tempo para o brasileiro entender que a evolução da picape em um ano, que a transformou em um produto com ótimo custo-benefício.
Ford Maverick

A Ford Maverick não é concorrente das demais picapes deste texto, pois é feita em base de carro de passeio. Este ano, ganhou reestilização, mais itens importantes e uma versão mais barata e muito competitiva, a Black.
São R$ 220 mil, enquanto a Tremor, com suspensão mais parruda, sai a R$ 240 mil. Ambas trazem pacote completo de assistência ADAS, teto solar e sistema de som Bang&Olufsen, entre outras tecnologias.
O motor é o 2.0 turbo de 253 cv, com traços 4x4 por demanda. Fez sucesso? As vendas cresceram sim, e o pacote ficou tão competitivo que contribuiu para ajustes no preço da principal concorrente, a RAM Rampage.
Como ponto negativo, há o fato de a Maverick não ser produzida no Mercosul. Como vem do México, a importação é mais limitada. Até por isso, não é uma rival tão ameaçadora para a Rampage. O acabamento do modelo da Ford também deixa a desejar.
GWM Poer P30

A GWM abriu mão da eletrificação pela primeira vez no Brasil para entrar no segmento em que robustez é o que mais vale. Mas, com a Poer P30, ela não deixou de lado a tecnologia embarcada pela qual seus carros ficaram conhecidos.
Há ADAS completo, muita conectividade, câmeras 360 com diversas funções (inclusive capô transparente). Além disso, o acabamento está muito acima da média da categoria.
Além disso, o preço é atraente: entre R$ 240 mil e R$ 260 mil. Por outro lado, a potência de 187 cv do motor turbodiesel e o 0 a 100 km/h em mais 11 segundos podem jogar contra a picape.
Esta é uma das maiores incógnitas quando o assunto é chance de sucesso. Carros trazidos da China não têm problema de volume - e, em breve, a Poer começa a ser montada no Brasil. Porém, por mais que a GWM tenha conquistado boa reputação em pouco tempo, o consumidor desse segmento é um dos mais conservadores a novos produtos.



























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