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ReportagemCarros

Nissan lança Kicks 2026: veja preços e equipamentos da 2ª geração do SUV

A segunda geração do Nissan Kicks chega no dia 3 de julho às concessionárias para, ao lado de HR-V e Creta, ser a referência tecnológica do segmento de SUVs compactos.

Porém, diferentemente dos colegas de Honda e Hyundai, o Nissan não perdeu aquilo que sempre foi um de seus grandes destaques: a capacidade do porta-malas.

É tudo novo no Kicks 2026: plataforma, motor, câmbio, visual... Quer dizer, novo na Nissan do Brasil. O produto global, cuja versão brasileira é produzida em Resende (RJ), tem muito parentesco com o Renault Kardian. Afinal, as marcas francesa e japonesa fazem parte da mesma aliança automotiva.

São quatro versões. A Sense tem preço sugerido de R$ 164.990, e a Advance vai a R$ 175.990. Em seguida, a Exclusive custa R$ 182.490 e a topo de linha Platinum chega a R$ 199 mil.

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Imagem: Rafaela Borges/UOL

Porém, a Nissan terá um preço de lançamento para o modelo. Neste caso, a Sense sai por R$ 159.990, a Advance por R$ 167.990 e a Exclusive, por R$ 182.490. A tabela da Platinum é mantida, mas ela tem condições especiais de financiamento (assim como as demais). A Nissan não divulgou por quanto tempo serão mantidas essas condições.

Apesar da chegada do novo modelo, o antigo continua sendo oferecido no Brasil, como produto de entrada. Ele foi recentemente rebatizado como Kicks Play.

Design

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Imagem: Rafaela Borges/UOL
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O design do Kicks é marcado pela dianteira imponente, cuja grade grande traz o novo logotipo da Nissan. O conjunto óptico, além do componente principal full LED antiofuscamento, traz quatro barras verticais.

As rodas mudam de tamanho e desenho de acordo com a versão. As da avaliada pela coluna, topo de linha, têm 19 polegadas. A Platinum traz, ainda, carroceria bicolor, com teto preto. A coluna C é rebaixada.

Atrás, as lanternas têm formato de L invertido, com elementos vertical e horizontal. Há interligação por barra não iluminada. Na parte de baixo, estão as inscrições "Kicks" e "220T", esta em referência ao torque (em Nm) do novo 1.0 turbo.

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Imagem: Rafaela Borges/UOL

O porta-malas tem 470 litros de capacidade, superando a do modelo anterior. Fundo e comprido, é um dos melhores da categoria (só perde para o do Duster).

Quanto às dimensões, são 4,36 metros, 6 cm a mais do que o Creta e 16 cm a mais do que o T-Cross. Supera, ainda, o HR-V em 3 cm. A altura é de 1,62 m, a largura, de 1,80 m e o entre-eixos, de 2,65 m.

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Cabine

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Imagem: Rafaela Borges/UOL

O entre-eixos também é um dos melhores da categoria, garantindo um espaço traseiro acima da média - mas não tão bom quanto o do HR-V. O que faz falta mesmo é a saída de ar para os passageiros de trás, que muitos concorrentes já têm.

No interior chama a atenção a qualidade do acabamento de painel em todas as versões. O revestimento é emborrachado. Na opção topo de linha, há vários detalhes com costura aparente, dando mais sofisticação à cabine.

Desde a versão Advance, os bancos são revestidos de couro. E todas trazem central multimídia de 12,3 polegadas integrada ao painel de instrumentos digital (que pode ter sete ou 12,3 polegadas, dependendo da opção de acabamento).

No console central, há teclas para comandar o câmbio, um automático de seis marchas que tem função manual (trocas por meio de hastes atrás do volante). Também nesta parte estão o freio de estacionamento elétrico e o botão de partida (a chave é presencial).

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Equipamentos

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Imagem: Rafaela Borges/UOL

Desde a versão de entrada, o Kicks é bem equipado. Além da central multimídia, traz controlador de velocidade adaptativo e ar-condicionado digital. Outros destaques são câmera de ré e correção da trajetória quando o carro sai da faixa.

A configuração Advance acrescenta itens como bancos de couro, carregador de smartphone sem fio e partida remota do motor. A Exclusive tem faróis dianteiros com projetores, rodas de 19 polegadas, iluminação ambiente, painel de instrumentos digital com tela de 12,3 polegadas e sensor de estacionamento dianteiro.

Na opção topo de linha Platinum, os destaques são teto solar panorâmico com abertura e fechamento elétricos e sistema de manutenção em faixa com centralização. Junto com o ACC (controle de velocidade adaptativo), há tecnologia semiautônoma de condução (o SUV é capaz de frear, acelerar e fazer curvas automaticamente, em algumas situações - contudo o motorista deve manter as mãos no volante).

Outros itens importantes são monitoramento de ponto cego e alerta de tráfego cruzado traseiro. O Kicks Platinum é, dentre os SUVs compactos mais relevantes, o único a ter sistema de som premium - da Bose, com direito a alto-falantes nos bancos dianteiros.

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Base

Nissan Kicks Sense
Nissan Kicks Sense Imagem: Rafaela Borges/UOL

A plataforma do Kicks é a CMF-B, mas em uma versão mais avançada do que a utilizada no Renault Kardian, de acordo com informações da Nissan. Dentre as vantagens, permite maior uso de tecnologias eletrônicas.

A CMF-B do Kicks também possibilita uso de tração integral e suspensão traseira Multlink. A versão nacional do SUV, porém, traz tração dianteira e eixo de torção.

O motor 1.0 turbo é o mesmo usado no Kardian, mas com uma calibração própria feita pela Nissan, para o Kicks. São 125 cv e 22,4 kgfm. O câmbio é automatizado de seis marchas e duas embreagens - banhadas a óleo. Os dois componentes são produzidos em Resende.

Ao volante

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Imagem: Rafaela Borges/UOL
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O Kicks ficou 12 cv mais potente do que o Play, que usa motor 1.6 aspirado. O ganho de torque foi igualmente importante, já que o do modelo mais antigo é de 15,2 kgfm.

Além disso, o novo câmbio tem trocas mais rápidas e eficientes que o CVT. Ainda assim, quem é atento às fichas técnicas vai notar que o modelo acelera de zero a 100 km/h em 12,4 segundos. São seis décimos de segundo a mais que o Kicks Play. A mais!

Isso ocorre porque o modelo mais antigo, feito na plataforma V, é 300 kg mais leve. Por isso, o peso acaba deixando o novo Kicks mais lento para acelerar partindo da imobilidade.

Porém, isso não significa que o Kicks tenha ficado de todo mais lento. Nas situações de retomadas (como de 40 km/h a 80 km/h ou 80 km/h a 120 km/h, por exemplo), o torque mais alto, entregue em rotação mais baixa, garante a agilidade superior.

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Imagem: Rafaela Borges/UOL

No dia a dia, o que vale mais é retomada, usada em situações como ultrapassagens e subidas, por exemplo. Assim, nesse ponto o desempenho do Kicks melhorou. Ainda assim, não dá para negar uma certa decepção.

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Agilidade sempre foi um problema no Kicks 1.6. Havia expectativa, portanto, que o desempenho do modelo melhorasse bastante com o 1.0 turbo. Apesar do ganho (leve), não dá para dizer que o SUV da Nissan ficou esperto.

Em compensação, outros aspectos ao volante se destacam. Dirigibilidade e capacidade de fazer curvas estão entre os melhores da categoria. O carro é gostoso de conduzir e passa segurança.

Também merecem destaque o isolamento acústico e a quase ausência de vibração no propulsor de três cilindros. Como ponto negativo da experiência ao volante, a posição ideal de dirigir é difícil de encontrar.

O consumo, de acordo com o Inmetro, é de 11,7 km/l com gasolina e 8,3 km/l de etanol, na cidade. Na estrada, os números são 14,3 e 9,9 km/l, respectivamente.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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