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BMW Série 3: por que ele ainda fascina entusiastas após completar 50 anos

O mundo do automóvel tem alguns carros que, talvez, sejam imortais. Nesse grupo estão modelos como Porsche 911, Ford Mustang e BMW Série 3. Cada um à sua maneira, eles vêm cativando os consumidores por gerações e gerações. Em 2025, um deles celebra cinco décadas.

Estou falando do Série 3, o único carro que, da lista acima, é de dia a dia. Ainda assim, ele fascina os apaixonados por carro tanto quanto o esportivo da Porsche e o muscle car da Ford. Por quê?

É que, ao longo de suas sete gerações, procura manter as duas características que o tornaram lendário: prazer ao dirigir e tração traseira. Não importa as mudanças nas ideias, custos, comportamento, legislação e sociedade ao longo das décadas. O Série 3 continua sendo o que ele é, mas em constante evolução para se adaptar aos novos tempos.

Com sua posição de dirigir baixa e ajuste de direção que muitos podem reconhecer até de olhos fechados, o Série 3 devora as curvas independentemente da versão. Ele não é assim tão preocupado com o mais absoluto bem-estar de seus ocupantes. Ao menos, não tanto quanto os demais sedãs.

Claro que, para ser carro de dia a dia, é preciso oferecer dignidade para quem vai na frente e atrás. Mas a suspensão sempre vai ser um pouquinho mais áspera do que a média do segmento. Afinal, o ajuste é focado na dirigibilidade.

E tem dado muito certo. Sedãs vêm e sedãs vão, mas o Série 3 está sempre entre nós. Aqui no Brasil, o segmento naufragou. Sobraram poucos. Mas, no mercado de carros de luxo, o BMW continua na briga pelo posto de produto mais vendido - que disputa com outro produto da mesma marca, o X1.

História

O Série 3 foi lançado em 1975. Globalmente, a primeira geração (E21) foi vendida até 1983. Tinha motores de quatro e três cilindros e uma versão de carroceira conversível, além da sedã. Em 1982, foi lançado o E30.

Este é o código da segunda geração do modelo, que teve entre os destaques a carroceria roadster e, pela primeira vez, uma versão com tração 4x4. Outro marco foi a introdução de motor a diesel na linha.

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A terceira geração, E36, foi lançada em 1991 e durou dez anos. O destaque foi nesta época que surgiram a carroceria hatch e o câmbio manual de seis velocidades. A quarta foi a E46, já trazendo as linhas mais arredondadas que perduram no visual até os dias de hoje. Chegou em 1998.

A quinta geração do Série 3 é a E90, mas apenas no caso do sedã. Para as demais carrocerias, recebeu códigos diferentes: E91, E92 e E93. Havia cupê, perua e conversível. Foi produzida de 2005 a 2013. Na sexta, a letra "E" deu adeus, mas os números diferentes foram mantidos. O três-volumes é o F30.

O Série 3 recebeu uma inédita versão Gran Turismo. Além disso, foi a partir desta linha, produzida de 2011 a 2019, que cupê e conversível passaram a ser chamados de Série 4. Atualmente, o carro está na sétima geração, cujo código é G20.

Uma curiosidade interessante é que, ao longo dessas cinco décadas, o Série 3 foi crescendo. O primeiro modelo tinha 4,35 metros de comprimento. No meio de ciclo (quarta geração, ou E45), 4,49 m. O atual oferece comprimento de 4,71 m.

Presente e futuro

O Série 3 G20 foi apresentado globalmente no segundo semestre de 2018, e lançada em 2019. Atualmente, ele está á venda no Brasil nas opções 320i e 330e, além da configuração esportiva M3. Para o primeiro, são três versões de acabamento, todas com o 2.0 turbo de 184 cv.

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O GP custa R$ 346.950, o Sport GP, R$ 365.950 e o MSport tem preço sugerido de R$ 387.950. Desde 2014, o 320i é montado em Araquari (SC). O 330e é híbrido plug-in com 292 cv de potência, por R$ 455.950. O M3 tem as opções Competition (R$ 892.950) e Competition Track (R$ 999.950). Ambas têm 510 cv e aceleram de 0 a 100 km/h em 3,9 s.

O modelo atual se destaca pelos sistemas de conectividade e automação, que incluem semiautônomo de condução e GPS com realidade aumentada. Ainda assim, passados quase seis anos desde o lançamento global, o G20 já está pronto para seus próximos passos.

A próxima geração deve ser lançada no final de 2026, já como modelo 2027. Como vem ocorrendo há 50 anos, o visual vai evoluir, mas sempre mantendo a identificação com os modelos que vieram anteriormente. Estão previstas mais versões híbridas. Elétricas, por enquanto, não (essas já estão na linha Série 4, por meio do i4).

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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